O Conjunto Moderno da Pampulha é símbolo de um importante capítulo da história mundial da arquitetura moderna. Ele simbolizou — e ainda simboliza — uma síntese, nas Américas, de uma nova arquitetura e novas formas de viver, anunciadas a partir das primeiras décadas do século XX.
A Pampulha simboliza também uma interação que mesclou tradições e valores locais a tendências universais e, em retorno, influenciou mundialmente o rumo dessas tendências.
O valor do Conjunto Moderno da Pampulha insere-se no desenvolvimento de uma arquitetura eminentemente brasileira, que é moderna, mas inspirada na tradição; é racional, mas não abre mão da imaginação criadora; é funcional, mas sem a tirania do ângulo reto; que recusa ornamentos, mas se encontra integrada com as artes plásticas.
A Pampulha é uma das experiências mais bem-sucedidas da arquitetura moderna mundial, pois não só recebeu seus elementos característicos, como os devolveu ao mundo de forma recriada: uma nova expressão, que incorpora na arquitetura características regionais tipicamente brasileiras.
Por meio da força do Conjunto, das formas de seus edifícios e da relação estabelecida entre eles e com a paisagem, a Pampulha inaugura uma linguagem arquitetônica própria: liberdade, referências diversas, valores locais e funcionalidade. Um abordagem pioneira dentro da arquitetura moderna, que não trata com indiferença o contexto circundante.
O Conjunto Moderno da Pampulha é, por isso, de grande significado para as gerações presentes e futuras da humanidade, apresentando-se como um marco vivo, íntegro e autêntico da história da arquitetura mundial e da história brasileira e das Américas.