Com projeto dos arquitetos Éolo Maia e Sylvio de Podestá, o edifício Rainha da Sucata se destaca pela concepção ousada e pelo uso de materiais diversos e cores fortes nas fachadas e, também, pelo emprego de materiais regionais, como o quartzito, a ardósia, a pedra-sabão e o aço produzido nas siderúrgicas mineiras. O edifício também abrigou, durante quase dez anos, o Museu de Mineralogia Djalma Guimarães, cujo acervo hoje se encontra no MM Gerdau Museu das Minas e do Metal, localizado na edificação vizinha.
Ícone da arquitetura pós-moderna, o prédio Tancredo Neves, mais conhecido como Rainha da Sucata, passa agora a abrigar um novo e importante capítulo em sua história: tornou-se a sede oficial da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), projeto que oferece aulas gratuitas de canto e instrumentos musicais para mais de 400 crianças e adolescentes. A iniciativa promove, além do ensino musical, inclusão social, desenvolvimento pessoal e oportunidades concretas para o futuro dos alunos.
Após anos fechado, o edifício foi reaberto oficialmente em Belo Horizonte na sexta-feira, 21, marcando o início de uma nova fase. Antes da mudança, o projeto funcionava no Edifício Mirafiori, na rua dos Guajajaras com a Avenida Afonso Pena, onde o espaço reduzido dificultava o andamento das atividades. Agora, com a nova estrutura, o projeto ganha fôlego para ampliar seu alcance e impacto.