Noturno Museus - 2022 - Museus

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  • 16ª Cantata de Natal da ALMG 2024
    16ª Cantata de Natal da ALMG 2024
    16ª Cantata de Natal da ALMG 2024

    A tradicional Cantata de Natal da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) chega a sua 16ª edição na próxima quarta-feira (4/12/24). O espetáculo terá início às 19 horas e com entrada gratuita.

    O palco será montado no Hall das Bandeiras, com acesso pela Praça Carlos Chagas, mais conhecida como Praça da Assembleia. A apresentação pode ser acompanhada pelo canal da ALMG no Youtube e pelo Facebook.

    O espetáculo reúne mais de 300 vozes para celebrar o Natal com músicas eruditas, populares e canções de diversos países. Além do Coral da Aslemg, participam do encontro 13 corais de instituições parceiras, na maioria órgãos públicos, totalizando 13 regentes.

  • 16ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte 13º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting
    16ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte 13º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting
    16ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte / 13º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting

    O evento de cinema da capital mineira, chega a sua 16a edição de 20 a 25 de setembro, em 11 espaços da capital mineira.  A programação é oferecida gratuitamente ao público e reúne atividades para todas as idades – sessões de cinema com filmes nacionais e internacionais, em pré-estreias e mostras temáticas, Mostrinha, sessões cine-escola, debates, rodas de conversa, performance, atrações artísticas e a realização do  Brasil CineMundi – 13th International Coproduction Meeting, o evento de mercado do cinema brasileiro que reúne dezenas de profissionais da indústria audiovisual com a participação de mais de 10 países.

    A retomada física da CineBH foi planejada para apresentar um novo viés conceitual da mostra: o de celebrar e refletir a produção latino-americana, trazendo para o Brasil seus irmãos de continente e colocando-os em contato direto com olhares vários que poderão constatar a efervescência da produção que marca o território. A curadoria deste ano tem coordenação geral de Cleber Eduardo, que atuou na equipe formada por Camila Vieira, Marcelo Miranda, Ester Fér, Maria Trika e Pedro Butcher.

    Para esta edição da CineBH de sangue latino, a temática proposta é “Cinema latino-americano: quais são as imagens da internacionalização?”. A questão foi levantada para trazer ao debate a complicada relação entre o que se faz nos filmes de continente e aquilo que efetivamente chama atenção nas telas do mundo ­– e o quanto de “legitimação” por várias instâncias (festivais, circuitos de exibição, canais de TV e streaming) é necessário para determinados títulos furarem a bolha.

    Os filmes da Mostra Latino-Americana, então, vão refletir todas essas ideias, assim como os encontros com realizadores, produtores, diretores e críticos durante o evento. Filmes de países já tradicionais em festivais de cinema, como Argentina e México, estarão ao lado de outros que têm menos presença no circuito, como Venezuela, Cuba, Paraguai, Equador, Costa Rica, Uruguai, Colômbia e Bolívia. Na maior parte, são longas-metragens que se viabilizaram a partir de parcerias internacionais especialmente com fundos europeus, o que se conecta diretamente ao Brasil CineMundi, que acontece no âmbito da programação da Mostra.


     

  • 16ª Coluna Literária - Literatura Acessível para Crianças
    Apresentação

    Todas as pessoas têm direito à fabulação, à literatura, como Antonio Candido lindamente defendeu na década de 1980. Também foi nesta década que o movimento das pessoas com deficiência ganhou força no Brasil, impulsionado pelo Ano Internacional das Pessoas Deficientes (era esse o termo da época), proclamado pelas Nações Unidas, em 1981. De lá para cá, por meio de muita luta, direitos foram conquistados na legislação brasileira. Em 2015, foi instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, marco importantíssimo para as pessoas com deficiência e para a sociedade como um todo. O avanço da nossa legislação é uma possibilidade real de melhoria dos recursos de acessibilidade a serem oferecidos nas nossas bibliotecas.

