De 20 a 23 de setembro de 2022, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG participa da 16ª Primavera dos Museus com uma programação especial que irá oferecer ao público diversas oficinas e um circuito especial de visitação.
No dia 20/09, terça-feira, de 10h às 11h, a oficina “Flores e polinização” convida o público para uma conversa sobre a morfologia das flores, as partes reprodutivas das plantas, o processo de polinização e o papel dos animais polinizadores nesta parceria planta-bicho.
No dia 21/09, quarta-feira, de 9h às 11h, acontece a oficina “A força dos mbarakás: chocalhos de argila na prática”. O interesse é que cada participante possa construir uma peça de argila, um chocalho, conhecido pelo termo mbaraká pelos indígenas de língua pertencente ao tronco Tupi. Durante a feitura do instrumento, os/as participantes irão ver imagens e escutar o som desses instrumentos sonoros que envolvem saberes e proteções xamânicas.
Na sexta-feira, dia 23/09, acontecem três atividades:
De 8h30 às 11h30, a oficina “Árvores e memórias: uma vivência na mata do Horto” convida o público para sair de uma posição de observação apressada para outra mais lenta a partir do contato com árvores notáveis do Museu. Os/As participantes são convidados/as a registrar suas impressões através do desenho e da escrita, construindo, assim, suas próprias memórias. A atividade é inspirada na atitude do desenhista e aquarelista britânico John Ruskin e visa capturar a experiência sensível. Cada participante deve trazer lanche, água, canga para se assentar no chão, lápis de cor e apontador. Caso queiram podem trazer outros materiais de desenho e pintura como aquarela, pinceis, tinta guache e outros. O Museu fornecerá pranchetas de mão, papel A3, lápis grafite, borracha e xerox de textos. A atividade é destinada a maiores de 15 anos e oferecerá 14 vagas preenchidas por ordem de chegada.
De 09h às 11h30, acontece o “Circuito da cerâmica arqueológica: produção, conservação e legado”. A atividade apresenta uma abordagem ampla e interativa sobre as cerâmicas arqueológicas brasileiras, apontando a importância desses bens como legado histórico dos povos indígenas do Brasil e a conseqüente necessidade da preservação da integridade física dessas peças. A atividade se apresenta no formato de circuito, o qual contempla: trilha na mata, apresentando espécies vegetais usualmente utilizadas no processo produtivo de cerâmicas tradicionais, focando no papel desses vegetais nas redes de ensino-aprendizado da tecnologia cerâmica de povos indígenas de Minas Gerais; visita à área de queima cerâmica do Museu, com apresentação dos fornos de produção de cerâmica, similares aos sistemas de queima utilizados pelos povos originários brasileiros; visita à exposição de Arqueologia, onde se encontram cerâmicas arqueológicas e experimentais; e oficina lúdico-interativa sobre conservação de cerâmicas arqueológicas, com simulação da atividade de conservação-restauração de cerâmicas tradicionais.
De 14h às 16h, encerrando a programação, a oficina “Os instrumentos musicais ameríndios na Amazônia: apitos ou flautas globulares” convida cada participante a construir um apito ou flauta globular, utilizando de inspiração as peças arqueológicas conhecidas na Amazônia. Durante a feitura do instrumento, os/as participantes irão ver imagens e escutar o som desses aerofones que envolvem saberes múltiplos.
As oficinas de cerâmica são uma parceria do G.E.S.T.O (Grupo de Estudos do Simbólico e Técnico da Olaria) e o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.
Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público, sem necessidade de inscrição.
As atividades são voltadas para todas as idades, exceto a atividade "Árvores e memórias: uma vivência na mata do Horto", destinada ao público a partir de 15 anos.
Por haver atividades na mata, é recomendado o uso de calçados fechados.
É recomendado que cada visitante traga seu lanche e garrafinha de água, uma vez que a cantina está fechada e os bebedouros só estão operando no formato de reabastecimento de recipientes.