Carnaval nos Centros Culturais tem programação do Circuito Municipal de Cultura, com apresentações e oficinas
Foto: Mayara Laila

Carnaval nos Centros Culturais tem programação do Circuito Municipal de Cultura, com apresentações e oficinas

Com shows do Bloco Magnólia e da Velha Guarda Baluartes do Samba, entre diversas outras atividades, programação gratuita do Circuito Municipal de Cultura vai de 27 de janeiro a 8 de fevereiro, em dez espaços culturais da cidade.

Alinhada às celebrações da folia momesca da Prefeitura de Belo Horizonte, uma série de atividades gratuitas, que integram o Circuito Municipal de Cultura, serão realizadas nos Centros Culturais neste período tão esperado do ano. O “Carnaval nos Centros Culturais” acontece entre 27 de janeiro e 8 de fevereiro, em dez espaços culturais da cidade, com uma programação que inclui apresentação da Velha Guarda Baluartes do Samba e Bailinho de Carnaval, além de oficinas de percussão, de adereços e de máscaras carnavalescas, entre diversas outras atividades. Integra também a programação de Carnaval descentralizado da cultura o show do Bloco Magnólia no Quinta no Raul.

Mais informações nas redes e no site do Circuito Municipal de Cultura, projeto realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Odeon.

Um dos pontos altos da programação é o “Baile de Carnaval do Centro Cultural Lindeia Regina”, que recebe o show da Velha Guarda Baluartes do Samba no dia 3 de fevereiro, sábado, às 19h, no bairro Lindeia. Formado em 2000, o grupo é composto por sete renomados bambas da velha guarda que decidiram se unir para difundir ainda mais o samba mineiro no cenário nacional: Nonato do Samba, Fabinho do Terreiro, Lulu do Império, Bira Favela, Raimundo do Pandeiro, Paizinho do Cavaco e Evair Rabelo. Estes sambistas têm entre 30 a 45 anos de atuação no samba de Minas Gerais e, alguns, como Nonato do Samba e Raimundo do Pandeiro, possuem experiência internacional. Além de intérpretes, muitos são compositores, como no caso de Fabinho do Terreiro - que tem obras gravadas por Zeca Pagodinho, Agepê e Neguinho da Beija-Flor. A entrada para o show é gratuita e aberta ao público, sem necessidade de retirada prévia de ingressos.

Outro destaque é o Bloco Magnólia, que se apresenta, em sua formação de banda, no dia 8, quinta-feira, às 20h, pelo projeto Quinta no Raul, do Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado. Integrando a programação do já tradicional “Carnavalzinho do Teatro Raul Belém Machado”, o grupo musical mineiro traz a estética do jazz  na musicalidade e na corporeidade, se referenciando nos cortejos de second line de Nova Orleans, nos Estados Unidos. Surgido em 2014, como bloco de Carnaval, em Belo Horizonte, o Magnólia compreende seu espaço também como banda em formato brass band que circula por grandes festivais. Atualmente, é o único no Brasil a pesquisar esse estilo, além de trazer à cena sua referência à produção artística negra. Para o show, é preciso retirar ingresso previamente neste site.

Ainda para quem gosta de dançar, o “Bailinho de Carnaval do Centro Cultural São Geraldo” contará com a apurada seleção musical da DJ Fê Linz no dia 7, quarta, a partir das 9h. Nome conhecido da cena mineira, DJ Fê Linz atua principalmente com o material musical que foi produzido nas décadas de 1960 a 1990 e essa variedade musical, por ser extremamente ampla, permite que ela ofereça um cardápio de tendências e estilos que são separados por décadas. Uma verdadeira alquimia musical que promete agitar a pista de dança. A entrada é aberta ao público, sem necessidade de retirada prévia de ingressos.

Atividades formativas

Quem abre o Carnaval nos Centros Culturais é o Coletivo Mar de Morro, que realiza uma vivência-show percussiva com o público nos dias 27 de janeiro, sábado, às 14h, no Centro Cultural Pampulha; e no dia 30, terça-feira, também às 14h, no Centro Cultural Zilah Spósito. Intitulada “A influência pernambucana na percussão mineira”, a atividade aborda os cantos, batidas e mitologias do Coco de Roda e do Maracatu de Baque Virado, bem como os ecos da musicalidade dessas referidas manifestações da cultura popular pernambucana em terras mineiras. O grupo percussivo mistura, ainda, poesia, dança e história com cantos de domínio público de outras manifestações da cultura popular brasileira, como Bumba Boi, Tambor de Crioula e Reinado. Não é necessária inscrição prévia para participar.

Na sequência, dois grandes nomes das artes cênicas de Minas Gerais ministram a “Oficina de adereços carnavalescos”: Lira Ribas, atriz, diretora e figurinista, fundadora e produtora dos blocos Corte Devassa e Magnólia; e Anderson Ferreira, ator, figurinista, professor, pesquisador e cenógrafo, que compõe o grupo de julgadores do quesito Fantasias, no carnaval do Rio de Janeiro, pela Liga RJ (Série Ouro). A atividade acontece, sempre às 14h, nos dias 1º de fevereiro, quinta-feira, no Centro Cultural Alto Vera Cruz; 2, sexta, no Centro Cultural Jardim Guanabara; e 6, terça, no Centro Cultural São Bernardo. A oficina propõe um encontro prático, com dicas e técnicas básicas para elaboração de adereços, com linguagem acessível, de fácil execução. Cada aluno deverá levar o seu material que será previamente solicitado. Não é necessária inscrição prévia para participar.

A programação também conta com outra atividade voltada a quem quer preparar fantasias e badulaques para brilhar nas ruas de BH durante a folia, a oficina “Adereços de Carnaval”, ministrada pelos artistas e facilitadores Miriam Vilaça e Hudson Buchholz. A ação acontece no dia 2, sexta-feira, às 14h, no Centro Cultural Padre Eustáquio; e no dia 3 de fevereiro, sábado, também às 14h, no Centro Cultural Bairro das Indústrias. O objetivo é convidar as comunidades do entorno dos Centros Culturais a criarem adereços a partir de materiais diversos, convidando as pessoas a participarem do Carnaval na cidade.

Já o Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira recebe, no dia 7, quarta-feira, às 9h, a oficina “Criação e personalização de máscaras de Carnaval”, com a artista plástica Rosifreitas Bakir, que convida o participante à experiência de criar e personalizar sua própria máscara. Com diversos significados e funções em diferentes culturas, as máscaras de Carnaval têm sua história ligada à cidade de Veneza, na Itália, quando desde o século XI os habitantes de todas as classes se juntavam para celebrar o fim do inverno rigoroso. Para ambas as oficinas não é necessária inscrição prévia.