OFICINA VIRTUAL "ESTAMPARIA AFRO" É ATRAÇÃO NA PROGRAMAÇÃO DO PAMPULHA TERRITÓRIO MUSEUS
A contribuição africana na cultura e no modo de viver em Minas Gerais é muito marcante. Seja na culinária, no vocabulário ou no vestuário, os "africanismos" estão fortemente presentes no dia a dia mineiro.
Partindo de um breve recorte da exposição “Gráficografia”, ação itinerante do Museu de Arte da Pampulha, onde estão expostas obras que revelam traços e manifestações de matriz africanas, o Pampulha Território Museus apresenta a oficina virtual “Estamparia Afro”, com Énia Dára. A atividade busca um olhar mais atento sobre os elementos africanos da filosofia Adinkra, patrimônio cultural de Gana, presentes na obra do artista Rubem Valentim, integrante da exposição, e na sua aplicação para a confecção de estampas para turbantes, roupas, bonecas e outros materiais diversos. A técnica utilizada na produção das gravuras em tecido, apresentada na oficina, é o stencil e privilegia o uso das cores presentes nas bandeiras africanas. O vídeo da atividade será publicado no dia 25 de março, às 10h, na galeria do site.
Rubem Valentim foi um artista visual baiano, nascido em Salvador, em 1922. Escultor, pintor, gravador e professor, Valentim adotou como referência o universo religioso, em especial o candomblé e a umbanda, e utilizou formas geométricas para representar os símbolos dessas religiões. A exposição “Gráficografia” conta com 18 emblemas serigráficos do artista, intitulados "logotipos poéticos de cultura afro-brasileira".
Énia Dára é estilista e iniciou sua jornada no afroempreendedorismo e na Moda Afro em 2013, encontrando muitos desafios, mas abrindo grandes caminhos, reacendendo a cultura do Turbante em Minas Gerais e protagonizando eventos afros na capital e região.
A exposição "Gráficografia" está hospedada no Museu Histórico Abílio Barreto, mas em respeito às medidas de combate à Covid-19 adotadas pela Prefeitura de Belo Horizonte, as visitas ao museu, consequentemente à exposição, estão temporariamente suspensas.
A oficina integra a programação educativa do Museu de Arte da Pampulha dentro do projeto Pampulha Território Museus, projeto realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e o Instituto Periférico.