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Zé Geraldo e Roberto Lima no #Sempre Um Papo Em Casa

Descrição

O cantor e compositor Zé Geraldo e o escritor e fundador do jornal Brazilian Voice (Estados Unidos), Roberto Lima, são os convidados de Afonso Borges para falaram sobre suas carreiras e a relação de ambos com Governador Valadares, cidade que acolheu a ambos ainda na infância. Zé Geraldo compôs Rio Doce, canção que participou do festival MPB Shell (Globo) e acabaria se tornando uma espécie de hino informal da cidade. Essa será mais uma edição virtual do “Sempre um Papo” com transmissão ao vivo no Youtube, Instagram e Facebook do Projeto e o encontro vai acontecer no dia 1 de setembro, terça-feira, às 18h.

O Sempre Um Papo realiza uma série de conversas com escritores e artistas de algumas cidades de Minas Gerais, no intuito de valorizar a arte da região. As atividades integram o #SempreUmPapoEmCasa, sequência de eventos patrocinados pela Cemig com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

Roberto Lima nasceu em Pedra Corrida (Vale do Rio Doce) e Zé Geraldo em Rodeiro (região da Zona da Mata). Ambos chegaram a Governador Valadares na infância e saíram um pouco antes dos 21, procurando novas alternativas de vida, apesar do amor pela cidade. A cidade foi fundamental na formação do homem que ambos se tornariam e foram condecorados como cidadãos valadarenses, concedendo-lhes a cidadania honorária em 2007, numa cerimônia dupla. Zé Geraldo foi morar em São Paulo, onde queria ser jogador de futebol. Um acidente de viação, no entanto, colocou em suas mãos um violão durante o longo período de recuperação. O futebol perdia um craque. A MPB ganharia um de seus artistas mais lonjevos e atuantes, com dezenas de discos lançados. É um dos artistas de sua geração com agenda sempre cheia. Durante a pandemia, tem realizado diversos Lives, seguindo a tendência de se manter conectado aos fãs através das redes sociais. Até pouco tempo,participava de partidas de futebol ao lado de ex-jogadores profissionais, muitos deles da seleção. O futebol ainda é um grande paixão.

Zé Geraldo ganhou uma estátua no trevo de Rodeiro, sua cidade natal. É lá que a juventude da região se reúne para tocar violão e fazer cantorias. Roberto Lima emigrou para os EUA, em 1984, onde trabalhou como lava-pratos, garçom e servente de pedreiro, antes de fundar o jornal Brazilian Voice, em agosto de 1988. O jornal se tornaria um dos maiores veículos de comunicação da colônia brasileira no país, que chegou a ter, em determinado momento, quase um milhão e meio de pessoas.

Roberto Lima publicou um livro (Colosso Ciclone) em 1982 em parceria com o poeta Bispo Filho. A militância dos dois acabou deflagrado um movimento que tomou conta da cena cultural da cidade em um momento muito fértil e que marcou época. Roberto publicaria, ainda, mais um livro de poesias em 1988. Tango Fantasma reunia os textos produzidos naqueles primeiros anos vivendo fora do Brasil. Com a fundação do Brazilian Voice, Roberto Lima deixou de lado a literatura para se dedicar exclusivamente ao jornalismo. Só voltaria a publicar um livro em 2013, trinta anos depois de Colosso Ciclone, reeditando a parceria com Bispo Filho. O livro Meninos de São Raimundo venceu o prestigioso press awards daquele ano. Em 2017, publicou Papoulas de Kandahar, livro que o levou a Portugal, Açores, Ilha da Madeira, Espanha e Brasil. Prepara dois livros pós-pandêmicos para 2021: Pequeno Mapa do Medo (crônicas) e Caixa de Suspiros (poesia).

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