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VII Colóquio Luso-Brasileiro de História e Culturas da Alimentação 2021 - Online

Descrição

O 7° Colóquio DIAITA propõe discutir a relação entre a cidade e a alimentação, em perspectiva histórico-cultural de forma transdisciplinar. Parte-se do pressuposto de que a cidade constrói culturas em torno da comida e de suas diversas práticas de fazer alimento e de comer. A cidade procura administrar o abastecimento e a circulação dos produtos para evitar a fome. Refletir acerca dos modos de produção e de distribuição dos alimentos nas diferentes classes sociais da malha urbana é uma tarefa urgente no tempo presente.

Se as cidades necessitam dos moradores, dos seus saberes e dos seus ofícios, das suas criatividades e dos  seus serviços para se alimentar, como se dá tal troca num  tempo em que constatamos de um lado uma  desenfreada gourmetização e de outro extrema pobreza?

Na relação com a alimentação, é sabido que as cidades são muitas: se alimentam a si mesmas e dependem do abastecimento externo; constroem um mercado de consumo e o integram a inúmeros diálogos com a cultura.  Mas quais retóricas de sociabilidade são possíveis de serem localizadas na relação entre a comida e a cidade na contemporaneidade? E no passado, como se configuraram? O que a História, as ciências sociais, a Arquitetura/Urbanismo, a Literatura, as Artes, a Nutrição e o campo da Saúde teriam a dizer a respeito?

O evento refletirá, assim, acerca da alimentação na cidade buscando compreender e cartografar seus espaços, tempos, estruturas, conformações, linguagens e sociabilidades.

A programação do  VII Colóquio DIAITA Luso-Brasileiro de História e Culturas da Alimentação já está atualizada e disponível em nosso site. 

Serão três dias intensos de muita informação e troca de conhecimento. Além das conferências, teremos 21 mesas temáticas reunindo pesquisadores do Brasil e de Portugal para apresentação de seus trabalhos.

O que come a cidade? Como a cidade come? - A questão proposta pelo VII Colóquio DIAITA Luso-Brasileiro de História e Cultura da Alimentação tem respostas que dialogam com a História, as ciências sociais, a Arquitetura/Urbanismo, a Literatura, as Artes, a Nutrição e o campo da Saúde e que são peculiares a cada cidade. 

Belo Horizonte pode responder, por exemplo, que a cidade come nos bares – nos “butecos” - e que come inúmeras receitas preparadas ali, das mais simples às mais sofisticadas! 

Uma pesquisa de 2013 revelou que BH tinha o maior número de bares por habitantes no país e, desde então, a cidade se orgulha de ser a “capital nacional dos bares”. Eduardo Frieiro lembra que essa história começou com o famoso Bar do Ponto, que já nos anos de 1910 “era realmente o ‘ponto’ obrigatório dos flaneurs da cidade ou simplesmente de quem, transitando entre a Rua da Bahia e a Avenida Afonso Pena, entrava ali para tomar um cafezinho, chupitar uma cervejota, entretido com os amigos”. 

O escritor Pedro Nava, frequentador do local, registrou em suas memórias a lembrança de um “armário quiosque de metal brunido como ouro vivo, aquecido por um forninho inferior e em cujas prateleiras estavam sempre quentes os bolinhos de carne, os pastéis, as empadinhas de galinha” que eram “o fino do fino”. 

Tudo isso e muito mais se encontra nos milhares de bares da capital – alimento e sociabilidade. Não é atoa que os belo-horizontinos brincam: se não temos mar, vamos pro bar!

*As fotos utilizadas não tem autoria identificada. A primeira faz parte do acervo do @arquivopublicomg (TG-201-003) e a segunda está no livro "Rua da Bahia", organizado por Luiz Henrique Horta Silva e Nísia Maria Duarte.

As inscrições para ouvintes continuam abertas. O evento será totalmente virtual e acontecerá entre os dias 20 e 22 de outubro de 2021, com o tema “O quer come a cidade? Como a cidade come?”

 

Localização
ONLINE
Informações
Horários
a
O evento será totalmente virtual
Entrada
Gratuito
PROMOÇÃO
UFMG / FAFICH / UFOP / IEPHA - Governo de Minas Gerais / SENAC / Universidade de Coimbra / CECH
REALIZAÇÃO
UFMG / FAFICH / UFOP / IEPHA - Governo de Minas Gerais / SENAC / Universidade de Coimbra / CECH
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