Desde sua criação em 1999, o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte - FIQ BH tem desempenhado um papel fundamental na valorização e expansão dos quadrinhos no Brasil. Como o maior evento do gênero na América Latina, o Festival tornou-se referência essencial para quadrinistas e público ao oferecer um panorama da produção contemporânea de quadrinhos em todo o mundo. O FIQ BH proporciona um ambiente propício para o estreitamento dos laços entre criadores, editoras e o público consumidor. Mais do que apenas um ponto de encontro para profissionais do setor, o FIQ aspira a transformar Belo Horizonte na verdadeira capital nacional dos quadrinhos. Por meio da troca de experiências artísticas e pedagógicas, o Festival reúne artistas e acadêmicos de todo o mundo, estimulando a capacitação profissional e incentivando a formação de novos talentos. A inclusão do espaço de mesas individuais para artistas independentes na 7ª edição representou um marco importante na história do evento, refletindo o compromisso contínuo do FIQ BH em promover e apoiar a comunidade de quadrinistas em ascensão.
11ª EDIÇÃO [2022]
O FIQ BH retornou ao formato presencial em 2022, marcando sua 11ª edição com o tema “Quadrinhos e o Mundo do Trabalho” e homenageando o quadrinista Marcelo D'Salete. Realizado no Minascentro, o evento contou com diversas atividades, incluindo debates, palestras, sessões de autógrafos, lançamentos, feira de quadrinhos, distribuição de vale-livros e rodada de negócios, tanto presencialmente quanto virtualmente. Mais de 40 mil pessoas compareceram ao evento, que reuniu 321 artistas em 176 mesas. Dentre os destaques estiveram João Marcos Mendonça, Fabien Toulmé (França), Eduardo Moreira, Inês Peixoto e Teuda Bara, atores do Grupo Galpão, Tai Silva, Paulo Moreira, Ing Lee, entre outros. A 11ª edição do FIQ recebeu apoio da Casa Fiat de Cultura e da Aliança Francesa BH, possibilitando a exposição "Gemini", fruto do diálogo criativo entre Chloé Cruchaudet (França) e Rogi Silva (Brasil). Os debates e oficinas abordaram uma variedade de temas, incluindo criação e roteiro autoral, autopublicação, quadrinhos e multilinguagens artísticas, e produção na internet. A edição foi realizada em parceria com o Instituto Lumiar.
EDIÇÃO ESPECIAL - FIQ EM CASA [2020]
A edição especial, FIQ em Casa, foi realizada em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Assim como vários outros eventos de quadrinhos ao redor do mundo, como a Cartoon Crossroads Columbus, o FIQ optou por adiar um encontro presencial e produziu e transmitiu conteúdos exclusivos, ao vivo e com interação do público, sempre relacionados às temáticas tradicionais do evento. A programação contou com 12 lives de bate-papos com quadrinistas e animadores, como Paulo Moreira, Aline Lemos, Carol Ito, Cristiano Seixas, Eduardo Damasceno, Germana Viana, André Dias e a editora Janaina de Luna. Os áudios resultantes dessas entrevistas foram disponibilizados em formato de podcast. No Instagram do evento, foram exibidos vídeos de oito quadrinistas convidados, mostrando seus espaços criativos e como era sua rotina de trabalho durante a pandemia. A curadoria desta edição virtual foi de Aline Lemos, Rebeca Prado, Vitor Cafaggi e Erick Ricco, com coordenação de Afonso Andrade e Gabriel Nascimento.
10ª EDIÇÃO [2018]
A 10ª edição do FIQ BH ocorreu entre 30 de maio e 3 de junho de 2018, novamente na Serraria Souza Pinto, com extensões no Centro de Referência da Juventude da Prefeitura de Belo Horizonte. O evento manteve suas mesas de debates, oficinas, exposições, feira de mesas individuais, além de mostras de cinema, rodada de negócios, lançamentos e sessões de autógrafos. A quadrinista homenageada foi a paulista Érica Awano, artista de origem asiática e referência nacional no estilo mangá, desenhista da série Holy Avenger. Compareceram também o inglês Dave McKean (lançando seu livro Black Dog), Anne-Charlotte Gauthier (França), Claudia Ahlering (Alemanha), Flore Balthazar (Bélgica), Mario Alberti (Itália), Zero Calcare (Itália), Troche (Uruguai) e PowerPaola (Equador). Do Brasil: Davi Calil, Jefferson Costa, Milena Azevedo, Mika Takahashi, Luiz Gê, Elie Irineu, Alec Drummond e João Belo. Curadores: Daniel Werneck, Ana Koehler, Fabiano Azevedo e Carol Rossetti.
