MUITA HISTÓRIA!

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MUITA HISTÓRIA!


A folia em Belo Horizonte começou antes mesmo da inauguração da cidade!

Para entender a história de um dos melhores carnavais do Brasil, é preciso, antes de tudo, conhecer um pouco melhor o povo belo-horizontino. Sabe aquela fama de que “mineiro come quieto”? Desconfie. Do lado de cá das montanhas sempre bateu forte um tambor.

A primeira folia por aqui aconteceu antes mesmo da inauguração da cidade, em janeiro de 1897, quando os operários que construíam a nova capital se organizaram em um desfile de carros e carroças, da Praça da Liberdade até a Afonso Pena.

Imagine: muito confete, serpentina e improviso. Esse movimento espontâneo foi o pontapé inicial para o surgimento dos blocos caricatos, destaques do carnaval nos primeiros anos de BH e até hoje parte da programação.

Amigos Fantasiados
Foto: Acervo PBH

Na primeira metade do século passado, a região da Lagoinha, no Centro, era o foco do principal movimento carnavalesco. Foi lá que surgiu, em 1947, o primeiro bloco de rua da cidade, o Leão da Lagoinha, ativo até hoje. Ali, bem perto, aconteceu também o primeiro desfile de escola de samba, da Agremiação Pedreira Unida, formada por moradores da Pedreira Prado Lopes.

Mas foi a partir de 1975 que o belo-horizontino começou a entender o que é multidão. Pergunte a qualquer local qual é o evento mais marcante do pré-carnaval da cidade que a resposta é certa: a Banda Mole. A festa, que acontece na Av. Afonso Pena, tem como marco a criatividade e a tolerância, e promove desfiles com trios elétricos e milhares de foliões de vários estilos. É diversão pura!

O Carnaval de Belo Horizonte também tem disputa! E das boas. Desde a década de 1980, os desfiles das escolas de samba e dos blocos caricatos estão no calendário oficial. A cada ano, eles competem pela atenção dos jurados e do público em apresentações na avenida Afonso Pena, que durante o evento se transforma em uma grande passarela.

E sabe quem são os responsáveis por manter a alegria da folia e o espírito carnavalesco? A rainha, o rei e a princesa. Oi? É isso mesmo. Durante o carnaval, a Corte Momesca é quem comanda a festa e a cidade. Eleitos todos os anos por meio de concurso realizado pela Belotur, os representantes recebem das mãos do prefeito a chave simbólica da capital.  

Já deu pra notar que o belo-horizontino é bom de folia, né? O carnaval daqui sobre foi assim, espontâneo, em diálogo com os moradores e com a cidade. E dessa espontaneidade surgiram novos movimentos, que vêm ampliando e fortalecendo a festa nos últimos anos.

Manifestações populares estimularam a ocupação e a ressignificação dos espaços públicos, o que despertou a criação de blocos de rua e festas, promovendo o crescimento do número de foliões e atrações.

Em 2018, foram 3,8 milhões de pessoas curtindo a festa por aqui. Mais de 400 blocos de rua em todas as regiões da cidade, 9 palcos com 76 atrações musicais, desfiles de escolas de samba e blocos caricatos e mais 118 eventos paralelos. O Carnaval de Belo Horizonte segue em construção, baseado no diálogo e na escuta, sempre surpreendendo! E o melhor, é de todo mundo!

Baianas Ousadas
Foto: Élcio Paraíso / Acervo Belotur

Em 2019, com a consolidação do tema “É de todo mundo”, as ruas da capital mineira receberam cerca de 4,3 milhões de foliões, durante os 23 dias de período oficial da festa (em 2017 haviam sido 3 milhões e, em 2018, 3,8 milhões de foliões).

Para os adeptos do carnaval de rua, foram 410 blocos, que fizeram 447 cortejos. Nos oito palcos oficiais, espalhados por 5 regionais da cidade, se apresentaram cerca de 65 atrações. Para quem gosta de avenida, tivemos desfiles de 8 escolas de samba e 11 blocos caricatos. Além do público e das atrações, o patrocínio ao Carnaval de Belo Horizonte também aumentou. A proposta vencedora do edital, oferecida pela empresa Do Brasil Projetos e Eventos, foi de R$ 10,5 milhões em verba direta, sendo R$ 4,5 milhões para 2019 e R$ 6 milhões para 2020, além de planilhas de estruturas e serviços no valor de R$ 8,3 milhões para cada ano. A soma do patrocínio nos dois anos chega a R$ 27,16 milhões, o que gera uma economia significativa nos investimentos por parte da Prefeitura.

O Carnaval de Belo Horizonte segue em construção, baseado no diálogo e na escuta. Viabilizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, a operação do evento na cidade envolve 40 órgãos — entre municipais, estaduais, federais e privados — que garantem infraestrutura, segurança, mobilidade, limpeza, saúde e conforto para a folia.

Para 2024, uma festa ainda melhor te espera! Confira todas as atualizações aqui no portal do Carnaval!