Parques e Praças
Aberto em setembro de 1897, antes mesmo da inauguração oficial da nova capital mineira (que só aconteceria em dezembro), o Parque Municipal é o patrimônio ambiental mais antigo de Belo Horizonte e abriga o Teatro Francisco Nunes, Orquidário, parque de diversões, equipamentos de ginástica, pista de caminhada, quadra poliesportiva e quadra de tênis. Sentar em um dos seus banquinhos para ver o movimento, atravessar a ponte sobre o lago para ver os cisnes ou ainda remar um dos barquinhos disponíveis para aluguel é um programa que traz paz garantida, ou seu dinheiro de volta (a entrada no parque é gratuita). Outra tradição do local são os fotógrafos lambe-lambe, atividade praticamente extinta no país. Como não poderia deixar de ser, o espaço verde acompanha a movimentação da cidade e recebe hoje diversos festivais, da música brasileira de raiz ao ritmo eletrônico, do teatro tradicional aos espetáculos com bonecos, do balé à dança contemporânea. Além disso, abriga atividades como aulões gratuitos de Yoga e ainda de Lian Gong.
Brincadeira de criança, esporte radical, fauna silvestre, trilhas e lagos com peixinhos são coisas que combinam? No Parque das Mangabeiras, um dos mais queridos de Belo Horizonte, não só combinam, mas vivem em perfeita harmonia. Localizado ao pé da Serra do Curral, Patrimônio cultural de Belo Horizonte, o parque foi projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx e conserva em sua área 59 nascentes do Córrego da Serra, que integra a Bacia do Rio São Francisco. Além das trilhas por áreas de Cerrado e de Mata Atlântica e da Praça das Águas, onde os quatis, micos, caxinguelês (esquilos), jacus e saracuras se deixam observar, os visitantes podem usufruir de quadras de peteca, tênis e poliesportivas, pista de skate, brinquedos e atividades culturais. Embora de visualização mais difícil, o parque é também abrigo de cerca de 20 espécies de répteis e 20 espécies de anfíbios, como a rã Hylodes uai, cujo nome é uma homenagem a Minas Gerais. O parque sinaliza rotas de visitação para diferentes tipos de atividades. No “Roteiro da Mata”, é possível conhecer um pouco mais da vegetação, passando pelo Viveiro das Mudas Nativas, Centro de Educação Ambiental (Ceam), Mirante da Mata e Morro do Pic-Nic/Vale dos Quiosques.
Para o contato com os recursos hídricos, existe o “Roteiro das Águas”, integrado pelo Recanto da Cascatinha e Lago dos Sonhos, formados pelas águas do Córrego da Serra. Para as atividades recreativas e esportivas, a “Rota do Sol” conta com as Ilhas do Passatempo, Pista de Skate, Praça do Britador, Parque Esportivo e Ciranda dos Brinquedos.
O parque é uma ótima pedida para quem busca acesso a belos mirantes, contato com a natureza e um pouco de exercício. Com 400 mil m2, o espaço conta com dez mirantes, de onde se pode observar, sim, a exploração mineral na Serra, que já foi eleita como símbolo de Belo Horizonte, mas também o esforço de recuperação ambiental e a alegria de quem vê a cidade do alto. É importante lembrar também que o parque é um patrimônio ambiental e não há lanchonetes no local. O Parque da Serra do Curral apresenta formação típica do conjunto que compõe o Quadrilátero Ferrífero e está situado em uma região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Sua cobertura vegetal é representada pelos campos rupestres, que ocorrem nas áreas rochosas da crista da serra, e, principalmente, pelas fisionomias típicas do Cerrado, como o campo limpo, o campo sujo e campo cerrado, que se sucedem gradativamente da crista até a base da serra. A Mata Atlântica é mais expressiva em áreas adjacentes ao parque, como o Parque das Mangabeiras e a Mata do Jambreiro, constituindo assim um importante corredor ecológico de vegetação preservada. A fauna do parque é também bastante diversificada, e a avifauna é a mais representativa. Nele, foram identificadas mais de 125 espécies de aves: algumas endêmicas do Cerrado, como a campainha-azul, e outras comuns em regiões de montanhas, como águia-chilena, também encontrada na Cordilheira dos Andes.
