O edifício do Grande Hotel de Turismo da Pampulha, que integrava o projeto original do Conjunto Moderno da Pampulha proposto por JK e Niemeyer, não passou das fundações e do levantamento de pilares. Este edifício, um dos últimos que seria construído, também seria um dos maiores e mais privilegiados espaços do projeto. Os primeiros registros da obra datam de maio de 1944, mas, em 1945, com a deposição de Getúlio Vargas, e o afastamento de Kubitschek da Prefeitura de Belo Horizonte, as obras foram paralisadas, ficando suas fundações e esqueleto expostos até a implosão das colunas, no final da década de 1980. 

Do amplo edifício do Hotel, acomodado em uma enseada, seria possível desfrutar a vista da Igrejinha, do Iate Clube, da Casa do Baile e do Cassino, confirmando a lógica de implantação adotada nos demais edifícios públicos do Conjunto Moderno. Sua arquitetura era prevista quase que exclusivamente em linhas curvas, envolto pelos jardins, prevendo a interlocução entre os espaços de convívio, repouso e descanso com a vasta área externa. O projeto contava com a construção de 100 quartos, quatro apartamentos, sala de estar, sala de leitura, refeitório e cinema.

Hoje restam apenas as fundações do Hotel, que ainda guardam um local privilegiado de observação da paisagem e dos monumentos que a compõem.