Crédito: Ricardo Laf
A Zona Cultural Praça da Estação (ZCPE) é uma iniciativa conjunta da Prefeitura e da sociedade civil e busca consolidar e fortalecer um espaço central, de convergência física e simbólica de toda a cidade. Ela reúne e dinamiza inúmeros movimentos artísticos, espaços e agentes culturais em suas diversas e plurais manifestações presentes na região, reforçando a cultura de Belo Horizonte em suas dimensões simbólica, econômica e cidadã. Além de ser esse lugar de referência para encontros, realização de práticas culturais, esportivas e artísticas de caráter urbano e tradicional, a ZCPE conta com um vasto conjunto arquitetônico protegido por tombamento pela política de proteção ao Patrimônio de Belo Horizonte. É uma espécie de ¨coração da cidade ̈, por seu valor histórico-urbanístico e por seus espaços edificados que, ao longo do tempo, incorporaram-se ao imaginário coletivo, na configuração da cena urbana e no cotidiano dos seus moradores. A valorização das atividades culturais que lá são desenvolvidas e as que virão a ser, fará esse coração mais forte e ativo.
O Decreto Municipal nº 15.587 de 2014, reconheceu e oficializou o território da ZCPE, institucionalizando e criando o marco legal para esse movimento de potencialização do conjunto de equipamentos culturais e de atividades artísticas da Zona Cultural Praça da Estação e possibilitando uma maior, diversa e plural apropriação por toda a cidade desse espaço vital de Belo Horizonte.
Seu elemento central, a Praça da Estação, concebido no projeto original da Cidade de Minas, planejada por Aarão Reis, em 1895, teve sua pedra fundamental lançada no mesmo ano e começou a ser construída em 1904. Os jardins, inicialmente sinuosos, de estilo paisagístico inglês, foram entregues à população em 1906. Antes mesmo da inauguração de Belo Horizonte, em 1897, a Praça da Estação já ocupava um lugar de destaque por ser passagem obrigatória para os que entravam e saíam da cidade em construção.
Não por acaso, foi nas proximidades da Praça da Estação que surgiram os primeiros fotógrafos de rua de Belo Horizonte, popularmente conhecidos como lambe-lambes, cujo ofício foi reconhecido e registrado como primeiro patrimônio imaterial do Município, em 2011.
Além da Praça e do lambe-lambe, a ZCPE também abriga outro símbolo fundamental da cidade de Belo Horizonte: o Viaduto Santa Tereza. Construído em 1929, foi projetado pelo engenheiro Emílio Baumgart, um destaque entre os profissionais das estruturas de concreto armado no Brasil, liga os bairros Floresta e Santa Teresa ao Centro de Belo Horizonte.
Embaixo do Viaduto Santa Tereza hoje é reduto de expressões culturais e artísticas que vão se incorporando à cena cultural, como as Batalhas de Rima, Samba de Roda, Maracatu, Soul Music, Forró, Reggae, Sound System, Blocos de Carnaval, coletivos organizados na prática do skate, e diversas outras atividades, especialmente ligadas às juventudes.
Nos arredores da praça, estão localizados o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH), a Escola Livre de Artes Arena da Cultura (ELA-Arena) e a Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte (BPIJBH), importantes equipamentos públicos municipais de promoção da cultura na cidade.
Conheça mais da coleção Conhecendo o Patrimônio Cultural em: pbh.gov.br/patrimoniocultural