No Parque Ecológico Francisco Lins do Rego é permitido pisar a grama, fazer piquenique, descansar e levar crianças para correr, soltar pipa (apenas as de papel) ou andar de bicicleta. No total, ocupa uma área de 300 mil metros quadrados e é dividido em áreas: visitação pública, passeios monitorados de pesquisadores e restrita, com plantas representativas da Mata Atlântica, do Cerrado e da Floresta Amazônica.
Considerado patrimônio de Belo Horizonte, o espaço recebe cerca de 5.000 pessoas aos fins de semana e abriga ainda o Memorial Minas-Japão, em 2009, em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa ao Brasil.
Com arquitetura assinada por Gustavo Penna, Mariza Machado Coelho, Álvaro Hardy, Alexandre Bragança, Alessandra Rodrigues, Ana Rita de Barros, Bruno Santa Cecília, Celina Borges Lemos, Fernando Maculan, Laura Penna, Norberto Bambozzi, Pedro Morais e Roberta Vasconcelos, suas características, pouco comuns no Brasil, oferecem uma integração direta do bicho urbano com o meio ambiente.
Localizado na região norte de Belo Horizonte, entre os bairros Planalto e Itapuã, o Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado possui uma área de aproximadamente 311 mil metros quadrados e foi implantado em 1994. Com uma infraestrutura composta por biblioteca, sala multimeios, teatro de bolso, teatro de arena, quadras poliesportivas, pista se skate, campo de futebol, pista para caminhadas e viveiro de mudas, o parque realiza diversas atividades de educação ambiental, cultura e esporte.
Na Praça Rui Barbosa, ou Praça da Estação, nome popular do local, estão plantados alguns dos marcos das origens da história e arquitetura neoclássica da capital. O lugar, na região central de Belo Horizonte, viu a cidade nascendo, em 1894, cinco anos após a proclamação da República do Brasil, com a instalação da Comissão Construtora da Nova Capital de Minas Gerais no antigo Arraial de Curral del Rei. A cravação da estaca zero do ramal férreo de ligação com a Estrada de Ferro Central do Brasil, a partir do entroncamento da Estação de General Carneiro, em Sabará, simbolizou o início da construção da cidade planejada. No ponto mais baixo da malha urbana da nova capital, foi lançada a pedra fundamental do prédio da Estação de Minas, erguido às margens do ribeirão Arrudas.
Se antes a Estação já era referência por ser a principal forma de chegada e saída, hoje, ela cumpre essa missão sendo um dos principais espaços públicos para a realização de shows e eventos, centralizando um circuito cultural que inclui ainda o Centro Cultural da UFMG, o Viaduto Santa Tereza e a Serraria Souza Pinto. Ali estão também a Estação Central do Metrô e a estação de embarque para o lendário Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas. O Museu de Artes e Ofícios, o único do gênero na América Latina, e o Centro de Referência da Juventude compõem as atrações do lugar.
A Praça Raul Soares não constava do projeto inicial de Belo Horizonte, mas é impossível imaginar o andamento do Centro da cidade sem ela. Seu traçado, de autoria do arquiteto Érico de Paula, utiliza elementos geométricos nas calçadas portuguesas, que fazem referência à cultura marajoara e ao estilo art déco. Situada na intersecção de quatro avenidas no centro da capital – Amazonas, Olegário Maciel, Bias Fortes e Augusto de Lima, suas dimensões e formato circular a tornam um grande referencial no traçado ortogonal da cidade. A concepção original do paisagismo, de autoria desconhecida, caracteriza-se pela rígida distribuição e simetria, centralizada em uma fonte luminosa. Dali, é possível avistar o Mercado Central e o Edifício JK, projetado em 1952 por Oscar Niemeyer (1907-2012). O condomínio é formado por dois prédios, com 36 e 23 andares, idealizados para funcionar como uma grande comunidade.
