Alameda da Travessia

Circuito Liberdade

Um dos maiores complexos culturais do Brasil está em Belo Horizonte. O Circuito Liberdade, inaugurado em 2010, reúne espaços de relevância histórica e cultural em uma área de enorme valor simbólico e histórico. Visitado por milhões de pessoas desde sua criação, é composto por 16 instituições, dentre museus, centros de cultura e de formação, que mapeiam diferentes aspectos do universo cultural e artístico. 


Antigos prédios públicos foram transformados em espaços interativos que espelham a diversidade: acervos históricos, artísticos e temáticos; centros culturais; biblioteca e espaços para oficinas, cursos e ateliês abertos; além de planetário, cafeterias, restaurantes e lojas.


As possibilidades de roteiro aqui incluem mostras nacionais e internacionais itinerantes, extensa programação infantil, oficinas de tecnologia para pessoas com mais de 60 anos e também exposições permanentes, como o painel Civilização Mineira – o maior de Candido Portinari em Minas Gerais – e acervos inigualáveis de arte popular.

 

BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS

Fachada da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
Foto: Robson Vasconcelos/Acervo Belotur

Com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer e 260 mil títulos disponíveis, a Biblioteca Pública Estadual reúne obras raras e representativas de escritores brasileiros e estrangeiros, uma importante coleção de autores mineiros, além de revistas e jornais - correntes e históricos, livros de literatura, coleção infantojuvenil, títulos em Braille e audiolivros. Cursos, exposições e shows estão na programação semanal do espaço. 


ESPAÇO DO CONHECIMENTO UFMG

Planetário do Espaço do Conhecimento da UFMG
Foto: Daniel Mansur/Acervo ECUFMG

Aqui, ninguém fica parado. Nem a exposição. O Espaço do Conhecimento é um museu dinâmico, que abusa dos recursos tecnológicos para abordar a ciência e sua relação com a vida cotidiana e a arte de forma lúdica e interativa. Além das exposições, o moderno prédio tem um Planetário e um Terraço Astronômico em que se pode observar o céu com o auxílio de telescópios e orientação de especialistas em astronomia. 


MM GERDAU - MUSEU DAS MINAS E DO METAL

Interna MM Gerdau
Foto: Jomar Bragança/Acervo MM Gerdau

Com o desafio de colocar a mineração e a metalurgia em perspectiva histórica e desvendar o papel do metal na vida humana, esse museu propõe um passeio especial pelas Minas Gerais. A programação cultural do MM Gerdau acontece nas noites de quinta-feira e nas tardes de sábado e domingo. Além de atividades científicas e culturais para os públicos adulto e infantil, o edifício conhecido como Prédio Rosa e inaugurado juntamente com a capital mineira e a Praça da Liberdade, em 1897, abre as portas para eventos de inovação, economia criativa e colaborativa, bate-papos e workshops. 


MEMORIAL MINAS GERAIS VALE

Casa da Ópera do Memorial Minas Gerais Vale
Foto: Agência Vale/Acervo Memorial

A alma e as tradições mineiras são contadas de forma original e interativa nesse museu de experiência. Cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Presente e passado, memória e futuro se conectam no prédio que era a sede da Secretaria do Estado da Fazenda de Minas Gerais e hoje é o Memorial de Minas. A edificação datada de 1897 é o local onde foi lançada a pedra fundamental de Belo Horizonte. 

CENTRO DE ARTE POPULAR - CEMIG

Acervo Centro de Arte Popular - CEMIG
Foto: Audrey/Acervo Belotur

Sabe aquelas cerâmicas e esculturas maravilhosas do Vale do Jequitinhonha que você já viu por aí? E as peças de tear supercoloridas e trabalhadas? Símbolos da cultura popular mineira, elas são algumas das atrações do Centro de Arte Popular que conduz o visitante ao imaginário de diferentes artistas, narrando histórias e crenças de um povo que traz nas mãos um sincretismo cultural próprio. Com 800 peças, o acervo é organizado por materiais, temas e cronologia. Mídias, som e imagem tornam as exposições dinâmicas e interativas, dando uma dimensão mais ampla e profunda do histórico cultural de cada região. O prédio onde hoje funciona o Centro foi projetado para uso residencial pelo arquiteto Luiz Signorelli, em 1928. Construído em estilo eclético, está localizado a poucos metros da Praça da Liberdade e de frente para um dos últimos cinemas de rua de Belo Horizonte, o simpático Belas Artes. 

BDMG CULTURAL

Fachada BDMG Cultural
Foto: Divulgação/BDMG Cultural

Artes plásticas e visuais, cinema, dança, teatro, museologia, música, literatura e patrimônio histórico estão no portfólio de atuação do BDMG Cultural, instituição que incentiva novos artistas com suas premiações e projetos, além de abrir espaço para exposições que podem ser visitadas diariamente, inclusive aos fins de semana e feriados. 


ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS

Fachada Academia Mineira de Letras
Foto: Robson Vasconcelos/Acervo Belotur 

A Academia Mineira de Letras abriga 28 mil títulos e 32 mil exemplares, dentre obras raras e únicas, inclusive de produção literária dos acadêmicos. O edifício foi construído na década de 1920 para ser consultório e residência do médico Eduardo Borges da Costa. Ponto de referência da arquitetura e memória da cidade, ganhou um anexo na década de 90, com as linhas contemporâneas do arquiteto Gustavo Penna e uma área construída de 1200 m2, auditório de 120 lugares e salões que comportam até 350 pessoas. 