    Para que as pessoas com deficiência, especialmente as cegas e com baixa visão, possam ter acesso à literatura é necessário ofertar nas bibliotecas materiais com recursos de acessibilidade diversos, como livros em braile, audiolivros, livros em duas escritas (braile e tinta), livros digitais em texto, livros audiovisuais acessíveis (com texto em português, audiodescrição das imagens, animações, janela de libras etc), dentre outros. Infelizmente, esses materiais no mercado editorial ainda são escassos. Por isso, o trabalho da Fundação Dorina Nowill é tão importante. O livro “Capitão Mariano, o Rei do Oceano”, escrito por Maurício Veneza e ilustrado por Roney Bunn, impresso em braile e tinta, com ilustrações em relevo, e áudio foi produzido pela Fundação Dorina e é apresentado nesta coluna. Há décadas a Fundação Dorina disponibiliza, gratuitamente, livros em braile e audiolivros para milhares de pessoas com deficiência visual. É uma instituição que merece ser conhecida e reconhecida pela atuação exemplar. Para conhecer mais: fundacaodorina.org.br  

    Outra instituição que tem realizado pesquisas na área de recursos de acessibilidade e produzido livros em formatos acessíveis é a “Mais Diferenças”, OSCIP sediada em São Paulo. Composta por equipes interdisciplinares e pessoas com diferentes deficiências, a Mais Diferenças orienta suas atividades em seis eixos: assessoria à gestão, formação, acessibilidade, pesquisa e experimentação, práticas pedagógicas inclusivas, monitoramento e avaliação. No site da instituição temos acesso a dezenas de livros em formatos acessíveis, gratuitamente. Alguns são exclusivos para pessoas com deficiência ou profissionais da área. Vale visitar: www.maisdiferencas.org.br

    Algumas editoras comerciais têm investido, mesmo que de forma ainda tímida, na produção de livros com recursos de acessibilidade. Um exemplo são os livros da escritora Elizete Lisboa, publicados pela Editora Paulinas (São Paulo) e pelo Grupo Lê (Belo Horizonte). O livro “Firirim finfim”, também resenhado nesta coluna, traz o texto em braile e tinta. Além de escrever, a autora Elizete Lisboa faz um trabalho muito importante de divulgação do sistema Braille junto a crianças e educadores. 
     
    As opções ainda são bem limitadas e, em sua maioria, dependentes de recursos públicos para sua concretização. Faço o convite aos leitores das bibliotecas públicas de Belo Horizonte a procurarem nos nossos acervos por estes e outros livros com recursos similares. Conheçam, divulguem. A tecnologia existe, a legislação existe, resta-nos fazer valer esse direito. A luta é de todos nós!

    Cleide Fernandes
    Bibliotecária, coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais.
     

    Resenha - Firirim Finfin, de Elizete Lisboa

    Firirim Finfin, de Elizete LisboaA galinha e o macaco estão muito felizes com os presentes que ganharam e querem mostrar para seus amigos. Encontraram a cabra com os três cabritinhos e a garça. Mas, de repente, a garça perdeu a elegância, arregalou um olho feio e ficou olhando torto... Ficou carrancuda e de cara amarrada. O que estaria errado?

    Para entender esse caso, é preciso ler e se deliciar com o texto cheio de árvores e bichos brasileiros da escritora Elizete Lisboa e as ilustrações da Ana Raquel no livro Firirim Finfin, ed. Paulinas. Com cores claras e um colorido que agradam o olhar, as imagens refletem bem a natureza e seus personagens. Mas aqui nós paramos para falar de um detalhe muito importante: trata-se de um livro publicado em braille e tinta! Uma obra em que as crianças também são atraídas pelo detalhe dos pontinhos que formam palavras e imagens. Quando elas pegam esse livro pela primeira vez na biblioteca, é certa a reação de ver as imagens e as marcações dos pontinhos do braille. Os dedinhos logo vão contornando as imagens ao passar as páginas. É o momento oportuno para refletir com os pequenos sobre a inclusão. A partir do livro, que atende também os leitores cegos, conversamos com os leitores sobre a importância e as ações de inclusão nas bibliotecas. 

    Regina Vaz
    Biblioteca do Centro Cultural Venda Nova

    Resenha - Capitão Mariano: o rei do oceano, de Maurício Veneza

    Wander Ferreira - crédito Rodrigo TeixeiraMunir as infâncias de livros acessíveis não significa apenas a inserção do leitor ou da leitora criança com deficiência no mundo literário, mas também a inclusão de todas as crianças leitoras não deficientes no universo das publicações que alcançam a todos os públicos. 

    O livro “Capitão Mariano: o rei do oceano”, de Maurício Veneza, que se apresenta num formato com duas escritas, sendo a escrita convencional e a escrita Braille, concebe uma publicação de alcance irrestrito, uma vez que extingue as barreiras impostas aos leitores cegos ou com baixa visão ao mesmo tempo que pode ser também fruído pelos leitores não deficientes.

