Confira a programação completa da III Mostra Diálogos pela Equidade: femininos plurais que acontece do dia 1º ao 12/12, com exibição presencial de filmes no Cine Santa Tereza e programação virtual transmitida pelo canal da Fundação Municipal de Cultura e aqui pelo site do Circuito. A Mostra contempla dois painéis temáticos "A mulher e a câmera: a outra história do cinema brasileiro" e "Violências e Enfrentamentos". Confira abaixo as datas e horários de cada atração.
E retire aqui seu ingresso gratuito pra as exibições presenciais (a retirada fica disponível na semana da exibição de cada filme).
A Nova Mulher
Direção: Helena Solberg
The Emerging Woman | EUA | 1974 | Doc | 40 min | Legendado
Primeiro filme da diretora Helena Solberg feito nos Estados Unidos, ele percorre 170 anos da história do movimento feminista no país e na Inglaterra.
Classificação indicativa: Livre
Amor Maldito
Direção: Adélia Sampaio
Brasil | 1984 | Fic | 76 min
Fernanda e Sueli vivem um tórrido romance. A relação passa por crises e Sueli acaba caindo nos braços de um mulherengo. Grávida e sem apoio, ela se suicida. As suspeitas da morte recaem sobre Fernanda e os preconceitos afloram no julgamento.
Classificação indicativa: 16 anos
Um Céu de Estrelas
Direção: Tata Amaral
Brasil | 1996 | Fic | 70 min
Dalva, uma cabeleireira do bairro da Mooca, São Paulo, decide romper seu relacionamento de dez anos com o metalúrgico Vítor, também do bairro. Em seguida, ganha um concurso e uma passagem para concorrer às finais em Miami. Vê na viagem a possibilidade de se livrar do universo opressivo em que vive e pensa em ficar por lá, para se afastar da mãe e do ex-noivo. A história se passa um dia antes da viagem, quando Dalva está arrumando sua mala.
Classificação Indicativa: 16 anos.
Torre das donzelas
Direção: Susanna Lira
Brasil | 2018 | Doc | 97 min
Quarenta anos após serem presas durante a ditadura militar na Torre das Donzelas, como era chamada a penitenciária feminina, ao lado da ex-presidente da República Dilma Rousseff, um grupo de mulheres revisita a sua história.
Classificação indicativa: 14 anos
Não é só isso
Direção: Yasmin Rocha
Brasil | 2017 | Doc | 25 min
Documentário em que a protagonista, Nahla Valentina, mulher transexual e militante, fala sobre suas vivências, e eu, diretora, tento entender o porquê é importante pra ela ser tão sincera diante das câmeras.
Sigo Viva
Direção: Letícia Ferreira
Brasil |2019 | Fic | 32 min
SIGO VIVA é um retrato da superação em ser mulher na sociedade atual. Após sofrer um abuso, Lívia busca na arte e no auto-cuidado um caminho revolucionário para seguir viva.
Classificação indicativa da sessão: 18 anos
Parece Comigo
Direção: Kelly Cristina Spinelli
Brasil | 2016 | Doc | 26 min
"Meninas negras não brincam com bonecas pretas", diz a letra de um rap. O documentário explora o problema da falta de bonecas negras no mercado brasileiro e mostra o trabalho das bonequeiras que tentam mudar esse cenário, enfrentando a gigante indústria de brinquedos com seu artesanato consciente.
A mulher que eu era
Direção: Karen Suzane
Brasil | 2019 | Fic | 11 min
“A Mulher Que Eu Era” acompanha o cotidiano de Cacau, mulher negra que casa com um homem branco. Dentro de sua rotina ela encara suas lembranças e, em um contexto onírico, suas memórias lidam com momentos passados de opressão.
Pontes sobre abismos
Direção: Aline Motta
Brasil | 2017 | Experimental | 8min
Instigada pela revelação de um segredo de família, Aline parte em uma jornada à procura de vestígios de seus antepassados, criando uma contra-narrativa do que geralmente se conta sobre a forma como as famílias brasileiras foram formadas. O trabalho pretende discutir questões como o racismo, as formas usuais de representação, a noção de pertencimento e identidade em uma sociedade que ainda tenta um ajuste de contas com sua história violenta e as noções românticas de sua louvada miscigenação.
Classificação indicativa da sessão: 14 anos
Estado Itinerante
Direção: Ana Carolina Soares
Brasil | 2016 | Fic | 25 min
Vivi quer escapar de uma relação opressora. Em período de experiência como cobradora de ônibus, ela trabalha desejando não voltar para casa. A semana passa rápido, entre as paradas no ponto final e o itinerário os encontros com outras cobradoras fortalecem a mulher trabalhadora e seu desejo de fuga. Logo é final de semana e o centro de Belo Horizonte já não parece tão longe do bairro Boa Vista.
