O Ars Nova-Coral da UFMG continua sua temporada 2023 e apresenta uma série de concertos com o repertório dedicado à música sacra.
São obras do italiano Gregorio Allegri, compositor do século XVII, do veneziano Antônio Caldara, compositor do século XVIII, do alemão Johann Sebastian Bach, compositor também do século XVIII, e do estoniano Arvo Pärt, compositor nascido no século XX.
O programa se inicia com o emblemático Miserere, ou “Misericórdia”, um moteto a capella em estilo concertato, composto pelo italiano Gregorio Allegri (1582-1652). O texto deste moteto é o Salmo 51, que fala de perdão e purificação.
Em seguida, o Ars Nova-Coral da UFMG interpreta Crucifixus, ou “Crucificado”, outro moteto finamente elaborado para coro a 16 vozes e contínuo pelo veneziano Antônio Caldara (c.1670-1736).
O texto faz parte do Ordinário da Missa, que fala da paixão e da esperança na ressurreição.
O moteto para coro e órgão The Beatitudes, ou “As Bem-Aventuranças”, escrito pelo estoniano Arvo Pärt (1935), em 1990, é a próxima obra apresentada. O texto é extraído do evangelho Segundo São Mateus, capítulo 5, versículos 3 a 12, conhecido como “O Sermão da Montanha”.
Esta obra tem um caráter meditativo e minimalista e recebe a sua primeira interpretação em Belo Horizonte, nesta temporada.
Encerra o programa o desafiador Komm, Jesu, komm, ou “Venha, Jesus, venha”, outro moteto, desta vez para dois coros e contínuo, composto por Johann Sebastian Bach (1685-1750). O texto é do poeta Paul Thymich (1656-1694) e a obra possui um caráter íntimo e terno, com um clima de confiança e apaziguamento.
São textos bíblicos, litúrgicos e poemas musicados por quatro grandes compositores de diferentes períodos da história da música, mas que trazem diferentes reflexões sobre a humildade, a esperança, a confiança e a paz, sem ignorar o rigor técnico.
Os concertos acontecem em datas e locais diferentes, ao longo do mês de abril.