A imagem mostra um homem negro, apenas meio corpo com os olhos fechados, a cabeça esta virada pra cima, e esboça um leve ar de felicidade. a imagem é preto e branca.
Crédito: Divulgação

Inscrições para residência artística de Benjamin Abras estão abertas

11ª edição do Festival de Arte Negra de Belo abre inscrições para residência artística de Benjamin Abras

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC), informa que as inscrições para a Residência Artística Afro Butoh Nzila ti N’gombe, ministrada por Benjamin Abras, com participação de Cátia Costa e Mukanya, estão abertas de 20 a 28 de novembro de 2021. 

O público-alvo são adultos, artistas da dança e teatro. A residência é gratuita e serão oferecidas 20 vagas. A seleção das pessoas participantes será realizada pelo ministrante e o resultado divulgado pelo site e redes sociais do FAN BH no dia 1 de dezembro de 2021. A aula magna, no dia seis de dezembro, será realizada de forma virtual, com transmissão pelo canal de Youtube da Fundação Municipal de Cultura, e aberta ao público geral, sem necessidade de inscrição. Já as aulas seguintes, entre os dias sete e dez, acontecem de forma presencial, durante a programação do festival, no Centro de Referência da Dança de Belo Horizonte. A atividade será realizada observando todos os protocolos de combate à covid-19 vigentes na capital mineira.

Benjamin Abras é natural de Belo Horizonte, artista contemporâneo interdisciplinar, poeta, diretor de dança-teatro, dramaturgo e ensaísta. Cátia Costa, de Niterói (RJ) é atriz, performer, diretora teatral, preparadora de elenco, diretora de movimento e terapeuta. Mukanya, também de Niterói (RJ) é músico e escritor, promovendo a cultura africana no Brasil a partir da música.

SOBRE BENJAMIN ABRAS

Benjamin Abras é criador de performances, instalações, objetos, desenhos e pinturas que refletem suas experiências nas tradições afro-brasileiras do Candomblé e da Capoeira de Angola. Atuou, realizou exposições e participou de residências artísticas no Reino Unido, na Dinamarca, na Índia e no Senegal.

SOBRE A RESIDÊNCIA AFRO BUTOH NZILA TI N’GOMBE DE BENJAMIN ABRAS

Afro Butoh, tema dessa residência artística, é um campo de pesquisa performativo e filosófico contemporâneo, em que a arte atua na descolonização, através de técnicas advindas da ritualística e filosofias afro-diaspóricas brasileiras. Os fundadores são Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno e Yoshito Ohno, com o qual Benjamin Abras teve oportunidade de dançar e dialogar.

Ao longo de 10 anos, o Afro Butoh foi utilizado pelo artista no Brasil, em espetáculos como Madame Satã e ZUMBI, e  vivenciado na Europa, Ásia e África. Para isso, Benjamin Abras vale-se da ritualidade como ação política, reescrita da memória e desconstrução do corpo institucionalizado, colonizado pelas identidades eurocêntricas.

O trabalho oferece aos participantes uma imersão prática filosófica nas danças de Kalunga, na filosofia do Catimbó de preto velho, trabalhando imersivamente em três técnicas: ressonância de Umbanda, educação afro-somática e transe da presença. 

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FAN BH 2021

Neste ano, o FAN BH traz o tema “Muvuca de Pretuntu” e parte das conexões culturais entre Brasil e África, mais especificamente das influências da cultura bantu na formação da identidade brasileira e suas relações com Minas Gerais. Esta edição destaca o desejo de aproximação - através dos encontros, reflexões, trocas de experiências, de afetos -, a partir de processos criativos colaborativos que se darão durante o festival. A  curadoria do festival, em 2021, é composta pelo artista plástico Froiid, pela atriz, cantora e compositora Júlia Tizumba e pelo cantor e compositor Sérgio Pererê.