Após circular por cidades do interior de Minas e por festivais em Portugal, o grupo MAPA Teatro e Outras Linguagens estreia na capital mineira com o espetáculo “Ensaio para o Fim”, nos dias 29, 30 e 31 de agosto, na Funarte MG.
As apresentações são gratuitas, com acessibilidade em Libras garantida na apresentação do dia 29, sexta feira. Criado pelas atrizes Mariana Barbosa e Paloma Arantes, o espetáculo é uma imersão na efemeridade da vida, onde a narrativa se constrói na tensão entre o nascimento e a morte, início e o fim. Em cena, duas mulheres transformam o palco em um espaço de intensa experimentação, onde diálogos e movimentos coreografados desafiam a linearidade do tempo e suscitam reflexões sobre o que é de fato relevante diante do fim.
Com dramaturgia assinada por Paloma Arantes e direção compartilhada entre ela e Mariana Barbosa, “Ensaio para o Fim” foi pensado para espaços alternativos e propõe um teatro intimista, no qual o público assiste a peça com uma boa dose de proximidade. Para a dramaturga, o texto valoriza o que é aparentemente simples, banal e ordinário no cotidiano, mas o faz a partir de uma perspectiva de contraste. “Escrever sobre o fim para falar do começo, escrever sobre o movimento de um corpo para falar da concretude de um prédio, escrever sobre a magnitude de um terremoto para falar sobre a fragilidade da vida, que é, na maioria dos dias, feita dos pequenos acontecimentos”, ressalta Arantes.
Com caráter metalinguístico, a peça aborda temas que perpassam por discussões atuais como o fim do mundo e a interferência das alterações climáticas. Segundo Mariana o processo foi atravessado por estudos e leituras que alimentaram a imaginação da equipe: Uma aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, de Clarice Lispector; Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf; Fim, de Fernanda Torres; e as autobiografias de Rita Lee, além de outras referências.
Sinopse: Ensaio para o Fim mergulha na brevidade da vida. Duas atrizes desafiam a linearidade do tempo, buscando refletir sobre a complexidade humana na tentativa de construir uma peça. Em cena duas mulheres exploram a linha tênue entre a vida e a morte, o real e o imaginário através de temas como encontro, queda e convivência.