    As páginas que trazem as duas escritas desfilam ilustrações capazes de encher os olhos e tocar com sensibilidade os dedos e a curiosidade de todos os leitores, que, certamente, flutuarão em uma narrativa repleta de acontecimentos inesperados, com um desfecho surpreendente.

    Maurício Veneza, além de escritor é também ilustrador, já publicou e ilustrou mais de 150 títulos, é membro e sócio da Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura  Infantil e Juvenil a (AEILIJ). O livro Capitão Mariano: o rei do oceano, publicado em duas escritas, provoca nos leitores mirins e nos cronologicamente mais vividos a sensação de que, juntamente com o capitão Mariano, navegam e mergulham no mar sem fim de aventuras e possibilidades. 

    Wander Ferreira 
    Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte

    Perfil Literário - Elizete Lisboa

    Elizete Lisboa - Crédito: André LeonelO perfil literário desta edição é dedicado à Elizete Lisboa. Ter o perfil literário desta importante escritora da literatura infantil na Coluna Literária reafirma o compromisso da rede de bibliotecas da FMC com a luta das pessoas com deficiência, celebrada, nacionalmente, desde 1982, no dia 21 de setembro. Nascida na cidade de Coluna em 1951, a escritora mineira vive em Belo Horizonte. Formada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Elizete, também professora por mais de trinta anos, tem sua trajetória profissional atrelada à literatura infantil e ao incentivo à leitura. Nesta caminhada inclui-se o ativismo pelos direitos das pessoas com deficiência visual.

    A autora tem vários livros de literatura infantil em duas escritas – tinta e braille –  publicados pelas editoras Lê (BH) e Paulinas (SP). As obras em duas escritas podem ser lidas por crianças cegas e por crianças que veem. Elizete diz que os livros a ajudaram a ser mais feliz e que hoje deseja que todas as crianças sejam protegidas por amor e pela leitura. Esta fala me fez lembrar da escritora colombiana Yolanda Reyes (2017, p.47) quando expressa “...[as crianças] precisam ser envolvidas, decifradas, acompanhadas, consoladas pelas palavras. Precisam também dar nomes a tantas sombras, a tantas coisas indizíveis”. Certamente a luta pelos direitos das pessoas com deficiência visual inclui a publicação de obras em duas escritas, mas, sobretudo, oferece a todas as crianças o direito à literatura, à poesia, à beleza e à brincadeira. Possibilita também o exercício da alteridade, compreender as diferenças para construir encontros.

    Falando um pouco da produção literária de Elizete Lisboa, quero destacar alguns aspectos dos seus livros, que, além da escrita em braille, possuem desenhos em relevo. Assim, as crianças, e adultos também, podem ter a experiência sensorial de criar imagens passando os dedinhos por árvores, sol, cachorro, insetos, pássaros, pipa, sapato, flores etc. Os desenhos em relevo também criam movimentos, quando tocamos a ilustração de uma colina, das nuvens, da escada, da chuva ou das águas de um lago.  Além disso, o projeto gráfico, pensado para acolher as duas escritas, traz de forma harmônica texto e ilustração nas páginas.

    Os animais estão muito presentes nas narrativas de Elizete Lisboa, como Florice, mamãe pata, de “Benquerer bem amar”, ilustrado por Maria José Boaventura; a cachorrinha, Lua, de “Quatro patinhas no muro”, ilustrado por Walter Lara; e os bichos cantantes de “Firirim, finfim”, ilustrado por Ana Raquel, todos publicados pela editora Paulinas. Tem ainda “Madrugada na casa do bruxo”, ilustrado por Ana Raquel, editora Lê, história de um bruxo, cujo brinco é uma lagartixa! Fica então o convite para ler e brincar com os livros da escritora que estão disponíveis para empréstimo na rede de bibliotecas da Fundação Municipal de Cultura – FMC. 

    Daniela Figueiredo
    Gerência de Bibliotecas Promoção da Leitura e da Escrita

     
    REYES, Yolanda. O triângulo amoroso. In: LIMA, Érica; FARIAS, Fabíola; LOPES, Raquel (org.). As crianças e os livros: reflexões sobre a leitura na primeira infância. Belo Horizonte: Fundação Municipal de Cultura, 2017, p.46-51. 

    Para visitar as Bibliotecas da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte e pesquisar seu acervo, acesse informações o site: pbh.gov.br/reaberturabibliotecas