Pela primeira vez atuando em um monólogo e assinando a dramaturgia de um espetáculo, o mineiro de Brumadinho, hoje radicado no Rio de Janeiro, Ezequiel Vasconcelos escolheu abordar, em seu primeiro trabalho solo, parte quase esquecida da história do Brasil. Em Arigó, que tem direção de Marcelo Morato, ele mergulha no universo dos soldados de borracha ( os “arigós”), homens que migraram para o norte do Brasil na década de 1940 para trabalhar na indústria da borracha, focada então na exportação para fins bélicos, durante a IIª Guerra Mundial. Em curta temporada em Belo Horizonte, onde estreia nacionalmente, a peça, que foi viabilizada via crowdfunding, fica em cartaz no Teatro João Ceschiatti, nos dias 2 e 3 de novembro. Sábado às 20h e no domingo às 19h. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e pelo site www.ingressorapido.com.br. Após as apresentações, haverá bate-papo com a equipe da montagem. Depois da capital mineira, o espetáculo segue em temporada no Rio de Janeiro. A dramaturgia da peça emerge da experiência do próprio autor, Ezequiel Vasconcelos, que migrou ainda criança do interior de Minas Gerais para Rondônia, no norte do país. Lá teve contato com as antigas histórias sobre os arigós, ou soldados da borracha, como ficaram conhecidos. A peça trata de um capítulo pouco conhecido da história do nosso país: a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, ao apoiar os Estados Unidos da América no fornecimento da borracha amazônica para a guerra. Em 1942, dezenas de milhares de homens deixaram suas casas e famílias rumo ao norte do Brasil para servir a seu país. Um exército de homens que ficou conhecido como os “soldados da borracha”. Arigó conta a jornada do jovem Lázaro que, desde a morte de seu irmão mais velho, toma para si a missão de cuidar da sua família na aridez do sertão brasileiro.