6º FESTIVAL LITERÁRIO INTERNACIONAL DE BELO HORIZONTE CELEBRA A DIVERSIDADE DA LÍNGUA BRASILEIRA EM OUTUBRO
A capital mineira se prepara para receber a sexta edição do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte – FLI BH, que acontecerá de 10 a 26 de outubro de 2025. O evento, uma realização da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e do Instituto Periférico, promete um mergulho profundo na riqueza da língua e da cultura brasileiras, com uma programação vasta e gratuita.
Com o tema "Da minha língua eu vejo o mundo", o FLI BH 2025 propõe uma celebração das múltiplas línguas faladas no Brasil, reconhecendo-as como valiosas expressões de identidade, memória, fabulação e resistência. O festival reafirma o compromisso com o reconhecimento das línguas como um patrimônio coletivo acessível a brasileiros de todas as idades, regiões e contextos sociais.
A programação será dividida em duas fases: de 10 a 21 de outubro, as atividades tomarão conta da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil e dos diversos centros culturais da cidade. Em seguida, de 22 a 26 de outubro, o festival se concentrará na Funarte MG, um importante complexo cultural no coração de Belo Horizonte.
A Funarte ocupa um histórico complexo de seis galpões que, no início do século XX, integravam a antiga Estação Ferroviária Central. Esse espaço robusto e versátil está preparado para acolher uma programação diversificada, incluindo espetáculos de teatro, dança, circo e música, além de exposições de artes visuais. Entre seus galpões, destacam-se o Galpão 1, com seu palco italiano, ideal para música e artes cênicas; os Galpões 3 e 4, espaços multiuso adaptáveis a diversas configurações de palco-plateia; o Galpão 5, frequentemente dedicado a exposições de artes visuais; e o Galpão 6, que oferece lounge e áreas para ensaios e oficinas.
Durante o festival, o público terá acesso a uma programação rica e interdisciplinar, que inclui palestras, mesas de debate, oficinas, leituras dramáticas, rodas de leitura, narrações de histórias, ciclos de debate, performances de ilustração, espetáculos cênico-musicais, saraus, uma exposição temática, sessões de autógrafos e uma feira de livros. O objetivo é fomentar a leitura, a escrita e o diálogo entre distintas expressões artístico-culturais, convidando os participantes a criar e compartilhar histórias que contribuam para a compreensão do ser, viver e relacionar-se.
O FLI BH 2025 fortalece suas conexões por meio de parcerias estratégicas com a Mostra do Livro Latino-Americano – MOLLA e o Fórum Nacional de Bibliotecas Escolares. Essas colaborações enriquecem o debate sobre a cena criativa e editorial na América do Sul e sobre políticas públicas essenciais para o livro, leitura, literatura e bibliotecas.
Este ano, o festival presta uma merecida homenagem a Maria Antonieta Antunes Cunha, cuja trajetória de décadas se confunde com a história do livro, da literatura, da infância e das políticas culturais no Brasil. Seu legado abrange a docência, pesquisa, escrita, edição e gestão pública, e esta homenagem a coloca ao lado de grandes nomes já celebrados pelo FLI BH, como Carlos Drummond de Andrade e Lélia Gonzalez.
Outro ponto alto será a comemoração dos cinquenta anos do Prêmio João-de-Barro, o mais antigo e longevo prêmio literário brasileiro dedicado à criação literária para crianças e jovens, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte desde 1974. Para celebrar a data, o festival receberá a autora e ilustradora Aline Abreu, que foi premiada em 2016 com o livro "Quase ninguém viu".