9ª EDIÇÃO [2015]
A 9a edição do FIQ foi realizada novamente na Serraria Souza Pinto, em novembro de 2015. O evento abrigou as parcerias com os projetos "Leitura para todos", da quadrinista Marguerite Abouet (Costa do Marfim), e a feira "Faísca", mercado gráfico organizado pela Pulo Comunicação de Belo Horizonte. O quadrinista homenageado foi o baiano Antônio Cedraz, dedicado aos quadrinhos e à cultura nordestina. Na feira de quadrinhos, o espaço para independentes cresceu, passando de 34 para 123 mesas desde a sua estreia em 2011. Dentre os participantes, estiveram presentes Gail Simone, Jen Wang, Howard Chaykin, Amy Chu, Jeff Smith, Babs Tarr e Cameron Stewart (EUA); Birgit Weyhe (Alemanha); e Marguerite Abouet (Costa do Marfim). Do Brasil, destacam-se João Marcos, Aline Lemos, Rebeca Prado, Carol Rossetti, Cris Eiko, Danilo Beyruth, Marcelo D´Salete, Sirlanney, Alexandre Beck e Bianca Pinheiro. A curadoria foi de Daniel Werneck e Ana Luiza Koehler.
8ª EDIÇÃO [2013]
A oitava edição do FIQ BH, realizada de 13 a 17 de novembro de 2013, retornou à Serraria Souza Pinto, e trouxe uma novidade: a Rodada de Negócios, organizada pelo SEBRAE. Este evento paralelo reuniu cerca de 200 quadrinistas, que tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos e portfólios para representantes de várias editoras de quadrinhos do Brasil, além de agenciadores internacionais. A homenageada daquela edição foi Laerte Coutinho, que recebeu uma grande exposição multimídia com curadoria de seu filho, o cartunista Rafael Coutinho. Marcaram presença naquele evento Eduardo Risso (Argentina), Salvador Sanz (Argentina), George Pérez (EUA), Ivo Millazo (Itália) e Jérémie Nsingi (República Democrática do Congo), além de diversos artistas brasileiros, como Eduardo Damasceno, Luis Felipe Garrocho, Cris Eiko, Paulo Crumbim, Daniel Esteves, Lu Cafaggi, Marcatti, Julia Baxx, Danilo Beyruth, Érica Awano, Hector Lima e Pablo Casado.
7ª EDIÇÃO [2011]
O 7º FIQ BH, em 2011, foi realizado na Serraria Souza Pinto e alcançou um público recorde de 148 mil pessoas, número que lhe conferiu o título de maior evento de quadrinhos da América, segundo o blog britânico Bleeding Cool. Além da homenagem a Maurício de Sousa, o FIQ 2011 proporcionou um panorama da produção em quadrinhos da Coréia do Sul, com a presença de Park Sang-sun e Cheon Kye-young. Outros convidados: Olivier Martin e Cyril Pedrosa (França); Kelly Sue DeConnick, Matt Fraction, Jill Thompson e Bill Sienkiewicz (EUA); Calpurnio e Horacio Altuna (Argentina/Espanha); Ana Luiza Koehler, Adriana Melo, Marilda Castanha, Ricardo Tokumoto, Jean Galvão, Vitor Cafaggi, Mateus Santolouco, Piero Bagnariol, Eloar Guazzelli e Gualberto Costa. Nesta edição foi inaugurado o espaço de mesas individuais para artistas independentes, seguindo o estilo dos artist’s alleys das convenções americanas.. O Festival também foi marcado pela edição especial da revista Graffiti, que foi inteiramente criada, produzida, impressa, encadernada e distribuída dentro da própria Serraria durante os dias do evento.
6ª EDIÇÃO [2009]
A 6ª edição do FIQ, em 2009, ocorreu no Palácio das Artes e no Parque Municipal Américo Renné Giannetti. O evento aconteceu entre os dias 6 e 12 de outubro e atraiu um público estimado de 75 mil pessoas. O FIQ 2009 integrou o Ano da França no Brasil, e os quadrinistas homenageados foram o desenhista Renato Canini e a ilustradora Ciça Fittipaldi. No ano seguinte, esta edição do FIQ recebeu o Troféu HQ Mix de melhor evento do Brasil na área dos quadrinhos e humor gráfico.
Os convidados desta edição incluíram Teresa Valero (Espanha), Reinhard Kleist (Alemanha), Cizo (França), Liniers (Argentina), Ben Templesmith (Austrália), Becky Cloonan (EUA), Craig Thompson (EUA), Xiao Pan (China) e Guy Delisle (Canadá). Entre os convidados brasileiros estavam Rafael Grampá, Ivan Reis, Cris Peter, Gio Vieira, Duke e Ciça Fittipaldi. A curadoria foi compartilhada por Roberto Ribeiro e Afonso Andrade.
