A Mitre Galeria, de Belo Horizonte, inaugura no dia 9 de agosto a exposição coletiva Marabunta, que reúne 12 artistas latino-americanos em um diálogo urgente sobre violência, memória e reconstrução social. Com curadoria de Paulo Nazareth e texto curatorial do pensador guatemalteco Leonel Juracán Lemus.
A mostra apresenta esculturas, pinturas, instalações e intervenções que tensionam os limites entre arte, política e justiça. Participam da exposição os artistas Adán Vallecillo, Alejandro de la Guerra, Ana Tomimori, Aníbal Lopez, Bruno Baptistelli, Carolina Cordeiro, Edgar Calel, Jennifer Paiz, Jorge de Leon, Luana Vitra, Marcel Diogo e o próprio Paulo Nazareth.
A exposição propõe uma reflexão crítica sobre os legados coloniais, a desigualdade social e a crise ecológica que marcam o presente latino-americano, ao mesmo tempo em que aponta para formas de resistência e reconstrução coletiva. “Marabunta”, termo que designa um enxame coletivo e voraz de formigas, oferece um espaço de encontro para vozes diversas, onde experiências pessoais e políticas se entrelaçam para revelar as fissuras de uma realidade marcada pela violência cotidiana, pela expropriação de territórios, pelas heranças coloniais e pela devastação ambiental.
Como essa força natural, a exposição simboliza tanto o caráter disruptivo quanto a urgência de reorganização e resistência diante dos escombros deixados pelo modelo econômico e social vigente. A exposição “Marabunta” fica em cartaz na Mitre Galeria, em Belo Horizonte, com entrada gratuita, até 27 de setembro.