Os impactos ecológicos das tecnologias digitais, que desafiam a noção de sua suposta imaterialidade, serão investigados no curso virtual que será ministrado por Giselle Beiguelman, artista e professora na FAU-USP. Com foco na discussão “Arte, Tecnologia e Natureza”, o curso propõe-se uma abordagem crítica sobre os custos ambientais da mídia contemporânea e a genealogia colonial do extrativismo tecnológico.
O paradoxo da inteligência artificial — entre ferramenta para mitigação de desastres e agente de ampliação da pegada ecológica — será debatido à luz de projetos artísticos que desafiam os limites entre ciência, política e sensibilidade ambiental, com foco em artistas do Sul Global. Os projetos mais recentes de Giselle investigam a construção do imaginário colonialista nas artes e nas ciências utilizando recursos de Inteligência Artificial.
Os objetivos do curso são: Analisar obras artísticas e linguagens críticas nas questões ambientais; Mapear práticas artísticas que interseccionam crítica ecológica e uso criativo da tecnologia; Compreender aspectos das ambivalências da IA na crise climática atual; Discutir as mídias digitais como sistemas materiais e investigar a continuidade do extrativismo colonial na era das tecnologias inteligentes. Vagas limitadas, inscrições gratuitas pela Sympla.