O Memorial Vale apresenta, dentro do projeto Diversidade Periférica, que tem a curadoria de Patrícia Alencar, a artista Camila Damião, com a performance “Trecho”, no dia 13, sábado, às 11h, com entrada gratuita, sendo necessária a retirada de ingressos uma hora antes do evento, com no máximo um par de ingressos por pessoa, com lugares limitados.
“Trecho”, o trecho é o intervalo da travessia, é o espaço entre dois pontos. A performance “Trecho” é página da obra “Dançando os dias: diário Digital”, cujo objetivo neste momento é investigar a performance em dois estados diferentes, físico e digital.
Em relação ao material de vídeo performance, existe certa linha do tempo por indicação de datas e lugares onde as pesquisas foram realizadas, que se inicia com o encontro da autora com o artista plástico Paulo Nazareth em Santa Luzia – MG. Ela mesma suja de si, se refazendo.
“Dançando os dias - diário digital” se trata de um material de investigação de escuta do movimento dos sons e experimentação dos mesmos, propondo um diálogo sensorial, em que a performance é projetada para o vídeo. A autora embarca nesse mar, assumindo performance, direção, áudio e edição. No trabalho, o público terá acesso a arquivos de vídeo danças, vídeo performances, cartas não entregues, páginas do diário, fotografias, trilhas e objetos que compõem o trecho da autora.
Logo após a exibição dos trabalhos, a autora deixará um espaço onde o público poderá deixar uma carta, um recado, uma figura, rabisco, ou um áudio sem compromisso como o destinatário. No momento em que o público irá participar da performance, a performer também participa.
Durante a performance, a autora irá fazer registros principalmente de áudios para compor uma nova trilha, pois futuramente esse material será usado como roteiro para a próxima fase da performance.
Camilla Damião iniciou formação em 2013 na escola pública de artes “Valores de Minas”, onde estudou linguagens artísticas da dança, teatro e artes visuais/performance (2013-2015).
Em 2015 , direcionou seu foco de pesquisa para as Danças Negras e a Dança Contemporânea, tendo estudado na Escola Livre de Artes Arena da Cultura (20215- 2018) e, atualmente, nos grupos Samba de Terreiro, Corpo Oralidade e Bloco Magia Negra e Afoxé Bandarerê, onde atua como bailarina e intérprete. Ministrou oficinas na área de percepção e preparação corporal - atuou também como produtora e mobilizadora cultural.
Atua como pesquisadora, intérprete, realizando trabalhos nas áreas do audiovisual, cinema - como atriz e modelo. Atualmente, é estudante do curso de licenciatura em dança na UFMG.