Em cena, atores e atrizes se movem em infinitas direções. O espaço cênico é tomado por corpos latino-americanos que trazem consigo traços, marcas e trajetórias. Quais os pactos de cumplicidade necessários para se contar uma história? Essa questão é o ponto de partida dos formandos do Teatro Universitário da UFMG (TU) para refletir sobre nosso país e os processos de construção de sua identidade. O espetáculo +55 - Inverter-te-ei antes que te transformem mais uma vez em um mal-entendido aborda as construções simbólicas e políticas da América Latina em uma dramaturgia autoral, em cartaz de 21 de novembro a 08 de Dezembro.
O coletivo trilhou um caminho criativo de um teatro performático que relaciona, sem hierarquias, diversas linguagens artísticas: a palavra, a música, a trilha sonora vibrante e os vídeos estão presentes no jogo cênico para constituírem composições imagéticas. “Para além dos professores do TU, Helena Mauro assina a preparação vocal e musical, Tarcísio Ramos fez a orientação corporal, Tereza Bruzzi e Cristiano Cezarino foram responsáveis pelo cenário e figurino, e Rogério Lopes, responsável pelo estágio curricular. A produção do espetáculo fez parte do projeto de extensão Produção e Memória, sob coordenação de Jefferson Góes. Convidei alguns artistas, todos eles companheiros de arte e de outros coletivos, Tatá Santana, que assina a Direção Musical, Marina Viana, que fez Assessoria Dramatúrgica, João Cardoso e Naice, que fizeram comigo o material audiovisual, e Marina Arthuzzi, que assina a iluminação do espetáculo. Foi muito importante a presença dessa equipe no processo, pois essa construção compartilhada está presente, explícita na cena”, complementa Fabrício Trindade.