Um bom programa para essa fase de reabertura dos teatros e galerias em Belo Horizonte é a exposição “Yara Tupynambá – 70 anos de carreira”.
Com visitações suspensas desde a inauguração, em março, a mostra volta ao formato presencial e será estendida até 30 de agosto, seguindo os protocolos de segurança.
São 74 obras de diferentes fases da carreira da maior muralista brasileira, que trazem temática voltada para o meio ambiente.
Uma novidade é que a artista pretende estar com o público, aos domingos, para dividir sobre os bastidores de sua criação.
A exposição fica aberta à visitação de quarta a segunda, das 10h às 22h. Será possível encontrar-se com a pintora aos domingos, entre 16h e 20h.
No 1º andar da exposição podem circular 28 pessoas, por vez, e no 2º, até 8 visitantes.
Para acesso ao prédio do CCBB BH é necessária retirada prévia de ingresso online no site bb.com.br/cultura ou pelo Eventim (site ou app), e apresentação na entrada, por meio do QR Code no celular.
Quem preferir ficar no conforto de casa, pode apreciar as obras da artista via tour virtual www.yaratupynamba.org.br.
Este projeto tem o patrocínio do Banco do Brasil. “Artes plásticas são silêncio, contemplação.
É muito seguro permitir a presença de pessoas circulando durante uma exposição”, diz a artista que, já neste domingo, dia 18 de julho, tem a intenção de encontrar com o público para abordar os desafios e curiosidades do que está por trás da criação de suas telas.
“Eu sou uma artista, quero que as pessoas possam ver meu trabalho, quero saber como a obra chega nelas. Com a exposição reaberta e a vacina em dia, estou duplamente aliviada”, diz.
Com telas que ultrapassam 1 metro de altura, a mostra conta com quadros e gravuras de alguns dos mais importantes painéis da trajetória de Yara, além de uma série inédita sobre o Parque Municipal e os jardins da casa da artista.
“O digital possibilita o acesso, mas não é a mesma coisa de você ver um grande painel de perto.
É um trabalho longo para conclusão de uma obra dessas e o computador não pega as sutilezas de cor.
No contato ao vivo com a obra de artes plásticas, o impacto é muito maior”, afirma a artista.