Prefeitura de BH realiza mais uma edição do Diálogos MAP
A Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com o Viaduto das Artes realiza mais uma edição do Diálogos MAP da 9ª edição do Bolsa Pampulha, atividade planejada para desenvolvimento das pesquisas dos bolsistas e compartilhada com o público interessado. Para palestrar sobre a contribuição nos estudos dedicados a investigar as relações entre arte, texto e política na América Latina, a convidada da edição é a professora Maria Angélica Melendi, também conhecida como Piti. A reflexão sobre como arte e política se entrelaçam no mundo contemporâneo, bem como em um paralelo destas relações com as décadas de 1960 e 70 - que são o tema da tese de doutorado da professora -, estão entre os assuntos que serão abordados por ela. O Diálogos MAP acontece nesta sexta-feira, 28 de junho, às 19h, no Museu Histórico Abílio Barreto - MHAB.
Para a curadora da 9ªedição do Bolsa Pampulha, Pollyana Quintella, “o encontro de Maria Angélica com os artistas residentes contribui para a compreensão da face vulnerada de um corpo atingido por sistemas de opressão e violência histórica, como também dá ênfase à capacidade fabulativa, propositiva e criadora do corpo - reflexões que serviram de base para seu último livro O Corpo Vulnerado, que foi publicado nesse ano pela editora Cobogó”.
Melendi explica que em sua fala no Diálogos MAP irá abordar as relações entre a produção e a escrita sobre a produção, como também irá ressaltar a diferença entre os anos 60 e 70, uma vez que, neste momento, a arte está muito dirigida pelo mercado de arte. “É muito claro que há endereçamento do Mercado de Arte e demandas que afetam diretamente os artistas. Eu quero pensar um pouco sobre as novas modalidades do processo de criação, ou seja, como está ficando para trás o conceito de arte autônoma, sobretudo, porque eu vou falar com artistas jovens em formação”.
Maria Angélica Melendi é um dos principais nomes da reflexão teórica e crítica das artes visuais no país. Com experiência em Artes, com ênfase em Fundamentos e Crítica das Artes, atua principalmente com os temas: arte contemporânea, memória, arte, corpo e fotografia. Investiga as estratégias de memória desenvolvidas pela arte contemporânea na América Latina em relação ao terrorismo de Estado e à violência social, assunto sobre o qual tem publicado livros e artigos em jornais e revistas acadêmicas nacionais e internacionais. É graduada em letras pela Facultad de Filosofia y Letras - Universidad de Buenos Aires (1967) e em Artes Visuais pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais (1985). Doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999). Atualmente é professora associada à Universidade Federal de Minas Gerais. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Estratégias da Arte na Era das Catástrofes (www.estrategiasarte.net.br) e editora da Revista Lindonéia (on-line).
Sobre Viaduto das Artes
O Viaduto das Artes é uma ONG com foco em atividades artísticas e culturais. Ao longo de uma década, a organização se consolidou como uma instituição referência em projetos culturais, que buscam a acessibilidade e a inclusão social. A visitação ao espaço é gratuita, aberta ao público e atende os requisitos de acessibilidade. O ambiente é estruturado para receber diversas manifestações culturais, que vão de residências artísticas, passando por exposições de arte, teatro e shows. Por meio de recursos próprios, de parcerias e patrocínios há o constante desejo de atender o público com conforto, segurança e qualidade. Como fruto deste reconhecimento, o Viaduto das Artes foi a instituição selecionada responsável por gerir e coordenar a oitava edição do programa de residência artística “Bolsa Pampulha” nas 8ª e 9ª edições
Sobre o Museu de Arte da Pampulha
O Museu de Arte da Pampulha (MAP), instituição responsável pelo programa de residência artística Bolsa Pampulha, integra o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Seu edifício foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no início da década de 1940, para ser um cassino aberto ao público em 1943. O espaço foi posteriormente adaptado para ser sede do Museu de Arte, inaugurado em 1957. Como reconhecimento de sua importância para a identidade cultural do país, a edificação mereceu o tombamento nas três esferas: federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN (1994); estadual, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais/IEPHA-MG (1984) e municipal, pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte/CDPCM/BH (1994). Em 2016 o Conjunto Moderno da Pampulha, do qual o MAP faz parte, foi declarado Patrimônio Cultural Mundial pela UNESCO. O Museu possui um acervo com aproximadamente 1.400 obras em reserva técnica e abriga exposições e diversas ações artísticas, educativas e culturais. Possui um auditório com capacidade para 170 pessoas. Fazem parte do MAP os setores de Artes Visuais, Conservação e Restauro, Centro de Documentação e Pesquisa, Biblioteca e Educativo.
Serviço
Diálogos MAP - 9ª edição do Bolsa Pampulha
Palestra com a Professora Maria Angélica Melendi (Piti)
28 de junho, às 19h
Museu Histórico Abílio Barreto - MHAB- Av. Prudente de Morais, 202 - Cidade Jardim, Belo Horizonte - MG
Entrada gratuita
Mais informações em: pbh.gov.br/bolsapampulha