O Festival Teatro em Movimento, que tem curadoria e coordenação geral de Tatyana Rubim, traz a Belo Horizonte o novo espetáculo de Marcos Nanini: "Traidor".
A peça marca a parceria de sucesso entre Nanini e o diretor Gerald Thomas que há 18 anos estrearam "Um Circo de Rins e Fígados".
O trabalho rendeu uma bem sucedida trajetória, com direito aos principais prêmios da época e diversas temporadas.
Quase duas décadas depois, o mundo sofreu transformações irreversíveis, como o trauma pós-pandêmico, a incontornável revolução digital com suas inteligências artificiais, o virtual substituindo o mundo real e a ruptura democrática sofrida em diversas escalas mundo afora.
O texto de "Traidor" foi criado sob influência deste caldeirão contemporâneo, no estilo que consagrou Gerald Thomas. E o ponto de partida foi justamente o espetáculo anterior, que é retomado e citado em algumas cenas, ainda que todo o mote agora seja outro.
Desta vez, Nanini está isolado em uma ilha, é acusado de algo que ele não cometeu e dialoga com a própria consciência, com seus fantasmas e suas reflexões sobre o passado, o presente e o futuro.