Tentei
Direção: Laís Melo
Brasil | 2017 | Fic | 15 min
Aos 34 anos e tomada pela coragem que reuniu ao longo de muito tempo, Glória decide se livrar do ciclo da violência doméstica, que a oprime e fragiliza há mais de uma década, e recuperar o seu direito de ser e de existir com dignidade.
Classificação indicativa da sessão: 14 anos
Meu nome é Jacque
Direção: Angela Zoé
Brasil | 2016 | Doc | 120 min
Jacqueline Rocha Côrtes é uma mulher transsexual portadora do vírus da AIDS que precisou e ainda precisa superar grandes obstáculos para viver sua vida da melhor forma possível.
Classificação indicativa: 12 anos
Baronesa
Direção: Juliana Antunes
Brasil | 2018 | Fic/Doc | 70 min
O dia a dia de duas vizinhas e amigas que moram na periferia de Belo Horizonte. De um lado, Andreia começa a construir sua casa para se mudar. Do outro, Leid e os filhos estão à espera do marido, que está preso. Em comum, a necessidade de se desviar dos perigos da guerra do tráfico e a estratégia para evitar as tragédias trazidas como consequência.
Classificação Indicativa: 16 anos
Debate virtual: A mulher e a câmera: a outra história do cinema brasileiro
Transmitido pelo canal do Youtube da Fundação Municipal de Cultura ou aqui pelo site do Circuito
A história do cinema brasileiro, assim como de outras expressões artísticas e culturais de uma sociedade, é reflexo não só das obras produzidas, mas também do olhar da época que elabora esta história. Assim, compreende-se a invisibilidade das mulheres nesse contexto, como consequência de uma desigualdade de gênero que não só as afastou da produção cinematográfica, quanto ofuscou aquelas que conseguiram furar este bloqueio, salvo raras exceções, como o caso da pioneira Helena Solberg. O percurso da cineasta negra Adélia Sampaio é reflexo dessa dinâmica perversa: foi por meio do trabalho da pesquisadora da UNB, Edileuza Souza, e da consequente presença de sua obra em festivais, que seu pioneirismo foi reconhecido. Assim, discutir a mulher e sua relação com a câmera é abrir caminhos para uma outra história do cinema brasileiro: mais plural e inclusiva e, por isso mesmo, mais real.
Convidadas: Helena Solberg (diretora do filme A Nova Mulher), Adélia Sampaio (diretora do filme Amor Maldito). Mediação: Roberta Veiga (Grupo de Pesquisa Poéticas Femininas, Políticas Feministas da UFMG).
Classificação indicativa: livre
Vídeo performance + Debate virtual: Violências e enfrentamentos
Transmitido pelo canal do Youtube da Fundação Municipal de Cultura ou aqui pelo site do Circuito
Vídeo performance FÊMEA
FÊMEA usa a dança para mostrar o lado que está dentro de nós quando andamos pelas ruas da cidade, nosso lado animal que nos faz “fêmea: alvo de caça”, e nos faz flecha, andando pra frente sem olhar para trás.
Direção e argumento: Laura de Castro
Direção de movimento: Rosa Antuña
Com Sílvia Maia
Imagens: André Di Franco
Montagem: Ian Capillé
Trilha sonora original: Júlia Tizumba e Zé Motta
Som direto: Felipe Canêdo
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Debate: Violências e enfrentamentos
No contexto da III Mostra Diálogos pela Equidade: femininos plurais, a Mesa II foi organizada para que possamos refletir sobre as inúmeras formas de violência que recaem sobre as vidas femininas e sobre alguns enfrentamentos possíveis, à luz de duas potentes obras: “Sigo Viva” (2019), de Letícia Ferreira e “Não é só isso”(2017), de Yasmin Rocha. Podemos localizar uma convergência nas duas obras ao identificar nelas como as relações de poder historicamente patriarcais, desiguais e assimétricas incidem sobre os corpos e vidas de mulheres e como tais violências, além de concretas, são também simbólicas, já que agem não apenas em cada mulher vitimada, mas em todas as mulheres submetidas a tal sistema de dominação.
Convidadas: Yasmin Rocha (Diretora do filme Não é só isso), Letícia Ferreira (diretora do filme Sigo Viva) e Márcia de Cássia Gomes (Professora e Ativista do Movimento Feminista). Mediação: Rosane Castro (COMEG)
Classificação indicativa: livre
Aula Master: Cinema feminino negro no Brasil - Janaína Oliveira
Pesquisadora e doutora em História, Janaína Oliveira realiza pesquisas sobre o cinema negro, no Brasil e na diáspora. Atua na área de educação das relações étnico-raciais e é idealizadora e coordenadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro. Nesta aula, Janaína abordará as complexas questões envolvidas na escassa representatividade que marca a história das mulheres negras brasileiras no setor audiovisual, ressaltando os trabalhos das pioneiras e a produção atual.
Em plataforma virtual fechada - Zoom, link disponível na bio do Instagram do Circuito Municipal de Cultura no dia do evento.
Sem inscrição prévia, aberto ao público, sujeito a lotação da sala virtual
Classificação indicativa: livre