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Webinar Curta Circuito 2020 - Tête à Tête no Lobby

Descrição

Vem aí o Webinar do Curta Circuito 2020, uma série de bate papos ao vivo, mediados por nossa curadora Andrea Ormond em parceria com a Una.

Esse é o aquecimento para a nossa mostra, que acontecerá em outubro. Do outro lado da sala, estão os convidados dos filmes da nossa programação que, nesta edição, conta com o tema: Fé, Magia e Mistério no Cinema Brasileiro.

Em 2020, a Mostra Curta Circuito aborda o tema Fé, Magia e Mistério no Cinema Brasileiro. Nossa intenção foi escolher sete (pois sete é um número cabalístico) filmes que ilustrem o rico diálogo que estabelecemos, desde sempre, com o inexplicável e o sobrenatural. Sejam bem-vindos ao nosso Grande Hotel Tupiniquim!

Um espelho do século XIX que provoca delírios eróticos. A disputa por um terreiro de umbanda. A falta de diálogo entre evangélicos e praticantes de cultos afro-brasileiros. Uma jornada misteriosa de dois adolescentes na década de 1970. A lenda do boto, que sai do rio para engravidar mulheres. O despertar de um empresário fracassado, que vende a própria alma ao diabo. E, finalmente, o horror psicológico que se resguarda no sexo e no tabu. As lendas, o folclore e as histórias sensacionalistas de teor urbano preenchem um imaginário que a maioria dos brasileiros transmite de geração a geração.

Sobre os encontros

No nosso primeiro encontro, dia 23 de junho, vamos conversar sobre o filme: Espelho de Carne (1984), de Antonio Carlos da Fontoura, clássico do cinema erótico dos anos 1980, que também é um belíssimo exemplo de filme de mistério.

No segundo encontro, dia 24 de junho vamos conversar sobre o filme: Prova de Fogo (1980), de Marco Altberg. Em Prova de Fogo é o exercício da fé que se ressalta. A história da vida de Mauro (Pedro Paulo Rangel), que divide seu tempo entre a faculdade, o trabalho como bancário e uma missão espiritual em um centro de umbanda.

No nosso terceiro encontro, dia 30 de junho, vamos conversar sobre o filme: Fé e Fúria (2019), de Marcos Pimentel, documentário sobre as diferenças intransponíveis entre os evangélicos e os praticantes do candomblé e da umbanda.

No nosso quarto encontro, 01 de julho, vamos conversar sobre o filme: As Quatro Chaves Mágicas (1971), de Alberto Salvá. Saindo do transe neorrealista de Um Homem Sem Importância (1971), Salvá achou por bem embarcar em uma viagem fantástica, lisérgica, mais ou menos inspirada no conto Haensel und Gretel (João e Maria), dos irmãos Grimm.

No nosso quinto encontro, 07 de julho, vamos conversar sobre o filme: Ele, o Boto (1987), de Walter Lima Júnior. Veículo para o sex appeal de Carlos Alberto Ricelli, no auge da forma, Ele, o Boto conseguiu, trinta e três anos atrás, uma aplicação inventiva da lenda amazônica para o cinema brasileiro.

No nosso sexto encontro, 08 de julho, vamos conversar sobre o filme: Filme Demência (1986), de Carlos Reichenbach. Falecido em 2012, Reichenbach influenciou e continua influenciando cineastas, críticos e cinéfilos. Em Filme Demência, roteiro escrito a quatro mãos junto com Inácio Araújo, Carlos Reichenbach recria o Fausto da lenda alemã, na figura de um industrial fracassado (Ênio Gonçalves), que mergulha no submundo paulistano em busca de si mesmo, em um réquiem para a vida arruinada.

No nosso sétimo encontro, 09 de julho, vamos conversar sobre o filme: O Princípio do Prazer (1979), de Luiz Carlos Lacerda. Outra pérola que precisa ser redescoberta, O Princípio do Prazer também é rodado na Paraty de Ele, o Boto e igualmente traz Carlos Alberto Ricelli no elenco. Nenhuma escolha é por acaso. Dessa vez o personagem nada tem de mágico: Álvaro, empregado na fazenda de uma estranha família que guarda segredos terríveis. O filme de Lacerda resiste, moderno e instigante.

