Foto: Ricardo Laf
Neste sábado (4), o Mercado da Lagoinha recebe a abertura oficial do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte. A cerimônia inaugural contará com a benção do Pai Geraldo André, da Casa de Cultura Lodé Apará.
Em seguida, a festa da cultura popular envolve um Encontro de Candombes (Comunidade Quilombola Mato do Tição, Comunidade Quilombola do Açude, Nossa Sra do Rosário, de Lagoa Santa). Uma das mais antigas expressões do congado mineiro, os candombes são presença marcante nas tradições populares da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do interior. Com orações e batuques dos tambus, transmitem a fé e a alegria do povo.
Também participam da abertura a Guarda de Congo São Benedito e Guarda de Moçambique - Reinado de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá. São grupos que guardam a fé pela Nossa Senhora do Rosário, reunindo mulheres, homens e crianças, que mantêm a sua história de geração para geração. Os festejos das guardas de congado são também uma expressão rítmica única da cultura mineira e brasileira, a partir dos seus tambores e cortejos.
Outra atração é o Coral Vozes de Campanhã, da Irmandade do Rosário de Justinópolis. O grupo, composto por mais de 10 mulheres de diversas idades, canta a ancestralidade negra de sua região, valorizando os costumes da comunidade e a força da religiosidade afro-cristã do congado mineiro. O Coral vem se apresentando em várias festas, encontros e eventos ao longo da última década.
Um momento esperado da festa é o encontro dos Caixeiros do Rosário com o multiartista e ícone da cultura popular mineira Maurício Tizumba. Os Caixeiros fazem a evolução dos desfiles das festas de Nossa Senhora do Rosário, com grupos de tambores que se complementam nos ritmos de fé e de festejo. Tizumba tem mais de 40 anos de carreira artística, sendo ator, instrumentista, diretor, cantor e empreendedor cultural. É um dos criadores da Companhia Burlantins e do Tambor Mineiro.
O Samba da Meia Noite encerra as atividades com a alegria que marca as suas apresentações do grupo. Em seus batuques e chulas, os sambadeiros e sambadeiras trazem as heranças, lembranças e vivências ancestrais de uma cultura singular que tem origem no Recôncavo Baiano. Através da oralidade multirregional tipicamente brasileira, o Samba da Meia Noite expressa, com um tempero mineiro, a herança deste legado de acordo com a história de cada membro do grupo.
Toda a programação do FAN BH 2021 é gratuita. O evento é realizado cumprindo todos os protocolos de combate à covid-19 vigentes em Belo Horizonte. O festival é uma realização da Prefeitura de Belo Horizonte, a partir da Secretaria Municipal de Cultura, Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC).
Bênção do Pai Geraldo André, da Casa de Cultura Lodé Apará
Apresentações:
Encontro de Candombes: Candombe da Comunidade Quilombola Mato do Tição e Candombe da Comunidade Quilombola do Açude (Jaboticatubas); Candombe de Nossa Sra. do Rosário (Lagoa Santa)
Guarda de Congo São Benedito e Guarda de Moçambique - Reinado de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá
Coral Vozes de Campanhã - Irmandade do Rosário de Justinópolis
Caixeiros do Rosário e Maurício Tizumba
Samba da Meia Noite
Recursos de acessibilidade: Libras