Museu Casa Kubitschek

Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 4188 - Pampulha
Telefone: (31) 3277-1586
Funcionamento: de quarta a domingo das 10h às 18h (entrada até as 17h30)
Consulte condições especiais de funcionamento e acesso devido à Covid-19
Mais informações: Museu Casa Kubitschek
Acesso gratuito

Museu Casa Kubitschek, Pampulha, Belo Horizonte, Brasil
Antonio Vitor Campos Maia/Acervo Belotur

O Museu Casa Kubitschek tem como sede a casa modernista construída para ser residência de fim de semana do então prefeito Juscelino Kubitschek (1940-1945). Apesar de não fazer parte dos bens culturais que receberam o título de patrimônio mundial da UNESCO, o Museu integra o Conjunto Moderno da Pampulha, em sua zona de amortecimento, e é um marco da arquitetura dos anos de 1940. A casa projetada por Oscar Niemeyer é cercada por exuberante jardim planejado pelo paisagista Roberto Burle Marx, em terreno de aproximadamente três mil metros quadrados.

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O espaço foi inaugurado como museu em 2013, e tem o objetivo de oferecer ao público experiências reflexivas e sensíveis no campo do paisagismo, da arquitetura residencial, dos modos de morar e da história da Pampulha. A edificação e seus jardins contam com tombamento federal (1997), estadual (2009) e municipal (2003). 

Museu Casa Kubitschek, Pampulha, Belo Horizonte, Brasil
Antonio Vitor Campos Maia/Acervo Belotur

A casa que abriga o Museu Casa Kubitschek foi construída às margens da Lagoa e intenção era estimular a ocupação da região, ainda pouco populosa,  transformando-a em um sofisticado “bairro de recreio” de Belo Horizonte. A edificação conta com ampla área social – varanda, sala de estar, sala de jantar, sala de música, sala de jogos - evidenciando sua característica de ser uma “casa para receber”. Os setores são bem definidos, sendo a área íntima, com quartos e banheiros, localizada no pavimento superior. O setor de serviços, ainda que ligado à sala de jogos, apresenta-se de forma independente.

No projeto da residência, Oscar Niemeyer optou pelo “telhado borboleta”, que se tornou uma das referências mais marcantes do projeto. Outros elementos característicos da arquitetura moderna também estão presentes: fachadas envidraçadas, marquise, acesso por rampas, dentre outros. Além dos traços modernistas, Niemeyer introduziu elementos da arquitetura colonial mineira, como treliças e esquadrias de madeira pintadas de azul, contrastando com a alvenaria na cor branca. A decoração do interior da casa é incrementada pelos painéis de Alfredo Volpi e mosaicos de Paulo Werneck. 

A casa de campo pertenceu à família Kubitschek nos anos de 1940 e foi vendida ao Sr. Joubert Guerra, assessor e amigo pessoal de Juscelino, em 1951. Dona Juracy Guerra, esposa de Joubert, viveu no local até falecer, em 2004. Deve-se a ela a preservação e o rigor na manutenção de sua arquitetura original.

Assista ao vídeo do Museu da Pessoa em que a publicitária Cris Guerra conta sua experiência de morar em uma casa que hoje é museu!

Durante mais de cinco décadas, ela foi a personagem principal da casa e um pouco de sua história é revelada nos móveis que hoje constituem o acervo do museu. Em 2005, quando a Prefeitura de Belo Horizonte adquiriu o imóvel para transformá-lo em um museu público, incorporou também os móveis de Dona Juracy. 

Museu Casa Kubitschek, Pampulha, Belo Horizonte, Brasil
Antonio Vitor Campos Maia/Acervo Belotur

Em frente à Casa, está localizado o Mirante Bandeirantes, um dos mais belos pontos de observação da lagoa. Do local é possível admirar o espelho d’água e os diversos equipamentos culturais que dialogam entre si. Neste mirante é possível apreciar, também, as  esculturas em tamanho real de JK, Oscar Niemeyer, Cândido Portinari e Burle Marx.
 

 

 

 

A casa foi projetada por Oscar Niemeyer e construída entre 1940 e 1943. Com telhado em forma de asa de borboleta e planos inclinados, a Casa, que ocupa 680 m² de um terreno de 2.800 m², configura tipologia característica da arquitetura brasileira do modernismo. Foto: Roberto Castro / Acervo MTur
A casa permaneceu ocupada pela família Kubitschek até 1945, quando JK rumou para o Rio de Janeiro para ser empossado deputado federal. Após sua partida, a casa ficou desocupada até 1956, ano em que o amigo, colega de seminário e padrinho de casamento, Joubert Guerra, comprou o imóvel. Foto: Mariane Botelho / Acervo Fundação Municipal de Cultura
Durante todo o período em que a família Guerra permaneceu no local, o imóvel e os móveis - em grande parte adquiridos pelo próprio Juscelino, foram bem preservados. Dentre a mobília ainda estavam em boas condições, a geladeira e a cama de casal comprados por JK, além de uma mesa de bilhar francês e mais outros 90 itens. Foto: Mariane Botelho / Acervo Fundação Municipal de Cultura
Em 2005, os herdeiros da família assinaram o Termo de Desapropriação transferindo o imóvel para a prefeitura, que somente em 2008 iniciou as obras de restauração e adaptação do espaço para a instalação do Museu Casa Kubitschek, com base no projeto desenvolvido pela Diretoria de Patrimônio da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Foto: Antônio Vitor Campo Maia / Acervo Belotur
Nos fundos da casa principal, próximo a piscina foi construída uma casa menor, com três quartos, duas salas e um banheiro, que era utilizada por JK como escritório. Aquele era um dos lugares preferidos de Juscelino Kubitschek, ali ele “costumava trabalhar e atender os telefonemas tomando sol na piscina.” Foto: Antônio Vitor Campo Maia / Acervo Belotur
A residência foi projetada de modo a preservar ao máximo a intimidade da família Kubitschek, objetivo alcançado tanto por meio da estratégia de recuo da casa para o fundo do terreno, quanto pela criação do jardim de Roberto Burle Marx na entrada da residência e da setorização dos seus espaços internos. Foto: Antônio Vitor Campo Maia / Acervo Belotur
Os visitantes podem percorrer todos os cômodos — como sala, quartos e banheiros — enquanto conhecem mais sobre a história do presidente JK e da Pampulha Foto: Antônio Vitor Campo Maia / Acervo Belotur
O edifício do Museu Casa Kubitschek é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais–IEPHA e pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte. Foto: Antônio Vitor Campo Maia / Acervo Belotur
A inspiração de Juscelino Kubitschek em erguer o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha teve origem tanto na sua vontade de criar em Belo Horizonte um espaço referência em lazer e diversão, quanto da intenção de urbanizar uma região considerada de difícil acesso e distante do centro da cidade. Foto: Antônio Vitor Campo Maia / Acervo Belotur
Para que tal empreitada tivesse sucesso, JK deu o exemplo. Incentivando o desenvolvimento habitacional da Pampulha, como parte do projeto do conjunto arquitetônico, encomendou a Oscar Niemeyer a construção de uma residência de campo para seu uso pessoal à orla da lagoa. Foto: Antônio Vitor Campo Maia / Acervo Belotur
No interior da casa a organização dos espaços e os detalhes na decoração incrementada pelos painéis de Alfredo Volpi e Paulo Werneck, revelam os traços da arquitetura moderna de Oscar Niemeyer e suas parcerias. Foto: Antônio Vitor Campo Maia / Acervo Belotur