Sobre a curadora

Andrea Ormond é crítica de cinema e pesquisadora. Escreve na Folha de São Paulo e na Revista Cinética. Autora do blog Estranho Encontro e da trilogia de livros Ensaios de Cinema Brasileiro – Dos Filmes Silenciosos ao Século XXI. Curadora do Curta Circuito - Mostra de Cinema desde 2017.

Sobre os Convidados

Antonio Carlos da Fontoura é diretor, produtor e roteirista de cinema e televisão brasileiro. Dirigiu, produziu e roteirizou diversos documentários de curta-metragem e filmes de longa-metragem, entre eles destacam-se Copacabana Me Engana, A Rainha Diaba, Uma Aventura do Zico e Gatão de Meia Idade.

Marco Altberg é Cineasta começou a trabalhar em cinema aos 16 anos como assistente de diretores do Cinema Novo e realizando filmes experimentais em 16mm. Foi montador, roteirista, continuísta, diretor de produção e produtor executivo em vários filmes, antes de realizar seus primeiros longas-metragens, Prova de Fogo (1980) e Aventuras de um paraíba (1982). Dedica-se à produção de projetos independentes para a TV, realizando programas, séries documentais e ficcionais para canais de TV a cabo e para a TV pública.

Marcos Pimentel é Documentarista formado pela Escuela Internacional de Cine y Televisión de San Antonio de los Baños (EICTV – Cuba) e especializado em Cinema Documentário pela Filmakademie Baden-Württemberg, na Alemanha.Diretor, roteirista e produtor independente, realizou documentários em cinema (35mm e 16mm), vídeo e televisão, que ganharam 87 prêmios por festivais nacionais e internacionais e foram exibidos em mais de 500 festivais em todos os cantos do mundo.

Dita Côrte-Real foi atriz e modelo fotográfico de 1969 até 1981. Ex-esposa do falecido diretor de cinema Alberto Salvá.

Walter Lima Jr é Diretor e roteirista, começou escrevendo críticas para jornais diários. Em 1963, conheceu Glauber Rocha, que o convidou para fazer assistência de direção em Deus e o diabo na terra do sol. Seu primeiro longa-metragem foi Menino de engenho (1965), uma adaptação do romance de José Lins do Rego. Fez em seguida Brasil ano 2000 (1968), Urso de Prata do Festival de Berlim e Concha de Ouro no Festival de Cartagena. Em 1977, concluiu o longa-metragem A lira do delírio, prêmio de melhor filme no Festival de Brasília. Em 1983, fez Inocência, prêmio de direção em Brasília e prêmio Coral no Festival de Havana.

Fernando Oriente é crítico, professor e pesquisador de cinema. É editor e crítico do site de cinema Tudo Vai Bem e colaborador diversas revistas. Escreve regularmente para catálogos de mostras e festivais bem como para livros de cinema. Ministra cursos de cinema em diversas localidades e participa de debates e palestras em mostras e festivais.

Luiz Carlos Lacerda(Bigode) é Cineasta, roteirista e produtor carioca de 1945, tem como realização mais marcante o filme Leila Diniz (1987), retrato de um dos maiores ícones femininos do país, de quem foi grande amigo. Aos 19 anos, começou a trabalhar como assistente de direção de Onde a Terra começa, (1965) de Ruy Santos. Mas sua "escola" no cinema foi o set dos filmes de Nelson Pereira dos Santos, de quem foi assistente de direção em diversos filmes, entre eles, Azyllo muito louco (1969) e Como era gostoso o meu francês (1970). Na área da produção, participou de Chuvas de verão (1978), de Carlos Diegues, Eu te amo (1981), de Arnaldo Jabor, e O homem da capa preta (1986), de Sérgio Rezende, entre outros.

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O Grande Hotel Tupiniquim e a Una te convidam para um Tête à Tête no Lobby!
Entrada
Gratuito
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