Bolsa Pampulha - bolsa

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FMC/Divulgação

 

DO SALÃO PARA RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS

O Bolsa Pampulha é um dos mais relevantes espaços de formação voltados a pesquisas e processos de criação no âmbito da cultura contemporânea.

Sua origem remonta ao Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, realizado desde 1937, também chamado de Salão Municipal de Belas Artes de Belo Horizonte (SMBA-BH) ou Salão de Arte da Capital. 

Da comissão inicial fizeram parte os artistas Aníbal Mattos, a belga naturalizada brasileira Jeanne Milde e João Boltshauser. A ideia era que o salão pudesse ser um lugar de conciliação que atendesse tanto os artistas modernos quanto os acadêmicos. Em 1969, após 23 edições, considerando inúmeros questionamentos em relação ao modelo tradicional do Salão, e em vista às novas formulações da arte, a direção do MAP decidiu encerrar o ciclo dos salões municipais e criar o Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte. 

No começo dos anos 2000, à esteira do convite de Priscila Freire à Adriano Pedrosa para a curadoria do então Projeto Pampulha - que se dedicava às exposições anuais do museu -, foi proposto repensar o modelo de salão de arte. Ao convidarem Rodrigo Moura para juntar-se à equipe na condição de curador assistente, elaborou-se a criação do Bolsa Pampulha para o biênio 2003-2004, a partir da verba que então era destinada à premiação do Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte.

A iniciativa é também uma das primeiras residências artísticas realizadas em museus brasileiros. Mantendo sua essência como um programa à frente de seu tempo, o Bolsa Pampulha traz à população da cidade importantes pesquisas sobre a cultura contemporânea. 

Uma das principais iniciativas do Museu de Arte da Pampulha (MAP), que é gerido pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte por meio da Diretoria de Museus, o programa reforça o museu como espaço de formação, pesquisa e experimentação nos campos da arte e da cultura junto à comunidade artística local e nacional, algo testemunhado ao longo de suas sete edições anteriores documentadas na série de publicações resultantes das residências artísticas. 

A 8ª edição do Bolsa Pampulha, com curadoria de Raphael Fonseca e Amanda Carneiro, é realizada ao longo de seis meses. Além das residências e processos de criação em ateliê coletivo, diversas atividades integram o programa, como encontros, debates e bate-papos - abertas ao público em geral, de forma presencial ou virtual. Ao fim do processo, será promovida uma exposição aberta ao público, acompanhada pela publicação de catálogo, ambos com as obras dos bolsistas contemplados.

Entre as diversas novidades da edição atual, destaca-se a ampliação do programa para os campos do design, arquitetura e arte-educação, no intuito de observar outras formas de pesquisa e produção que dialogam com a arte e a cultura visual. Houve ampliação de 10 para 16 bolsas, entre propostas individuais ou coletivas.

O edital também criou um inédito recorte territorial, de forma a atender exclusivamente artistas, designers, arquitetos, educadores, entre outros, residentes em Belo Horizonte ou na região metropolitana da capital mineira, integrando os esforços da Prefeitura em apoiar o setor cultural da cidade que foi fortemente impactado pela pandemia.

Os aprovados no processo de seleção da 8ª edição do Bolsa Pampulha foram Ciber_org, Coletiva Artes Sapas, Comum, Cozinha Comum, Dalila Coelho, Froiid, Hortência Abreu, Ing Lee, Ítalo Almeida, Joseane Jorge, Luana Vitra, Lucas Emanuel, Marcelo Venzon, Marcus Deusdedit, Mateus Moreira e Pedro Neves.

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Museu de Arte da Pampulha

Inaugurado em 1957, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), desde sua fundação, exerce um relevante papel na formação, desenvolvimento e consolidação do ambiente artístico e cultural da cidade de Belo Horizonte.

Seu acervo conta com importantes obras e documentos que permitem revisitar a história da arte moderna e contemporânea brasileira. O edifício-sede, projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940, é uma referência icônica para a arquitetura moderna brasileira, e um dos mais representativos cartões postais de Belo Horizonte. Desde 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).