A Praça Carlos Chagas ocupa uma área de 33.700 metros quadrados e é conhecida popularmente como Praça da Assembleia. Com projeto paisagístico de Burle Marx, é considerada a segunda maior praça da cidade, depois da Praça do Papa. Em seu espaço além de jardins, coreto, encontra-se a Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Inaugurada em 1937 com o nome de Praça de Santa Tereza, no bairro de mesmo nome, virou ponto de referência para a cidade, sendo palco de eventos culturais e de lazer. Em 1993, passou a se chamar Praça Duque de Caxias.
Uma das 24 praças incluídas na primeira planta da cidade, a Praça Floriano Peixoto, localizada no Santa Efigênia, é uma área de convivência que contempla as atividades mais variadas, da corrida ao passeio com o cachorro, passando pela diversão das crianças no playground e chegando aos festivais que atraem os jovens mais descolados e a galera com mais de 60 anos. Tudo junto e misturado. Também conhecida por Praça do Quartel e Praça do Batalhão, tem jardins e estruturas bem cuidadas e é tombada como Patrimônio Histórico e Cultural do município desde 1994. Como uma síntese da Belo Horizonte que acontece ao ar livre, a Floriano Peixoto comporta piquenique, esporte, recreação ou agito, dependendo do dia, da hora e da disposição de quem frequenta.
Marco zero do hipercentro de Belo Horizonte, a Praça Sete está no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas - as duas grandes vias originais da cidade. Em termos de tráfego de veículos, compete em importância com a Praça Raul Soares e a Praça da Liberdade, mas o fluxo de pessoas que passam pela Praça Sete é consideravelmente maior.
Desenhado por Aarão Reis, no final do século XIX, não há como falar na Praça Sete sem mencionar a marca registrada do local: o monumento conhecido como Pirulito. Em 2003, a praça foi revitalizada e passou a integrar o acervo operacional do Museu Histórico Abílio Barreto. a reforma, cada um dos quatro quarteirões da praça foi fechado, projetado por diferentes grupos de arquitetos e batizado com nomes de tribos indígenas que vivem em Minas Gerais. Palco de manifestações, concentração de blocos de Carnaval, comemoração de títulos futebolísticos ou até eventos de skate, a Praça Sete simboliza parte do modo de vida belo-horizontino.
A Praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, fica no Funcionários, numa região que também passou a ser genericamente chamada Savassi. O nome está ligado a uma padaria famosa que existia em uma de suas esquinas, fundada por uma família italiana. Na década de 40, era ponto de encontro de políticos e da alta sociedade. Hoje, a Savassi se firmou como centro comercial sofisticado, com grande concentração de restaurantes, seja a sua preferência por cardápio vegano, hambúrgueres, italiano tradicional, vegetariano, saudável, pizza, natural, indiano ou ainda especializado em pão de queijo, brigadeiro e doces portugueses, que tal? Tudo isso — e mais — você encontra na Savassi. A praça se tornou um ponto de encontro também para os jovens, que se reúnem para decidir se vão a um bar ou a uma casa noturna nas imediações.
Tudo é possível na Savassi: num só lugar, encontram-se atrações turísticas, cultura, bares, boates, lojas populares ou descoladas, produtos alimentícios a granel, lojas especializadas em café, cerveja e quitandas mineiras, além de vários hotéis para todos os bolsos. Após a revitalização da área, concluída em 2012, os quarteirões fechados ganharam mais segurança para os pedestres, e as fontes de água passaram a enfeitar a praça, divertindo as crianças e alegrando os cachorros que passeiam pela região.
Aos domingos, a praça fica fechada à passagem de carros, criando uma área de lazer para os moradores e visitantes. E em todos os carnavais, as vias ficam coalhadas de gente de todas as regiões do Brasil e vários lugares do mundo para uma das melhores festas de rua do país. Para completar, a região é a preferida dos produtores locais para organização de festivais de música e gastronomia.
No final do século XIX, a cidade de Belo Horizonte foi planejada para ser a nova capital do Estado. A Praça da Liberdade foi o lugar escolhido para abrigar o centro administrativo com jardins, coretos, repuxos e estátuas em mármore de carrara.
A Praça da Liberdade localiza-se no final da Avenida João Pinheiro, de frente para o Palácio da Liberdade, sendo cortada por dupla fileira de palmeiras imperiais. Cercando a praça, construções ecléticas datadas da época da transferência da capital.