No dia 7 de novembro, terça-feira, às 19h, quem abre a mostra é a E² Cia de Teatro e Dança, protagonizado pela artista Eliana de Santana, com o espetáculo “Tudo que é imaginário existe e é e tem - uma dança para Estamira”.
Inspirada anteriormente por obras literárias, como Vidas Secas, de Graciliano Ramos, contos de Clarice Lispector ou o poema Tragédia Brasileira, de Manuel Bandeira, a E² Cia de Teatro e Dança apresenta um trabalho cênico inspirado na fala assertiva e desconcertante de Estamira Gomes de Sousa (1941 - 2011), mulher que trabalhava no aterro sanitário de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, e que teve a vida apresentada no filme-documentário Estamira, de Marcos Prado. A obra cinematográfica é carregada de falas e ensinamentos filosóficos profundos sobre o descaso público, a constante violência social e outros assuntos caros à Estamira, lida como uma mulher com distúrbios mentais, mas também como uma grande profetisa dos nossos tempos.
Tudo que é imaginário existe e é e tem, uma das frases ditas por Estamira no documentário, também nomeia o espetáculo da E² Cia de Teatro e Dança, solo de dança dirigido e interpretado por Eliana Santana.
A apresentação integra o “Terça da Dança”, projeto especial do Teatro Marília e do CRDançaBH.