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Em 2021, o Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH trouxe o tema “Muvuca de Pretuntu”, partindo das conexões culturais entre Brasil e África, mais especificamente das influências da cultura bantu na formação da identidade brasileira e suas relações com Minas Gerais. A décima primeira edição do FAN destacou o desejo de aproximação - através dos encontros, reflexões, trocas de experiências, de afetos - e teve como novidade na programação a experiência das Muvucas Artísticas, reunindo dezenas de artistas brasileiros e do exterior em quatro grandes encontros colaborativos que resultaram em espetáculos inéditos no festival. Realizado entre os dias 4 e 12 de dezembro, o FAN BH 2021 também teve atrações marcantes como Lia de Itamaracá, Hilton Cobra, Mateus Aleluia Filho, o congolês Zola Star e o angolano Ermi Panzo. Ao todo, foram 327 artistas envolvidos nas mais de 40 atividades da programação que contou com atrações virtuais e presenciais, seguindo os protocolos vigentes de prevenção à covid-19 no momento da realização do evento. A programação, totalmente gratuita, contou com shows, espetáculos teatrais, ações formativas, reflexivas, e o OJÁ - Mercado das Culturas. Os países representados no 11º FAN foram Angola, Brasil, Congo, Moçambique e Nigéria. Esta edição do festival foi realizada em parceria com a Organização da Sociedade Civil Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC), selecionada via chamamento público MROSC. A curadoria foi de Froiid, Júlia Tizumba e Sérgio Pererê. A direção artística foi de Aline Vila Real, diretora de Promoção das Artes da Fundação Municipal de Cultura.
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A décima edição do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH apresentou “Território Memória” como eixo de reflexão, articulado às práticas culturais e artísticas negras. Território como espaço de circulação de memórias individuais e coletivas; Memória como espaço de construção de territórios atemporais. De 18 a 24 de novembro de 2019, a programação reuniu obras, artistas e atuantes das culturas negras, compondo um olhar expandido e diverso, para focalizar as subjetividades negras e suas singularidades artísticas. A edição homenageou Maria Beatriz do Nascimento, historiadora, roteirista, professora, poeta e ativista pelos direitos humanos de negros e mulheres. Os países representados foram Alemanha, Gana e Senegal. A curadoria foi de Aline Vila Real, Grazi Medrado e Rosália Diogo.
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Em sua nona edição, de 15 a 22 de outubro de 2017, o Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH trouxe o protagonismo das mulheres negras, com o tema central “FAN Mulher”. Naquele ano, o Festival contemplou uma maioria de criadoras, artistas e debatedoras mulheres de diversas partes do país, com uma homenagem a Joaquina Maria da Conceição da Lapa, a Lapinha, primeira cantora lírica negra brasileira. Completando 22 anos de existência – no terceiro ano da Década da Afrodescendência, o FAN BH se consolidou, mais uma vez, enquanto espaço de projeção de possibilidades e redução das desigualdades. Os países representados foram Brasil, Cuba e Guiné Conacri. A curadoria foi de Carlandréia Ribeiro, Karu Torres e Luciana Gomes (DJ Black Josie).
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O Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH completou, em 2015, 20 anos de existência e sua celebração aconteceu em um momento icônico. A oitava edição, realizada entre os dias 25 e 29 de novembro de 2015, ocorreu justamente no primeiro ano da Década Internacional dos Afrodescendentes, cujo período é de janeiro de 2015 a dezembro de 2024. Trata-se de uma resolução da ONU, firmada em Assembleia Geral, em 2013, cujo objetivo consiste em promover o respeito, a proteção e a realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais de afrodescendentes, como reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Com o eixo curatorial “Encontros”, o Festival consolidou suas ações na valorização e reflexão de questões estético-culturais ligadas à presença crítico-criativa da cultura afro-brasileira no mundo contemporâneo. Os países representados foram Angola, Bélgica, Brasil, Burkina Faso, Congo, França, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, Senegal e Suíça. A curadoria foi de Denilson Tourinho, Ibrahima Gaye e Rosália Diogo.
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Com o tema “Um Lugar no Mundo: Afro-américa”, a sétima edição do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH ocupou diversos espaços da cidade, durante os dias 17 e 27 de outubro de 2013. A proposta refletiu o interesse em compreender os lugares do negro no mundo em todas as suas dimensões: social, regional, internacional e geopolítica. A programação contou com a presença de artistas do Brasil, França e Gana, entre outros. A direção artística foi de Maurício Tizumba e a curadoria de Antônio Sergio Moreira, Carlandreia Ribeiro, Makota Kizandembu, Ricardo Aleixo, Rui Moreira e Sérgio Pererê.
