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"Festival Fluvial: Seres-Rios" - BDMG Cultural

Descrição

O BDMG Cultural realiza, de 2 a 10 de agosto, o Festival Seres-Rios, um convite à reflexão sobre preservação das histórias e culturas que costuram as águas dos rios Doce, São Francisco e Jequitinhonha, elementos tão sagrados para muitos povos.

Em um ambiente totalmente virtual, o festival conta com uma programação que reúne estudos e investigações sobre os rios a partir de debates, cartografias inéditas, lives, exposição de artes visuais e mostra de filmes que dão vozes aos seres que se relacionam com as águas e cursos.

O público já pode conhecer a programação no Instagram do Festival @seresriosfestival e no site do BDMG Cultural (https://bdmgcultural.mg.gov.br/).

O acesso ao Festival é gratuito e será pela plataforma www.seresrios.org, a partir do dia 02/08. “Em um momento em que se discute as questões ambientais, a crise hídrica, especialmente em Minas Gerais – a caixa d’água do país –, é urgente falar sobre os nossos rios e a nossa relação com eles.

O Seres-Rios chega como um espaço múltiplo de diálogos e conhecimentos, que propõe perspectivas diferentes e plurais para pensar o lugar que os rios ocupam e deveriam ocupar hoje e no futuro.

Uma abordagem multidisciplinar e de origens diversas para falar sobre águas e dos ensinamentos que brotam a partir delas”, Gabriela Moulin, Presidente do BDMG Cultural.

A abertura do Festival será no dia 02/08 (sexta-feira), às 19h, com o debate “Políticas cósmicas: Como viver sem o rio?

Como viver com a Terra? Como viver no mesmo planeta?”, protagonizado pelo líder indígena, ambientalista, filósofo e escritor Ailton Krenak, ao lado de Marisol de la Cadena, antropóloga peruana, com mediação de Ana Gomes.

Logo em seguida, às 20h, a estreia será coroada com show da cantora Mônica Salmaso – que, ao lado do pianista André Mehmari e do saxofonista e flautista Teco Cardoso, fará um passeio por canções clássicas que resgatam o lúdico dos rios. Sob curadoria da antropóloga Marcela Bertelli, do arquiteto e designer Wellington Cançado, do jornalista especializado em ciência e meio ambiente Bernardo Esteves, e da documentarista e antropóloga Júnia Torres, o Festival Seres-Rios segue até o dia 10 de agosto, promovendo um encontro de quem navega pelos conhecimentos e histórias dos rios.

A relevância dos assuntos extrapola os limites do estado de Minas Gerais e do Brasil, colocando em discussão a preservação da cultura dos rios para além das fronteiras, que são elementos sagrados para muitos povos. “Mais do que reunir a perspectiva dos humanos que vivem com o rio, do rio, para o rio, o Festival quer dar voz aos próprios rios, aos peixes e outras criaturas que nele vivem, às matas ciliares e a todos os seres em suas vizinhanças.

Pretende-se reimaginar a própria ideia de rios como seres, organismos, sistemas vivos, para admiti-los como sujeitos que têm agência, direitos, se relacionam socialmente com outros seres e contam histórias: Seres-rios”, diz Wellington Cançado, um dos curadores do festival.

O espaço “Diálogos” traz seis mesas de debates que vão colocar em discussão a memória, a beleza, as dores e o futuro dos rios:

Mesa 1 - Rios Urbanos: “Qual o futuro dos rios nas cidades?”,

Mesa 2 - Futuro dos rios: “O que podem os rios no mundo pós-desenvolvimentista?”,

Mesa 3 - Extinções: “Como morrem os rios?”,

Mesa 4 - Desextinção - “Como renascem os rios?”,

Mesa 5 - Ecossistêmicas: “Podem rios vivos curar humanos?”

e Mesa 6 - Rios sujeitos de direitos: “O que pensam os rios? Quem fala em seu nome?”.

A mostra de filmes “Rios para ver” apresenta quatro sub mostras – “Opará - São Francisco”, “Watú - Rio Doce”, “Yékity – Jequitinhonha” e “Interflúvios: outros Rios” – que trazem mais de 20 produções que falam sobre os rios, entre longas, curtas e médias.

O Festival traz também um trabalho de cartografia inédita, que mapeia iniciativas e movimentos ribeirinhos das bacias dos rios Doce, Jequitinhonha e São Francisco, e uma exposição de obras artísticas encomendadas a artistas com a temática dos rios, em que serão exibidos trabalhos de Davi de Jesus, Edgar Xakriabá, Ana Pi, Nydia Negromonte, Paulo Nazareth e Sara Lana.

A programação conta ainda com uma série de lives que irá abordar “Como navegar no Antropoceno?”, “Como amansar Gaia?”, “Como confluem águas e saberes?” e “Como fabular contra a corrente?”, tema que encerra a programação do Festival, com a escritora, pesquisadora e professora Maria Esther Maciel, e o escritor e biólogo moçambicano Mia Couto, no dia 10/08, às 19h.

A programação infantil conta com a gravação de um episódio especial do podcast Maritaca, a disponibilização de uma oficina com Adelsin, uma oficina de barquinhos navegáveis com Roquinho e a transmissão do espetáculo “Pra Nhá Terra”, interpretado pelo grupo de teatro Ponto de Partida e Meninos de Araçuaí e banda.

Localização
online
Horários
a
Evento propõe reflexões sobre as histórias e as relações culturais dos rios. Debates, cartografias inéditas, artes visuais, lives, filmes e documentários contemplam o Festival, que acontecerá de 2 a 10 de agosto, na plataforma ww.seresrios.org.
Entrada
Gratuito
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