Inspirada em arquétipos mitológicos, a peça investiga as diferentes faces do amor e suas contradições. Em cena, duas mulheres habitam um espaço abstrato, simultaneamente refúgio e arena de disputas, onde confrontam seus próprios labirintos internos, cada uma aprisionada em mitos pessoais que moldam, ferem e atravessam suas trajetórias.
Uma delas vê o amor romântico transformar-se em cativeiro, um submundo íntimo no qual atua como rainha e prisioneira. A outra encontra-se acorrentada pelo amor familiar, compelida a carregar um legado de dor como herdeira de uma linhagem marcada por feridas ancestrais. Entre elas, uma entidade silenciosa materializa esses tormentos, revelando que, embora distintas, suas prisões possuem a mesma essência.