Casa do Baile
Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751 - Pampulha
Telefone: (31) 3277-7443
Funcionamento: de quarta à domingo, das 10h às 18h.
Consulte condições especiais de funcionamento e acesso devido à Covid-19
Mais informações: Casa do Baile
Acesso gratuito
A Casa do Baile - Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design integra o Conjunto Moderno da Pampulha, produzindo e abrigando exposições, publicações, mostras, seminários, encontros e ações educativas relacionados aos temas de sua vocação museal.
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Inaugurado em 1942, o espaço tinha a função original de ser um pequeno restaurante, projetado com a finalidade de criar na Pampulha um espaço de diversão popular. Como espaço de lazer e entretenimento nas noites belo-horizontinas, logo tornou-se palco de atividades musicais e dançantes frequentada pela sociedade mineira.
A proibição do jogo, no Brasil, em 1946, resultou no fechamento do Cassino, atual Museu de Arte da Pampulha - MAP, o que afetou o funcionamento desse restaurante, fazendo com que encerrasse suas atividades.
A partir daquela data, sob a administração da Prefeitura, o espaço abrigou vários usos e variados fins comerciais. Nos anos 1980, funcionou como anexo do MAP, como restaurante, mas acabou novamente fechada.
Em 2002, após intervenções realizadas sob a coordenação do próprio Niemeyer, com a colaboração dos arquitetos Álvaro Hardy e Mariza Machado Coelho, o espaço foi reaberto como Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design, vinculado à Fundação Municipal de Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura, a fim de garantir sua preservação e requalificar seu uso.
Com novos sistemas de climatização e iluminação, seus jardins também passaram por um processo de revitalização, obedecendo à intenção paisagística da proposta original de Burle Marx. Na ocasião da reinauguração, Oscar Niemeyer desenhou dentro da Casa um croqui do conjunto arquitetônico da Pampulha, estabelecendo uma relação entre esse e a construção de Brasília.
Referência da arquitetura moderna brasileira, o projeto original e o paisagismo da Casa do Baile - Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design, desenvolvidos por Niemeyer e Burle Marx, propõem uma integração total com o ambiente da lagoa. A planta se desenvolve a partir de duas circunferências, que se tangenciam internamente. Delas desprende-se uma marquise sinuosa, bem ao gosto barroco, que provoca o olhar e dialoga com as curvas das margens da represa. Essa marquise é suportada por colunas e termina em outro pequeno volume de forma amebóide. À frente desse volume, há um pequeno palco circular cercado por um lago. O projeto estrutural é de autoria do engenheiro Albino Froufe.
Como reconhecimento de sua importância para a identidade cultural do país, a edificação mereceu o tombamento nas três esferas: federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN (1997); estadual, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais/IEPHA-MG (1984); e municipal, pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte/CDPCM/BH (2003).
Em 2016, a Casa do Baile foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, passando por obras de readequação ao modelo original, com a demolição de guarita e recalçamento de sua área externa.
A Casa possui um Programa Educativo, que se pauta pelo trabalho para a educação, para a cidadania e para o desenvolvimento de consciência estética, por meio de uma percepção de formas, volumes, cores e experiências. As informações sobre agendamento de visitas podem ser consultadas no Portal de Serviços da PBH.