X Encontro de Pesquisa em História da UFMG - EPHIS 2022

Tempo, memória e reminiscência: o (re)fazer histórico e suas perspectivas

O tempo é um conceito intrigante. Como uma entidade onipresente, ele é invisível, mas está em toda parte; é relativo, sendo difícil defini-lo. Porém, mesmo sofrendo com sua imprecisão, encontramos formas de concebê-lo, estabelecendo o hoje, o ontem e o amanhã. Assim, passamos a celebrar datas e efemérides, como aniversários e/ou marcos históricos.

Essas comemorações remetem a uma memória que muitas vezes foi construída coletivamente visando um objetivo: preservar a história, uma identidade ou cultura. Nós, como historiadores questionamos, essa construção: seu significado, objetivo e usos. Em 7 de setembro de 1822 foi declarada a independência do Brasil perante sua antiga metrópole, Portugal.

Contudo, como celebrar a independência em um país que preservou a escravidão e continuou durante séculos reprimindo os direitos dos povos originários? E pensando na atualidade: somos plenamente independentes? Tais questões são importantes para questionar o uso da memória e como ela é utilizada no âmbito político nacional.

Podemos perceber a questão do tempo através dos últimos anos em que vivemos a pandemia de COVID-19, quando diversas vidas foram perdidas e o trabalho, a escola, a rotina, tudo foi alterado. Como esse período ficará marcado em nossa memória? Serão marcas pessoais e incompletas de um passado distante ou farão parte da memória coletiva?

Diante do exposto, o X EPHIS deseja refletir como o ofício do historiador, bem como, a noção de tempo foram alterados durante o período pandêmico, compreender as reminiscências históricas e historiográficas das comemorações e efemérides e de que maneira o (re)fazer histórico foi remodelado. Assim, o X EPHIS, que ocorrerá na última semana de maio, irá contemplar o seguinte tema: “Tempo, Memória e Reminiscência: o (re)fazer histórico e suas perspectivas”.