Pratos e Ingredientes típicos

Uma cidade com tradição e sabores 

As raízes da nossa gastronomia nos contam da nossa formação histórica, da nossa identidade e do nosso jeito de ser. Por trás de uma aparente simplicidade, escondem-se saberes e sabores marcantes elaborados pela mistura de povos e culturas que foram se adaptando às circunstâncias. Essa miscigenação deu origem a uma linhagem que tem na cozinha o ponto de encontro e o motivo para celebrar a vida, a família e os amigos. Assim, existem pratos e quitutes que você só vai encontrar em Belo Horizonte. Outros, “ganharam pernas” e foram para o mundo. Conheça algumas instituições da gastronomia mineira que fazem até o padre perder a missa.

Em Minas Gerais, existem aproximadamente 30 mil produtores de queijos artesanais. Desses, 9 mil são produtores do Queijo Minas Artesanal de leite cru, produzindo, diariamente, 250 toneladas do produto. Esse queijo é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), tendo sido premiado com ouro e prata no Salão Mundial do Queijo, na França (Mondial du Fromage de Tours). Foto: Banco de Imagens
A mandioca, alimento bastante utilizado pelos índios, virou farinha de goma e, depois, polvilho. Misturada com gordura de porco, sal, ovos, leite, manteiga e o queijo abundante das regiões leiteiras, gerou um dos salgados mais desejados do Brasil. Sempre copiado, nunca igualado ao feito em Minas Gerais. Foto: Umami Comunicação
A história você já conhece. Da combinação de feijão, farinha de mandioca, torresmo, linguiça, ovos, alho, cebola e temperos surgiu uma refeição completa que saiu das estradas do século 18 e veio ocupar espaços inimagináveis para os tropeiros de então. Nos restaurantes do “Mineirão”, estádio que sediou jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014, o prato mais pedido por lá é ele mesmo. O Feijão Tropeiro do Mineirão é um patrimônio cultural da cidade e uma paixão de todas as torcidas. Foto: Banco de Imagens
Nos anos 1960 e 1970, o Mercado Central que abastecia a cidade, abria muito cedo. No entorno, não havia opções de alimentação para os trabalhadores, mas sobravam alguns produtos, como os miúdos e o jiló. Os bares próximos começaram a preparar os ingredientes na chapa e, hoje, a iguaria tornou-se o tira-gosto mais famoso em Belo Horizonte, servido por praticamente todos os bares do Mercado. E, fora de lá, também. Foto: Acervo Mercado Central
A onda mundial de cervejarias artesanais encontrou na região metropolitana de Belo Horizonte seu terreno mais fértil. Nesse verdadeiro cinturão da cevada, diversos estabelecimentos abrem suas portas para que os fãs da bebida possam conhecer o processo de produção, experimentar pratos harmonizados e degustar inúmeros rótulos. O destaque na produção de cerveja é tão grande e com tantos prêmios internacionais, que o apelido de “a Bélgica brasileira” caiu como uma luva. Foto: Roberto Castro/Acervo Mtur
Minas Gerais é o estado referência na produção da cachaça, o 3º destilado mais consumido no mundo e patrimônio cultural dos mineiros. Seja branca ou envelhecida em barris de madeira, há cerca de 1.200 marcas de cachaça registradas em Minas. A bebida pode ser consumida pura ou em forma de cocktails, a exemplo da caipirinha - um dos 10 drinks mais relevantes do mundo. Foto: Umami Comunicação
Se tem uma bebida que não pode faltar nas casas mineiras, essa bebida é o café. Minas Gerais é o estado que mais produz café no Brasil, sendo responsável por metade de toda a produção nacional. Também estão por aqui as principais áreas produtoras de cafés especiais no país, que se destacam nos primeiros lugares de prêmios de qualidade. Foto: Acervo Mercado Central
Os doces de frutas, como a goiaba, o mamão, a cidra, a laranja, e o doce de leite cremoso, fazem parte de uma remota tradição mineira que chega vivíssima aos dias de hoje. Nossos doces são responsáveis por prêmios e distinções em todo o país e, acompanhados de um bom queijinho, figuram entre as experiências inesquecíveis de quem passa por essas terras. Foto: Acervo Mercado Central
Esse é um salgado muito popular no Brasil. Feita com massa de farinha de trigo por fora e recheio de frango ou camarão por dentro, em Belo Horizonte a coxinha recebeu a companhia do tradicional requeijão cremoso (exclusividade mineira) e foi alçado à categoria de patrimônio gastronômico, aparecendo, sem cerimônia, em restaurantes sofisticados e bares da esquina. Foto: Banco de Imagens
Prato icônico da cena gastronômica da cidade, sua história é curiosa: o Kaol é um prato popular montado com arroz, ovo, linguiça e farofa que, nos anos 50, era servido aos empregados que trabalhavam até tarde no Café Palhares. Até que os boêmios que passavam por lá, de madrugada, ao sentir o aroma que vinha da cozinha, começaram a pedi-lo também. Daí para entrar no cardápio foi um pulo. Atualmente, há fila no Palhares na hora do almoço - tudo por causa do Kaol. Foto: Umami Comunicação
Nas madrugadas, o tradicional bar Bolão, no pacato bairro de Santa Teresa, vira ponto de encontro de quem procura uma autêntica comfort food para finalizar a noite. A atração do lugar é o Rochedão, prato que já virou um clássico da gastronomia boêmia de Belo Horizonte. Bastou unir arroz, feijão, batata frita, filé e ovo para atrair moradores, turistas e amantes da cozinha simples, mas sempre saborosa. Foto: Banco de Imagens