Em sua 23ª edição, o festival internacional itinerante Dança em Trânsito - criado pela bailarina Giselle Tápias da premiada Companhia de Dança Tápias (RJ) – abre sua circulação nacional por Minas Gerais, nos dias 3 e 5 de julho, quinta e sábado, em Belo Horizonte (MG), e no dia 4 de julho, sábado, em Brumadinho (MG). A programação e inscrições para as oficinas são gratuitas e podem ser feitas pelo www.dancaemtransito.com.br.
O Dança em Trânsito é um festival internacional que pretende valorizar, promover e democratizar o acesso à dança contemporânea, seja pelo encontro com o público em sua itinerância, percorrendo desde as grandes cidades até pequenas localidades no interior do Brasil, em teatros ou espaços públicos, seja pelo intenso intercâmbio entre artistas e companhias do Brasil e do exterior”, comenta Giselle Tápias.
Para a abertura oficial do Festival, no dia 3.07, quinta, no Teatro Marília, em Belo Horizonte, está prevista, às 15h, a apresentação do espetáculo de dança “Ziraldo, o Mineiro Maluquinho” (RJ) com acessibilidade em Libras. Texto de Fernando Caruso (RJ), filho do cartunista Chico Caruso, e direção artística de Giselle Tápias e Flávia Tápias, a produção celebra a obra do autor mineiro, explorando temas como amizade, criatividade e a importância da leitura. No palco, personagens icônicos, criados por Ziraldo, embarcam em uma grande aventura em que a imaginação não tem limites, com muita interação com a plateia. No mesmo dia e também às 15h, o bailarino Iker Karrera ministra residência artística de dança contemporânea para bailarinos, na Sala klauss Vianna do Palácio das Artes. Já no dia 05/07, sábado, acontecem várias performances de dança, a partir das 11h, na Praça da Liberdade.
O público assiste primeiro ao “Rotas convida Elas do Surdo” (Brasil / Canadá). Intercâmbio artístico idealizado por Flávia Tápias traz, nesta edição, foco em temáticas do feminino, reunindo três intérpretes brasileiras, três canadenses e o Grupo ELAS do Surdo, que propõem, durante a apresentação, novas rotas entre gestos, escuta e presença. Em seguida, será apresentada a performance coreográfica “Do Chão Não Passa” da “No Rastro Cia” (São Paulo, SP), que funde elementos tradicionais da dança contemporânea e gestos universais das relações humanas. Em cena, movimentos que vão da individualidade dos intérpretes a uma grande dança coletiva. “A beleza e força do trabalho em grupo, bem como a importância de manter o jeito de cada um dançar, que deixa um rastro no mundo”, comenta Giselle Tápias.
Ainda na Praça da Liberdade, às 11h50, tem início a apresentação de “#7fm” do coreógrafo Iker Karrera (Madrid, Espanha). A performance parte da investigação dos bailarinos Carla Diego e Raymond Naval, pela autenticidade do movimento. E para encerrar, às 12h10, a Cia de Dança Palácio das Artes (Belo Horizonte, MG), em cocriação com o diretor e coreógrafo Rodovalho, apresenta trechos de seu espetáculo “Você perto...”. A partir das intimidades dos próprios bailarinos, de suas questões, características e qualidades, o espetáculo apresenta toda uma pluralidade necessária de movimentos, cenas e imagens que contribuem para o público se sentir tão próximo e acolhido pela linguagem da dança.