MUSEU MINEIRO

Fachada Museu Mineiro
Foto: Ronaldo Alves/Acervo Belotur

O acervo do Museu Mineiro documenta momentos da formação de Minas Gerais e da capital, com pinturas históricas, achados arqueológicos, mobiliário, conjunto de moedas e de armas, imagens sacras e equipamentos litúrgicos, além das pinturas, gravuras e esculturas da Pinacoteca do Estado. Restaurado recentemente, o museu destaca, dentre outras obras, seis telas de Manuel da Costa Ataíde (1762-1830), mestre do Barroco e uma tela que retrata o engenheiro Aarão Reis (1853-1936) com o projeto original de Belo Horizonte em mãos. No hall, foram removidas seis camadas de tinta até chegar às paredes pintadas por Frederico Steckel (1834-1921), artista alemão que trabalhou também no Palácio da Liberdade. Esculturas da belga Jeanne Milde, pinturas de Guignard e trabalhos de Amílcar de Castro são outros exemplos da diversidade do acervo. 
Se você ficar esperto, vai se surpreender ainda com alguns outros tesouros, como a colher de pedreiro que assentou a primeira pedra da construção da Cidade de Minas, nome anterior de Belo Horizonte e um relógio que pertenceu a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792). O prédio faz parte do conjunto arquitetônico original de Belo Horizonte, voltado para a concepção “científica” de cidade difundida naquele momento e com linhas que seguem modelos europeus ecléticos. 


ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO

Fachada Arquivo Público Mineiro
Foto: Flavio de Paula/Arquivo APM

Criado em 1895, ainda na cidade de Ouro Preto, o Arquivo Público transferiu- se para Belo Horizonte, em 1901, e atualmente, é a instituição cultural mais antiga do Estado.Responsável pelo recolhimento, guarda, gestão, preservação e acesso ao acervo arquivístico do Executivo Estadual e documentos privados de interesse público, o arquivo funciona em um prédio de arquitetura eclética de 1897, projetado pela Comissão Construtora da Nova Capital para ser a residência do Secretário de Finanças. Os visitantes têm acesso a documentos, fotografias, desenhos, litogravuras, negativos e slides que remontam aos períodos colonial, imperial e republicano. O Arquivo Público Mineiro recebe visitas técnica e de grupos interessados em conhecer a Instituição. 

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL

Escadaria CCBB
Foto: Anna_Ftg/Acervo CCBB

Belo Horizonte ganhou um CCBB para chamar de seu em 2013, tornando- se a quarta cidade a receber o centro cultural e seus indefectíveis espaços multidisciplinares com programação regular (seis dias por semana). Com estrutura acessível e sinalização tátil, as salas de exposição, teatro para atividades audiovisuais, debates, conferências, oficinas, palestras, atividades interativas e educacionais, além de ambientes de convivência, lazer, alimentação e lojinhas, são garantia de um bom programa. O prédio que abriga o CCBB, na Praça da Liberdade, teve sua construção iniciada em 1926, com projeto do arquiteto Luiz Signorelli, fundador da Escola de Arquitetura da Universidade de Minas Gerais. É a sexta instituição cultural mais visitada no Brasil e a 95o no mundo, de acordo com o ranking da publicação inglesa The Art Newspaper. A maior parte das atividades é gratuita. Consulte o site do CCBB-BH para preços de ingressos de shows e peças. 


CASA FIAT DE CULTURA 

Fachada Casa Fiat de Cultura
Foto: Debarry Studio Cerri/Acervo Casa Fiat de Cultura

Com tecnologia museológica de padrão internacional e já considerada um dos mais importantes espaços para discussão e exposição das artes no Brasil, a Casa Fiat abriga grandes mostras inéditas, programa de palestras, sessões de cinema e atividades educativas. Todos os públicos têm experiências qualificadas e enriquecedoras aqui, como a residência artística, o ateliê aberto de pintura (realmente aberto a todos os interessados em dar os primeiros passos na pintura, adultos ou crianças) e a contemplação do patrimônio e acervo. O quadro “Civilização Mineira”, de Candido Portinari, fica permanente exposto no 1o pavimento do imóvel, que já foi o Palácio dos Despachos do Governo Estadual. As instalações são acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida. Não deixe de parar no café decorado no estilo “retrô moderno”, que oferece uma união da cultura e da gastronomia em muitas opções de cafés, chás, capuccinos, chocolates, tortas, brownies, empanadas, almoços e lanches variados. 


PALÁCIO DA LIBERDADE

Interna Palácio da Liberdade
Foto: Click Estúdio Profissional/Acervo Belotur

O Palácio da Liberdade é o prédio central do conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade, antiga área de concentração do Poder Executivo do Estado. O Palácio da Liberdade foi concebido como residência oficial e sede do governo estadual no projeto da Nova Capital de Minas Gerais. O projeto do arquiteto José de Magalhães teve sua pedra fundamental lançada em sete de setembro de 1895 e resultou em uma edificação com estilo eclético e influência neoclássica. Inaugurado em 1897, serviu de moradia a vários governadores. Entre 2004 e 2006, o Palácio passou pelo maior processo de restauração desde sua inauguração, revelando obras de arte escondidas pelo tempo, como pinturas em paredes e forro. Entre os atrativos da edificação, destacam-se os jardins em estilo rosal, de Paul Villon; o salão de banquete à Luís XV; as pinturas do Salão Nobre, que são consideradas verdadeiras homenagens a artes; e o grande painel de Antonio Parreira. *Horários de funcionamento e taxas de entrada podem sofrer alterações.