Museu de Arte da Pampulha

Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 16585 - Pampulha
Telefone: (31) 3277-7946
Horário de Funcionamento: Atualmente fechado para reformas
Mais informações: Museu de Arte da Pampulha
Acesso gratuito

Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte
Acervo PBH

O Museu de Arte da Pampulha (MAP) integra o Conjunto Moderno da Pampulha. Seu edifício foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no início da década de 1940, para ser um cassino, aberto ao público em 1943. Com a proibição do jogo no Brasil em 1946, o prédio esteve fechado por cerca de dez anos. Pouco mais de uma década depois, o espaço renasceu, como sede do Museu de Arte da Pampulha (MAP).

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O museu foi inaugurado em 1957, reflexo da expansão urbana, populacional e cultural de Belo Horizonte. Como reconhecimento de sua importância para a identidade cultural do país, a edificação mereceu o tombamento nas três esferas: federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN (1997); estadual, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais/IEPHA-MG (1984); e municipal, pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte/CDPCM/BH (2003).

O MAP tem como missão oferecer ao público experiências reflexivas, simbólicas, afetivas e sensoriais no campo das Artes Visuais, por meio de suas ações museológicas e de seu acervo moderno e contemporâneo, em diálogo com sua arquitetura e sua paisagem.

Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte
Antônio Vitor Campos Maia/Acervo Belotur

O Museu possui um acervo com aproximadamente 1.400 obras em reserva técnica - de artistas como Alberto da Veiga Guignard, Ivan Serpa, Tomie Ohtake e Amilcar de Castro, entre outros - e abriga exposições e diversas ações artísticas, educativas e culturais. Possui um auditório com capacidade para 170 pessoas e uma biblioteca especializada, disponibilizando informações sobre Artes Visuais, Arquitetura e Paisagismo, aberta ao público para consulta e pesquisa.

Desde 2001, o MAP adota um modelo de curadoria voltado para a produção em Arte Contemporânea, com ênfase nos trabalhos que dialogam com o patrimônio arquitetônico e paisagístico da Pampulha. O Museu possui uma programação anual de exposições que mostram, além do acervo da instituição, a produção artística contemporânea brasileira. 
 
Os jardins que circundam o prédio, criados pelo paisagista Roberto Burle Marx, têm como característica principal a composição de desenhos, formas e cores desenvolvida com o uso de plantas da flora brasileira. Esculturas de August Zamoyski, Alfredo Ceschiatti e José Pedrosa integram a paisagem.

Um dos destaques das realizações do MAP é o programa Bolsa Pampulha, iniciativa pioneira criada em 2003 e que se tornou uma das mais importantes residências artísticas do país. Sua origem deriva do Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, que surgiu na década de 1930. O Bolsa Pampulha tem o propósito de promover e fomentar as artes visuais em Belo Horizonte, contribuindo para o processo formativo e atendendo às necessidades e expectativas da comunidade artística local e nacional. 
 
Desde sua criação, o programa se consolidou como referência para o favorecimento da produção artística emergente em Belo Horizonte e no cenário nacional. Projetou diversos nomes nacional e internacionalmente, entre eles Laura Belém e Paulo Nazareth (participantes da Bienal de Veneza); Paulo Nenflídio e Marcone Moreira (ganhadores do Prêmio Marcatonio Vilaça de Artes Plásticas); Sara Ramo e Lais Myrrha (Bienal de São Paulo) e Cinthia Marcelle (Moma), entre diversos outros, que tiveram no programa incentivos para impulsionar seus trabalhos e carreiras.

Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte
Acervo Fundação Municipal de Cultura

Seu programa educativo realiza visitas mediadas (realizadas por meio de agendamento ou de acordo com a disponibilidade da equipe), que abordam as exposições e
o patrimônio cultural do Museu, além de oficinas e ações variadas para o público
espontâneo e agendado. As informações sobre agendamento de visitas podem ser consultadas no Portal de Serviços da PBH.
 
Desde novembro de 2019, o MAP encontra-se fechado para restauro do edifício. No entanto, o museu segue em atividade, com seus acervos e atividades ocupando outros equipamentos culturais e espaços da cidade. Nos anos de 2020 e 2021, a programação é definida entre a Fundação Municipal de Cultura e a Organização da Sociedade Civil Instituto Periférico, selecionada por um edital de parceria. Consulte a programação em pampulhaterritoriomuseus.com.br 
 
Atualmente, o Museu Casa Kubitschek (MCK) abriga em seu espaço a Biblioteca e o Centro de Documentação (Cedoc) do MAP, que guardam dois importantes acervos do museu: o bibliográfico e o documental. Juntos, eles preservam e dão acesso à memória da instituição e de sua relação com o Conjunto Moderno da Pampulha, além de fomentar a pesquisa em arte. Estes acervos estão em fase de reorganização, com atendimento pontual ao público, mediante agendamento. Os acervos histórico e artístico estão sendo preparados para guarda em reserva técnica em outro local.

O Museu de Arte da Pampulha, antigo Cassino, é casa de tendências artísticas variadas em mostras, pesquisa e conceituação. Foto: Antônio Vitor Campos Maia/Acervo Belotur
Chamado de Palácio de Cristal, por causa dos espelhos de cristal que revestem a parede do edifício, tornou-se MAP em 1957. Foto: Antônio Vitor Campos Maia/Acervo Belotur
O desenho tem concepção inspirada no trabalho do arquiteto francês Le Corbusier, que esteve no Brasil na década anterior para a construção do prédio do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro, considerado o primeiro exemplar da arquitetura modernista no Brasil. O jovem Niemeyer trabalhou com ele no projeto carioca. Foto: Antônio Vitor Campos Maia/Acervo Belotur
O local apresenta uma composição de espaços livres e cenográficos, o uso de perspectivas nas paredes espelhadas e um original jogo de curvas e rampas. Foto: Acervo Belotur
Todo o edifício é circundado pelos jardins do paisagista Burle Marx. Logo na entrada, está a monumental escultura em bronze, intitulada Nu, de August Zamoiski. No jardim interno, mais duas estátuas decoram o ambiente: O Abraço, de Alfredo Ceschiatti, e Pampulha ou Figura Alada, de José Alves Pedrosa. Próximo à lagoa, fica a obra A Porta, de Amilcar de Castro. Foto: Ricardo Laf/Acervo PBH
Em seu acervo de mais de 900 obras, estão quadros de Cândido Portinari, Alberto da Veiga Guignard, Di Cavalcanti, Amilcar de Castro e Tomie Ohtake. Além de pinturas, compõem o acervo fotografias, objetos tridimensionais, gravuras, desenhos, material audiovisual e documentos. Foto: Acervo PBH
Toda exposição promovida pelo MAP requer um trabalho de mudança da estrutura das salas, como a colocação de paredes falsas para bloquear a passagem da luz externa. Foto: Acervo Fundação Municipal de Cultura
O Museu abriga programas de residência e bolsas artísticas. Foto: Acervo Belotur
O MAP foi o primeiro prédio a ser construído para formar o Conjunto Moderno. Foto: Acervo Belotur