A mostra consiste no agrupamento de obras que buscam no diálogo entre a história, a devoção e a fé uma comunicação intrínseca às emoções mundanas. Banhadas pela dialética corpo-alma, as obras capturam os resquícios devocionais de um país em excessiva transformação. São trabalhos que encontram na mitologia judaico-cristã a possibilidade de se questionar a metafísica e sua crença materializada nas ações do cotidiano.
Práticas como orar, rezar e louvar ligam o ser humano ao divino e são nesses costumes em que reside a crença humana. Porém, entender que tais costumes são ações socioculturais resultadas de uma violenta deturpação mercadológica e exploratória provindas de velhos mundos é fundamental para a construção de uma nova história, de um novo olhar acerca do re-conhecido.
O conjunto de obras parte do princípio da fragmentação, encontrar nas ruínas da fé a existência da dúvida e possibilitar o questionamento do não dito, do extrassensorial.
A mostra reúne esculturas, fotografias, instalações e fotoperformances que, por meio da tridimensionalidade, realoca os componentes culturais e simbólicos da sociedade.
A entrada é gratuita e tem classificação livre.