Exposição: "DESculpa" Lu Simão

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Pintora, ilustradora e escritora, Lu Simão parte de vivências compartilhadas por muitas mulheres para transformar a chamada “culpa materna” em matéria de criação. Na exposição, esse sentimento deixa de ser um peso silencioso para se tornar personagem, linguagem e provocação. O convite é direto: olhar para a maternidade com mais leveza, reconhecer imperfeições e rir da cobrança constante por um ideal inatingível de mãe perfeita.

“Tornar-se mãe é um acontecimento que vem acompanhado de emoções que não escolhemos, como exaustão, amor, entrega, admiração e, invariavelmente, culpa. No meu trabalho, a culpa é tirada deste pedestal, derretida, redesenhada”, explica a artista. 

Uma experiência imersiva entre humor, afeto e identificação 

Organizada como um percurso sensorial, DESculpa reúne instalações que traduzem, de forma poética e irônica, os mecanismos da culpa materna no cotidiano. Em Luz e Sombra, o visitante se depara com a ideia da culpa como uma presença que começa pequena e, sem perceber, cresce até se tornar uma sombra intimidante — especialmente nos momentos mais banais, como tentar descansar ou desfrutar de pequenos prazeres.

Já em Academia da Culpa, a metáfora do peso ganha corpo: a culpa aparece como uma carga que se intensifica à medida que as expectativas sociais e as obrigações se acumulam. A instalação brinca com a ideia de força e resistência, lembrando que, se culpa contasse como musculação, mães teriam “bíceps de aço”.

A vigilância constante surge em A Lupa da Culpa, onde a culpa assume o papel de uma detetive sempre à espreita, ampliando falhas e inseguranças. O percurso avança até A Culpa sem Lupa e As Enormes Pequenas Belezas do Cotidiano, quando o olhar se desloca: ao retirar a lente da cobrança, o ordinário se revela extraordinário, e os pequenos gestos da maternidade passam a ser vistos em sua potência afetiva.

Em Jogue Sua Culpa no Lixo e Domando a Culpa Materna, o humor assume papel central. A contemplação da própria trajetória materna aparece como um antídoto contra a culpa, que, diante da consciência de sua própria desmedida, perde força, dramatiza e, aos poucos, deixa de dominar a narrativa.

Arquitetura como aliada na ressignificação da culpa 

Um dos destaques da exposição é a parceria inédita com a Mutabile Arquitetura, especializada em arquitetura contemporânea e gerenciamento de obras. A colaboração resulta na instalação Desculpômetro, concebida como uma experiência imersiva e lúdica que materializa o conceito central da mostra: usar humor e afeto para reduzir a culpa. 

O projeto arquitetônico manipula a percepção visual do visitante por meio de formas geométricas e arranjos espaciais que alternam sensações de opressão e alívio, dependendo do ponto de vista. A proposta é simples e potente: permitir que a culpa seja percebida, enfrentada e, ainda que simbolicamente, diminuída. 

Um convite coletivo 

Mais do que uma exposição sobre maternidade, DESculpa é um convite à empatia e ao reconhecimento das fragilidades que atravessam a experiência de ser mãe. Ao transformar culpa em riso, identificação e delicadeza, Lu Simão propõe um espaço de acolhimento, onde não há perfeição a ser alcançada — apenas humanidade a ser compartilhada.

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Parque do Palácio - Rua Professor Djalma Guimarães, 161 - Portaria 2 - Mangabeiras
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