SINOPSE:
"XIRÊ – A Saga do Menino Rei" é um musical infanto-juvenil que aborda uma questão social de grande relevância dentro das favelas brasileiras: a manutenção da vida da juventude negra da periferia. No 2º Encontro Negrura, serão apresentados fragmentos do espetáculo, com duração de aproximadamente uma hora, que contará de forma lúdica a história do menino Dúdù, um jovem negro da cidade de Zungu que, após enfrentar diversas situações cotidianas, quase tem sua vida suprimida por forças maiores. No entanto, assim como todo menino negro periférico, Dúdù é um jovem poderoso que carrega consigo a força do povo negro. Mesmo diante do poder da intolerância, o público consegue compreender o poder da resistência do povo negro e favelado.
Montado pelo Grupo Morro Encena, de forma colaborativa com outros artistas negros e periféricos de BH, "XIRÊ – A Saga do Menino Rei" é um espetáculo que possibilita encantar e refletir sobre a questão da mortalidade de jovens negros. A montagem é resultado da pesquisa de mestrado de Hérlen Romão sobre o Teatro Favela, desenvolvida a partir da trajetória do grupo Morro Encena e de sua experiência como diretora e pesquisadora da pedagogia teatral nas favelas.
LOCAL: FUNARTE – Galpão 1
CLASSIFICAÇÃO: Livre
MINI BIO:
GRUPO MORRO ENCENA
O Grupo de Teatro Morro Encena é um coletivo feminino, composto majoritariamente por mulheres negras e moradoras do Aglomerado da Serra, o maior conjunto de favelas de Belo Horizonte (MG). Desde 2011, vem circulando pelos principais espaços artísticos do país, levando ao público uma arte comprometida com a realidade social das periferias, os direitos humanos e o empoderamento de gênero.
O Morro Encena atua tanto em palcos tradicionais quanto em espaços alternativos e ruas, utilizando sua própria pesquisa cênica denominada "Teatro Favela" — uma técnica teatral desenvolvida a partir da fusão entre o Teatro do Oprimido, o Teatro Negro, o Teatro Social e os elementos estéticos e simbólicos das favelas: arquitetura, cores, morros, alegria, superação e determinação.
O objetivo central desta técnica é possibilitar a reflexão sobre as questões sociais que permeiam pessoas negras e faveladas, em busca de possibilidades de emancipação, empoderamento e transformação social. Entre os destaques estão: em 2019, o Prêmio Leda Maria Martins; segundo lugar no Festival Nacional Elas Por Elas (RN); e primeiro lugar no Festival Estadual Elas Por Elas (MG). Também conta com o Prêmio Canarinho de Ouro dado pelo FESTA – Festival Nacional de Teatro de Araguari e, em 2012, o Prêmio Funarte, Bacia Rio São Francisco. Atualmente, conta com os seguintes componentes: Andresa Romão, Erica Lucas, Fabiana Martins, Hérlen Romão, Simon Oliveira e Matheus Lucas.