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  • 3° Episódio Websérie: Mandraka Chef "Culinária Mineira de Quebrada"
    3° Episódio Websérie: Mandraka Chef "Culinária Mineira de Quebrada"
    3° Episódio Websérie: Mandraka Chef "Culinária Mineira de Quebrada"

    Em sua primeira edição da Websérie "Mandraka Chef - Culinária Mineira de Quebrada”, a competição comandada pelo chefe de cozinha do espaço gastronômico e cultural Mandak Nega e também artista Stanley Albano tem como foco as receitas ancestrais mineiras que são passadas de geração em geração.

    A proposta é de uma competição plural, divertida, anticolonialista, antirracista e interativa em formato de websérie.

    As nove pessoas cozinheiras mineiras de Belo Horizonte e Região Metropolitana selecionadas farão a primeira disputa culinária no terceiro episódio, que estreia nesta quarta-feira (23/8), às 20 horas.

    Assim como grandes realities de culinárias ganharam o mundo todo, Minas Gerais entrou na cena mundial do streaming do nicho com um concurso em formato de websérie no Youtube.

    Conhecida internacionalmente pela diversidade de seus sabores, temperos e elementos tradicionais, a culinária produzida em Minas define a identidade do seu povo e carrega influência indígena, africana e portuguesa.

    Para conhecer além de receitas, a série deseja percorrer suas histórias e causos.

    Nesta perspectiva, a websérie “Mandraka Chef - Culinária mineira de quebrada” propõe a realização de uma competição com foco em receitas ancestrais mineiras, ou seja, receitas que foram preparadas e degustadas de geração em geração, apreendidas pela oralidade e preservadas pela tradição.

    À frente do restaurante Mandak Nega, Stanley Albano é quem comanda o programa que terá nove episódios, com lançamento semanal no canal do Youtube.

    Os dois primeiros episódios já lançados da Websérie ambientalizam os amantes da culinária, contando um pouco do programa e do nascimento do restaurante do chef Stanley Albano, que surgiu como um espaço na varanda de casa para receber os amigos e tomar um cafezinho, tradição mineira milenar de receber bem as pessoas de um jeitinho que só o mineiro tem.

    O que era para ser um cantinho de afeto e comida boa, cresceu e se tornou o que hoje é o Mandak Nega e também o ambiente em que estão sendo realizadas as filmagens da disputa.

  • 3 fatos que você não sabia sobre a história da gastronomia belo-horizontina

    No mês em que se comemora o Dia da Gastronomia Mineira (5/7), trazemos 3 fatos que pouca gente sabe sobre a história gastronômica da capital mineira. Pode ir lá passar um café e volta aqui correndo pra gente descobrir informações surpreendentes sobre Belo Horizonte, integrante da Rede de Cidades Criativas da UNESCO desde 2019, como representante da gastronomia.

    Quem falou que no Curral Del Rey não tinha ouro? 

    A história da gastronomia belo-horizontina tem relação direta com importantes ciclos econômicos de Minas Gerais. O primeiro, cujo apogeu se deu no século XVIII, está ligado à exploração do ouro, atividade que atraiu enorme contingente de pessoas. Foi nessa época que os hábitos dos índios, dos portugueses e dos escravos africanos influenciaram-se mutuamente, forjando a base do que conhecemos hoje como a típica cozinha mineira. 

    A descoberta do ouro, em 1665, faz surgir os primeiros povoados (considera-se Mariana como primeira cidade de Minas, com ocupação iniciada em 1696). Outras localidades viriam ao longo do tempo. E por outros motivos. 

    Em 1701, um bandeirante de nome João Leite da Silva Ortiz criou a Fazenda do Cercado. Era uma fazenda composta por uma pequena lavoura, fabricação de farinha e criação de gado. Por sua boa localização, também se tornou entreposto comercial de alimentos para abastecer as regiões mineradoras do Estado. Desse movimento, surgiu o arraial de Curral Del Rei. Ali seria construída, em 1897, uma das primeiras cidades planejadas do Brasil: Belo Horizonte, nova Capital de Minas Gerais, substituindo Ouro Preto.

    Embora marcado pela exploração de riquezas, nesse primeiro período conhecemos também a escassez de alimentos: de repente, havia muita boca para pouco feijão, e os gêneros alimentícios ficaram caros e difíceis de serem obtidos. A criatividade, aqui, passou a valer ouro também.

