Igreja de São Francisco de Assis e Praça Dino Barbieri
Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 3000 - Pampulha
Telefone: (31) 98876 3047
Funcionamento: de terça a domingo, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h (Secretaria).
Consulte condições especiais de funcionamento e acesso devido à Covid-19
Mais informações: Capela São Francisco de Assis
Acesso pago
A Capela Curial de São Francisco de Assis (elevada em 4/10/2021 a Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis) é o edifício mais conhecido do Conjunto Moderno da Pampulha. Com solução arquitetônica inventiva e original, o prédio, considerado por muitos como a obra-prima do complexo, representa o casamento entre a arquitetura, estrutura e obras de arte. Em seu edifício de vanguarda, ousado nas formas, as paredes se tornam suporte para pinturas, esculturas, mosaicos e murais de azulejos instalados de forma harmônica.
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O edifício está situado em uma península larga, em meio a um grande jardim projetado por Burle Marx, e tem sua entrada voltada para o nascer do sol e para a lagoa da Pampulha. Suas cinco “cascas” articuladas, com diferentes alturas, encaixam-se formando os espaços que guardam obras de arte como o painel pictórico e o painel de azulejos, em que Portinari retrata São Francisco; a Via Sacra, também de Portinari; os mosaicos azuis de Paulo Werneck, que se tornaram uma referência e parte da identidade marcante da Igreja; e o batistério em baixo relevo em bronze de Alfredo Ceschiatti, que retrata passagens bíblicas sobre Adão e Eva.
Muitos elementos existentes na composição arquitetônica do Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis fazem alusão às tradições da arquitetura religiosa mineira e franciscana, das quais Niemeyer extrai referências do programa arquitetônico tradicional, com adro, cruzeiro, campanário, átrio, coro, nave, púlpito, arco cruzeiro, altar mor e sacristia. No entanto, seu desenho inusitado e inovador acabou por sobressair às referências de religiosidade e seus elementos sacros tradicionais, gerando incompreensão. Esse estranhamento provocou o adiamento de sua sagração pela Igreja Católica por vários anos e, consequentemente, de sua abertura ao público.
A polêmica em torno da sagração da Igreja e o medo de que o edifício recém-construído fosse destruído motivaram, em dezembro de 1947, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) a inserir a edificação na lista de bens culturais protegidos no Brasil por tombamento. Uma decisão inédita, à frente de seu tempo, que tinha como objetivo salvar a Igreja.
Além de atrair visitantes do mundo todo, interessados em conhecer de perto seu rico acervo arquitetônico e artístico, o espaço guarda seu uso como templo religioso, sendo local de celebrações como missas, casamentos e batizados.
Praça Dino Barbieri
A Praça Dino Barbieri foi concebida originalmente como parte integrante dos jardins da Igreja de São Francisco de Assis, apresentando integração formal e continuidade paisagística entre a Praça e a Igreja.
A área, hoje denominada Praça Dino Barbieri, se apresentava no primeiro projeto de Burle Marx como um grande parque, com mais de 100 espécies florais, entre árvores (fícus, quaresmeiras e mangueiras, entre outras), arbustos e forrações, além de um viveiro para 36 espécies de aves com plumagem de coloração viva e variada e espaços para instalação de aparelhos de ginástica, por exemplo.
O projeto acabou sofrendo modificações desde a sua concepção e nunca chegou a ser implantado em sua plenitude. Os jardins foram executados com formatos diferentes, com alargamento das áreas de circulação e alterações nas formas dos canteiros, além da substituição de plantas especificadas, mas mantendo aspectos compositivos e conceituais importantes, como a sinuosidade, a assimetria e a variedade de cores e massas de vegetação.
Pela proximidade com o Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis, a praça é um dos espaços públicos que mais recebe visitantes e eventos do Conjunto.