Cliver Honorato, cantor e compositor belo-horizontino, apresenta o repertório do seu segundo disco autoral intitulado “Indolente Malandragem”.
A única apresentação será no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas, no dia 9/7, sábado, às 21h. “As dez canções do disco contam histórias e chamam atenção para comportamentos sociais e relações que envolvem opressão”, explica o artista.
O show conta com as participações dos cantores e compositores paulistas Dani Black e Paulo Novais, vencedor do Grammy Latino em 2021.
Os ingressos, que podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro ou no site eventim.
classificação é livre. Em 2018, o vice-presidente da república, General Mourão, declarou que o brasileiro herdou a indolência do indígena e a malandragem do negro.
A partir dessa frase nasceu o título do disco. “Essa declaração infeliz e preconceituosa inspirou a mim e o meu parceiro, o compositor Mamutte, a criar uma canção”, recorda Cliver.
Para o artista, a música é mais do que sons e palavras, é a possibilidade de enxergar o outro em si mesmo. “Por meio da arte é possível contemplar o que está dentro de cada pessoa, é possível ver a alma, os pensamentos, sonhos e desejos.
Como a minha arte é a canção, faço dela esse espaço de conhecimento e reconhecimento da alma humana”, observa Cliver Honorato. A ideia de fazer um álbum surgiu em 2019 e o artista fez uma campanha de financiamento coletivo para gravar, além do disco, videoclipes, arrecadando R$ 16 mil para iniciar o projeto.
, em 2020, a pandemia foi decretada e o lançamento e produção do álbum adiados. “Indolente Malandragem” tem a produção do músico Fillipe Glauss e arranjos criados coletivamente por Cliver Honorato, Fillipe Glauss, Daniel Guedes e Manassés Morais. “O disco vem com um suingue muito nosso, com a nossa identidade”, conta o artista.
Os recursos para o álbum, além do financiamento coletivo, vieram da Lei Aldir Blanc, criada e decretada durante a pandemia.
O álbum “Indolente Malandragem” será lançado na íntegra no dia 27 de junho em todas as plataformas virtuais e também será comercializado em formato físico.
Em parceria com o artista gráfico Amadeus Rocha, Cliver elaborou um conceito de distribuição que flerta com as artes plásticas e com a experimentação artística. “Em tempos em que as coisas não são mais palpáveis, achei que seria interessante lançar o disco no formato físico. Mas não como CD.
A gente criou uma coisa diferente”, explica Cliver. O álbum é uma espécie de “pílula”, embalada numa caixa que sugere um medicamento.
O encarte do disco foi projetado em forma de bula e o pen drive personalizado (com as 10 faixas do disco + material de making of das gravações) encartelado como um medicamento. “Literalmente a música como remédio para a alma.
Em tempos que estamos experimentando o “pós-pandemia”, nada melhor que estar munidos de um bom remédio que pode ser relaxante, denso e intenso, como são as canções do álbum”, brinca o cantor.
A banda que acompanha Cliver no show Indolente Malandragem é formada pelos músicos Fillipe Glauss nas guitarras e efeitos, Daniel Guedes nas percussões e pad’s, Manassés Morais no contrabaixo e Hugo Bizzotto nos teclados.
O figurino é assinado por Silma Dornas, cenário de Léo Piló e o desenho de luz de Flávia Mafra.
O show tem a produção de Fábio Dornas, Jacson Dias e Sheila Paiva Produções.