    Museu Abílio Barreto
    Museu Abílio Barreto

    A reverência ao porco esteve na nossa origem desde sempre

    Logo, a turma tratou de aproveitar ao máximo todos os recursos alimentares disponíveis à época, incluindo a caça e a pesca. Nos quintais, cultivavam-se hortaliças e se criavam pequenos animais, como a galinha, o frango e o porco. Essa era uma tradição portuguesa que chegou com os colonizadores e se incorporou de tal maneira à nossa cultura que até hoje pode ser encontrada no fundo das casas em cidades do interior.

    Só que aí veio outro ciclo: a “ruralização” da economia regional. A febre do ouro chegava ao fim e tinha início uma época em que a vida econômica e social se concentrava em grandes fazendas, onde se criava gado e se expandia o cultivo de alimentos, principalmente legumes e hortaliças. Aos poucos, a carne vermelha foi sendo apreciada nas mesas onde, antes, a galinha, o frango e o porco reinavam absolutos. Essa foi a época da fartura de alimentos e da introdução dos pratos à base de carnes refogadas e servidas com suculentos caldos, como a Vaca atolada, a Canjiquinha e o Frango com quiabo, entre outros. A cozinha da fazenda é molhada e, por isso, acompanhamentos como o angu e os legumes e folhas refogados eram a norma.

    Na área que depois se tornaria Belo Horizonte, não foi diferente. Daquela época para cá, a única construção remanescente do antigo Arraial do Curral del Rei foi a Casa da Fazenda do Leitão, construída por volta de 1833, por José Cândido da Silveira. A partir de 1943, ela passou a abrigar o Museu Histórico Abílio Barreto.

    Igreja da Boa Viagem
    Igreja da Boa Viagem

    Conhece o feijão da Boa Viagem?

    Se hoje é até meio difícil imaginar nossa alimentação cotidiana sem feijão, saiba que nem sempre foi assim. Esse grão super versátil só entrou de vez para os hábitos alimentares dessas bandas depois de uma intensa convivência com os tropeiros, homens que viajavam por longas distâncias a cavalo conduzindo tropas de burros carregadas de mantimentos e utensílios para abastecer a multidão de trabalhadores das minas de ouro. 

    Em terras que futuramente seriam belo-horizontinas, em 1709, o português Francisco Homem del Rey conseguiu autorização da Coroa, por meio de Cartas de Sesmarias, e aqui se estabeleceu. Ele trouxe uma imagem da padroeira dos navegantes portugueses, que o acompanhou na travessia do Oceano Atlântico; e ergueu uma capela de pau a pique para abrigá-la. A capela ficava bem na rota dos tropeiros e recebeu o nome de Nossa Senhora da Boa Viagem (mais tarde, com a construção da capital, houve a necessidade de se erguer uma nova igreja – a atual Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem – inaugurada em 1923). 

    Os tropeiros carregavam sua própria cozinha, tendo o feijão como ingrediente básico. Farinha de mandioca, torresmo, carne de charque e brotos que encontravam pelo caminho compunham a mistura que depois se tornou o Feijão Tropeiro, prato que atravessou os séculos. Hoje, pode ser feito também com linguiça, ovo e couve, entre outros ingredientes. O casamento do feijão com a farinha também nos deu o Tutu, outro prato tradicional e sempre presente.

    Em Belo Horizonte, o feijão tropeiro é também o queridinho dos estádios de futebol — gastronomia, tradição e paixão andam sempre juntas. Por sua popularidade, a venda do prato foi permitida em dois torneios internacionais com sede na capital mineira, a Copa das Confederações FIFA de 2013 e a Copa do Mundo FIFA de 2014. 

    7 a 1? Nem lembro, estou aqui comendo meu tropeiro!


    Saiba mais sobre a história da nossa cozinha e a designação
    de Belo Horizonte como cidade criativa da UNESCO!

  • Foto divulgação
    Foto divulgação
    3° Feira de Gravuras Casa Camelo

    No dia 26 de Abril acontece a abertura da 3° Feira de Gravuras na Casa Camelo, no bairro Sagrada Família. A visitação será as quintas, sextas e sabádos de 15h as 18h, até o dia 10/05. São 55 artistas participantes, com trabalhos nas mais variadas técnicas da gravura, as mais variadas pesquisas e tamanhos.