Nos dias 14 e 15 de julho, vai acontecer a estreia da Classic Batalha de Danças Urbanas prevista em duas lives.
Criada pelo DJ Zeu, que vai comandar a pickup durante as apresentações, a disputa vai reunir 16 bailarinos.
Oito participantes são convidados: Balarine, Black-A, Fabiana Santos, Itsa Gonçalves, Jéssica de Paula, Jonathan Miranda, Silvia Kamyla, Marcelo, e os outros oito serão selecionados por meio de chamada pública.
A batalha vai acontecer no formato “mata-mata” ou 1x1.
Os oito convidados acima vão enfrentar os oito selecionados no dia 14.
Os oito melhores da primeira rodada vão retornar no dia 15 para a final.
O vencedor vai levar o prêmio de R$ 5.000 e todos os participantes terão o auxílio de R$ 300.
Não há nenhuma restrição quanto ao estilo de dança. “A gente espera tudo o que for conhecido como danças urbanas.
Pode acontecer, por exemplo, de um bboy clássico enfrentar uma pessoa que dança vogue.
O estilo é livre”, explica DJ Zeu.
A iniciativa é um projeto novo e deriva da festa Classics Hip-Hop constantemente frequentada por muitos bailarinos e na qual as disputas de dança já eram realizadas de maneira espontânea, desde 2007, quando o evento surgiu na avenida Francisco Sá, no Prado, em Belo Horizonte.
“As batalhas de dança estavam sempre presentes, mas de maneira informal.
Esta será a primeira vez que organizamos a disputa desse jeito com concurso e premiação”, reforça o DJ e produtor cultural. Com quase 15 anos de trajetória, a serem celebrados em janeiro de 2022, a Classics Hip-Hop começou atraindo cerca de 200 pessoas, e de lá pra cá, já teve edições que reuniram mais de 20 mil pessoas, como a realizada no Parque Municipal de Belo Horizonte, em 2019.
“Aos poucos o evento foi ganhando corpo e passou inclusive a representar a cidade de Belo Horizonte”, frisa Zeu.
“Nós recebemos o título e somos conhecidos como a melhor festa de Hip-Hop do Brasil”, comemora o DJ Zeu. Tal fama já rendeu convites para a festa ser realizada em outras cidades do país, e assim a Classics chegou a Blumenau, Rio de Janeiro, Curitiba e Vitória, dentre outros destinos.
No ano passado, o projeto faria sua primeira itinerância no exterior, aportando em Miami, Orlando e em Nova York, mas a circulação foi interrompida por causa da pandemia.
Apesar de não poder fazer a Classic Batalha de Danças Urbanas presencialmente, como havia imaginado, DJ Zeu celebra o novo passo dentro de toda essa história, que é fruto do seu esforço de buscar abrir mais espaços para a cultura Hip-Hop.
“Quando eu pensei em ser DJ, eu não tinha lugares para me apresentar, eu tive que criar minhas próprias festas para poder fazer a coisa acontecer.
E a Classics nasceu dessa necessidade. Depois dela vieram muitas outras”, revela DJ Zeu.