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Com o tema “Territórios Móveis”, o conceito “O Corpo, a Casa, a Rua”, e tendo o músico Mestre Jonas e a militante Graça Sabóia – ambos mortos em 2011 – como homenageados, a sexta edição do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH teve início em dezembro de 2011 e se estendeu ao longo de 2012. Mais uma vez ocupando diversos espaços da cidade, o FAN BH teve um olhar voltado com grande atenção para a produção artística local e contou, naturalmente, com atrações de projeção nacional e internacional. Os países representados na edição foram Angola, Brasil, Camarões, França, Moçambique, Peru e Senegal. A curadoria foi de Celina Albano, Gil Amâncio, Ibrahima Gaye, Leda Maria Martins e Ricardo Aleixo.
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Por meio da arte e cultura, a quinta edição do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH, no “Ano da França no Brasil”, discutiu os caminhos para o desenvolvimento de um mundo melhor. Para tal reflexão, houve uma programação de espetáculos cênicos, musicais, oficinas, cinema, exposições e debates. A ideia foi envolver, durante sete dias, Belo Horizonte na ambiência propiciada pela arte proveniente de países africanos e de suas diásporas, representada por artistas, grupos, realizadores e pesquisadores do tema. De 03 a 08 de novembro de 2009, a programação reuniu artistas do Brasil, Congo, Costa do Marfim, Cuba, França e Senegal. Adyr Assumpção e Rui Moreira estiveram à frente da curadoria.
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Na quarta edição, que aconteceu entre os dias 19 e 25 de novembro de 2007, o Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH trouxe como eixo um olhar para os países da África que estão acima da Linha do Equador e homenageou os Mestres da Capoeira e Capoeiristas. Dentre os motivos que elegeram este recorte, estava a oportunidade de apresentar um painel da diversidade de questões e proposições que os artistas e grupos sociais desta vasta região têm formulado no sentido de combinar tradição e modernidade, encontrando soluções para as problemáticas contemporâneas. Angola, Brasil, Burundi, Canadá, Guiné Bissau, Mali, Nigéria e Senegal estiveram representados no Festival, que contou com curadoria de Adyr Assumpção e Rui Moreira.
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A terceira edição do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH aconteceu em novembro de 2005 e foi um desdobramento da edição anterior (2003), promovendo ações ao longo de 2004 e se transbordando para 2006. Com o tema “Re: Territórios Negros”, que remete às diversas estratégias de ocupação e reconfiguração do espaço urbano, desenvolvidas no passado e no presente pelas populações negras da cidade, a edição foi estruturada em três eixos: “Reconfigurações Urbanas”, “Corporalidades” e “Palavra, Imagem e Mídia”. Houve presença marcante do hip hop na programação, com a participação de vários artistas locais e de projeção nacional, reverberando pela cidade. A programação contou com a presença de artistas do Brasil, Cuba, Estados Unidos, França e Itália. A curadoria foi de Gil Amâncio, Ricardo Aleixo e Rui Moreira.
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O Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH voltou ao calendário cultural da cidade em 2003, oito anos após a edição inaugural, em caráter permanente e com cronograma de realização bienal. A segunda edição do Festival reforçou a sua valiosa contribuição enquanto difusor da arte negra no Brasil e a sua fundamental importância para se compreender a origem e a inserção das diversas vertentes das culturas de matrizes africanas. De 15 a 23 de novembro, com o tema “Rotas do Futuro no Atlântico Negro”, a programação reuniu artistas de diversos países, tais como Brasil, Camarões, Congo, Guiné, Costa do Marfim, Estados Unidos, França, Jamaica, Senegal. A curadoria foi de Gil Amâncio, Ricardo Aleixo e Rui Moreira.
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O Festival de Arte Negra de Belo Horizonte - FAN BH nasceu integrando as celebrações do tricentenário da morte de Zumbi dos Palmares, herói nacional e símbolo da resistência cultural da população negra do Brasil. O evento movimentou a cidade, que assistiu, fascinada, a ocupação de suas ruas, praças e teatros, por artistas representantes das mais variadas expressões artísticas de diversos pontos da África e das diásporas negras. A programação contou com a participação de artistas do Brasil, Burkina Faso, Colômbia, Congo, Cuba, Gana, Senegal, Togo e Venezuela. A idealização foi de Gil Amâncio, com comissão curadora composta por Adyr Assumpção, Djalma Correa, Gil Amâncio, Ricardo Aleixo e Sérgio Fantini, contando ainda com consultoria de Rui Moreira.