5ª EDIÇÃO [2007]
O 5º FIQ, realizado em outubro de 2007 na Serraria Souza Pinto, celebrou o centenário da imigração japonesa no Brasil, apresentando duas exposições temáticas: "Nouvelle Mangá" e "Dreamland". Como parte das celebrações, o evento convidou o renomado quadrinista Júlio Shimamoto para criar o cartaz oficial desta edição. Entre os convidados internacionais estavam Eduardo Risso, Domingos Mandrafina, Carlos Sampayo e Juan Sáenz Valiente (todos da Argentina); Pascal Rabaté e Benoit Sokal (França); Giancarlo Berardi (Itália); Eddie Berganza (EUA); e Ken Takahama (Japão). Do Brasil, estiveram presentes Orlando Pedroso, Sérgio Macedo, Duke, Lor, Nilson, Eloar Guazelli, Marcatti, Cedraz e Sônia Luyten. Nesta edição, a curadoria de Roberto Ribeiro foi dividida com Afonso Andrade.
4ª EDIÇÃO [2005]
A quarta edição do FIQ ocorreu entre os dias 5 e 9 de outubro de 2005, na Casa do Conde. O renomado quadrinista paulista Lourenço Mutarelli foi o principal homenageado do evento, com uma extensa exposição contendo 110 trabalhos originais que abrangiam toda a sua carreira. Além disso, foram prestadas homenagens aos mineiros Antônio Roque Gobbo, colecionador de quadrinhos e fundador da Gibiteca municipal, e ao quadrinista Lacarmélio Alfeo de Araújo, criador do personagem Celton. Durante o evento, houve também um encontro de animadores, sessões de RPG e avaliações de portfólio, além de diversas exposições. Entre os convidados desta edição, destacaram-se Gary Panter (EUA), Gianfranco Manfredi (Itália) e Frédéric Boillet (França), bem como os brasileiros Fábio Moon, Gabriel Bá, LOR e João Marcos.
3ª EDIÇÃO [2003]
A terceira edição teve lugar novamente na Casa do Conde, em setembro de 2003. Entre os convidados internacionais estavam Sergio Toppi (Itália), Lorenzo Mattotti (Itália), David Lloyd (Reino Unido), Kyle Baker (EUA) e Jacques de Loustal (França). Representando o Brasil estiveram presentes Chantal, Angeli, Allan Sieber, Adão Iturrusgarai, Fábio Zimbres e Ota. O homenageado foi o mineiro Mozart Couto, responsável pela criação do cartaz do evento e pela exposição retrospectiva de suas obras desde 1979. Esta edição ficou marcada pela estreia da Maratona de Quadrinhos, um projeto destinado aos educadores, que utiliza os quadrinhos como uma ferramenta de ensino.
2ª EDIÇÃO [2001]
A segunda edição do FIQ ocorreu em outubro de 2001, desta vez na Casa do Conde. O evento contou com uma ampla variedade de atividades, incluindo debates, oficinas, exposições e mostras de vídeo, e recebeu a presença de convidados internacionais como José Muñoz (Argentina), Carlos Nine (Argentina) e Jano (França), além de renomados quadrinistas brasileiros como André Diniz, Jô Oliveira, Marcello Quintanilha, Lélis e Eloar Guazzelli. Destaque também para a exposição do quadrinista catalão Miguelanxo Prado. Dentre os lançamentos desta edição, podemos citar "Mendelévio", de João Marcos, a edição nº 9 da revista Graffitti e "Saino a Percurá", de Lélis, além do relançamento de "A Guerra do Reino Divino", de Jô Oliveira. Além disso, foram exibidos os curtas de animação "A Flor do Caos" e "Selenita Acusa!", do professor Luiz Nazario, da Escola de Belas Artes da UFMG, realizados com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da PBH e pelo Prêmio Estímulo da Associação Curta Minas/CEMIG.
1ª EDIÇÃO [1999]
Após o grande sucesso da edição de 1991 da Bienal Internacional de Quadrinhos, que ocorreu em solo mineiro, a Prefeitura de Belo Horizonte adotou oficialmente o evento em seu calendário, alterando seu nome para refletir essa nova fase. Assim, surgiu a primeira edição do FIQ, realizada em dezembro de 1999. O local escolhido para sediar o evento foi o Centro Cultural da UFMG, localizado na região central da capital. O FIQ contou com uma variedade de atividades, incluindo debates, exposições, oficinas e lançamentos, e recebeu a presença internacional de renomados quadrinistas como François Boucq (França), Philippe Vuillemin (França) e Miguelanxo Prado (Espanha), além de importantes nomes brasileiros como Mauricio de Sousa, Lourenço Mutarelli, Laerte, e os talentos locais Chantal e Alves. O público estimado foi de aproximadamente 5 mil pessoas.