No dia 30 de setembro, terça-feira, às 18h30, a Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 - BH –MG) recebe a noite de autógrafos e lançamento do livro O rosto sem face, do escritor e professor Fernando Armando Ribeiro. Com prefácio de Luís Giffoni, o livre chega pela Editora Ramalhete.
O evento é aberto ao público.
O rosto sem face é um livro de contos e minicontos em prosa poética, escrito em estilo envolvente, que explora as complexidades da vida contemporânea. Com lirismo e humor, as narrativas relativizam e, ao mesmo tempo, densificam as relações humanas com o mundo, suspendendo, ainda que por instantes, o véu de nossas certezas. A tecnologia aparece como pano de fundo, denso e onipresente, pois nela questões humanas frequentemente se escondem, esperando por um olhar que as resgate, na percepção mais acurada do detalhe.
Em diálogo com o realismo mágico latino-americano, uma das maiores influências da obra, suas histórias exploram o fantástico inerente à nossa existência, desvelando e conferindo às palavras novas efusões de vida. Alguns contos propõem reflexões sobre o desafio de aceitar o outro em sua diversidade radical, e exaltam a beleza do simples, que tantas vezes escapa à pressa e à superficialidade das rotinas. Em uma sociedade urbana cada vez mais distante da natureza, os dilemas ambientais entrelaçam-se aos anseios por reconexão e pertencimento. O livro busca explorar esse poliedro complexo em muitas de suas histórias.
Fernando Armando Ribeiro, mineiro de Belo Horizonte, é escritor, magistrado e professor universitário. Doutor pela UFMG e pós-doutor pela Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), onde foi bolsista da Fullbright, ocupa a cadeira 34 da Academia Mineira de Letras Jurídicas e integra o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG). É autor de obras que transitam entre a literatura, o direito e a reflexão poética, entre as quais se destacam Retratos de Primavera e outras estações (Quixote, 2023), A fascinação das asas (Quixote, 2019), Colheita (Letramento, 2017), Shakespeare e Cervantes: diálogos entre direito e literatura (Letramento, 2016) e Espectros poéticos da justiça (Del Rey, 2019).