Gastronomia

Gastronomia

Das quitandas mais tradicionais à alta gastronomia, dos petiscos de boteco à fartura dos almoços em fogão a lenha, a culinária belo-horizontina ultrapassou fronteiras e agrada aos paladares mais sofisticados. A capital foi o segundo destino brasileiro mais bem avaliado por sua gastronomia pelos turistas estrangeiros que visitaram o Brasil em 2016 e 2017 (Ministério do Turismo) e conta com um leque de opções diversificado o bastante para ganhar de vez o coração de quem vem dos quatro cantos do Brasil e do mundo. E em reconhecimento à esta riqueza, Belo Horizonte lançou oficialmente em 2018 sua candidatura à Rede das Cidades Criativas da UNESCO, pela Gastronomia.


O prazer da mesa em Belo Horizonte está atrelado ao prazer de ser bem recebido. Você não vai apenas experimentar os melhores torresmo e pão de queijo do Brasil, mas também conhecer sabores criados pelo nosso celeiro de renomados chefs de cozinha, reconhecidos nacional e internacionalmente, em constante qualificação, renovação, inovação e inspiração. E são mais de 50 Festivais Gastronômicos integram o calendário oficial de eventos da cidade, dentre aqueles que enaltecem as raízes da comida mineira e da comida boa dos bares, passando por um circuito que reverencia as panelas mais famosas das vilas, aglomerados e favelas até festas que reúnem o melhor da culinária de diversos países. 


É circuito boêmio que você quer? A “Capital Mundial dos Bares”, cidade com o maior número de bares e restaurantes por habitante do Brasil, tem vários. Do tradicional Santa Tereza a bairros como Savassi, Funcionários, Anchieta, Sion, Prado, São Bento, Santo Antônio, São Pedro, Lourdes, Serra e Santa Efigênia, multiplicam-se opções gastronômicas com espírito de vida noturna. O centro da cidade firmou-se como roteiro peculiar da gastronomia, graças à revitalização de espaços clássicos no imaginário de Belo Horizonte - como o edifício Maletta, que mistura restaurantes com décadas de história a novas casas de drinks e petiscos que ocupam sua charmosa varanda; cafés, bares e botecos e locais em que se pode experimentar um dos mais conhecidos pratos da gastronomia popular belo-horizontina: o Kaol, sigla que une cachaça (com k), arroz, ovo e linguiça. Com o tempo, a receita clássica foi incrementada e ganhou a companhia da couve, do torresmo, do molho de tomate e da farofa. 

Já o “Circuito Sapucaí”, localizado na rua de mesmo nome, apresenta ao visitante desde restaurantes comandados por chefs reconhecidos até opções de balada. A rua tem uma arquitetura singular, proporcionando uma vista deslumbrante do centro da cidade. Prefere sair da região central e sul e conhecer outras partes da cidade que unem comida boa e boemia? Vá para a região da rua Alberto Cintra e da avenida Fleming, no caminho para a Pampulha; ou explore a Zona Leste com os novos e velhos botecos, com ar retrô ou tradicional, a exemplo da turma jovem que se aglomera no bairro Pompéia. 


Prefere curtir o movimento da cidade de dia ou com a família? Pode escolher: clima de fazenda, cantina italiana, bistrô francês, cardápio natural, ambientes cheios de sofisticação e elegância ou ainda estabelecimentos focados em regionalismos. Tudo se encontra aqui em Belo Horizonte para um almoço despretensioso e delicioso. Ou sofisticado e saboroso. 


Outras atrações imperdíveis para os amantes da gastronomia são os mercados. O mais famoso é o Mercado Central, eleito em 2016 o 3º melhor mercado do mundo e que, há mais de oito décadas, é um dos pontos turísticos obrigatórios da cidade, com mais de 400 lojas e milhares de histórias, sem falar nas iguarias, como o fígado acebolado com jiló e a tradicional cachaça mineira. Criado em 1929 para centralizar o abastecimento da cidade, ocupa um quarteirão inteiro do centro de Belo Horizonte e no seu interior existe uma mistura de religiosidade, cultura popular, tradição, produtos e pratos deliciosos e de alta qualidade. Com 40 anos de história, o Mercado Distrital do Cruzeiro é mais um espaço que já se estabeleceu como point gastronômico e cultural. nos arredores de Belo Horizonte, na vizinha cidade de Nova Lima, novos mercados gastronômicos valorizam o autêntico, o original e os produtos da estação. 


Além de cursos e degustações, outra experiência de relevância é a visita à BeGreen, primeira fazenda urbana da América Latina. O espaço, localizado ao lado de um shopping da cidade, tem como objetivo encurtar as distâncias entre o alimento e o consumidor final. Lá, pode-se comprar folhas, hortaliças e outros produtos agroecológicos, além de se visitar as estufas e saborear delícias. 

Já falamos de botecos, bares, restaurantes, mas aposto que você está pensando: uma boa mesa não é feita só de um belo prato. A Região Metropolitana de Belo Horizonte desponta como grande produtora de cerveja artesanal, contando com cervejarias premiadas nacional e internacionalmente. Em 2018, cervejas mineiras conquistaram 40 medalhas no World Beer Awards, um dos mais importantes concursos do mundo, sendo considerado o Oscar da cerveja artesanal. 


Quer uma notícia melhor ainda? Vários estabelecimentos abrem as portas para que os fãs da bebida possam conhecer o processo de produção e aprender sobre a variada gama de sabores à disposição. Belo Horizonte é a síntese dos sabores mineiros, traduzida no ato de receber e comer bem em casa, bares, restaurantes, feiras e festivais gastronômicos, ponto de encontro das famílias e dos amigos, estendendo aos turistas e visitantes. Só que é mais: Belo Horizonte respira também a criatividade dos novos sabores e a redescoberta das tradições. A gastronomia da capital é surpreendente. 
 

Veja o e-book da candidatura à Rede das Cidades Criativas da UNESCO.