Eventos /  Espetáculo la la-ticket green  /  Artes Cênicas

Temporada: “Deus da Carnificina” - Palácio das Artes

Descrição

A Cia. da Farsa abre nova temporada do espetáculo “Deus da Carnificina”, montagem estreada em março deste ano, com grande sucesso, em comemoração aos seus 20 anos da companhia.

Com direção de Sérgio Abritta, o espetáculo traz pela primeira vez, aos palcos mineiros, texto da roteirista, romancista e atriz francesa Yasmina Reza, que já ganhou versão para o cinema por Roman Polanski.

A peça fica em cartaz no Teatro Marília, de 16 a 19 de junho (quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h), e na Sala João Ceschiatti, no Palácio das Artes, de 01 a 24 de julho (sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h).

Classificação indicativa: 14 anos. Gênero: drama contemporâneo. “A estreia de ‘Deus da Carnificina’ foi de tamanho sucesso que resolvemos abrir uma nova temporada, dessa vez no Teatro Marília, em continuidade a celebração dos 20 anos da companhia.

O espetáculo é um presente para nós e para o público, que demonstrou isso nos cinco dias em que ficamos em cartaz na Sala João Ceschiatti.

O texto de Yasmina Reza, a direção de Sérgio Abritta e o propósito da companhia de levar para o teatro discussões atuais que abordam as relações humanas, amorosas, políticas, são o casamento perfeito”, comenta Alexandre Toledo, ator e fundador da Cia. da Farsa.

Em “Deus da Carnificina”, dois casais se reúnem para tentar resolver um pequeno incidente: o filho de um quebrou os dentes do filho do outro.

Tudo começa bem, dentro da polidez que caracteriza os casais modernos e educados. Aos poucos, a conversa toma caminhos inesperados e o que era cortesia e refinamento se torna intimidação e violência.

A linha tênue entre a civilidade e a barbárie está prestes a ser ultrapassada. “Yasmina faz uma reflexão sobre a sociedade ocidental e sua capa de civilidade, da necessidade urgente de repensarmos nossas relações em comunidade, antes que a violência se instaure definitivamente”, comenta Sérgio Abritta.

Em cena, os atores Alexandre Toledo, Andréia Quaresma, Flávia Fernandes e Marcus Labatti são separados do público por estruturas metálicas que lembram uma grande gaiola. Segundo o cenógrafo Yuri Simon, “o elenco queria que tivesse algum elemento visual que provocasse o público. Além disso, a autora sugere uma cenografia não realista. Daí me ocorreu a ideia de propor uma identificação dessas personagens como feras que estão presas nesta gaiola”, explica.

Aprisionados em suas questões, durante 85 minutos as personagens conduzem o espectador a experimentar climas diversos que vão da comicidade à violência. “Há uma constante tentativa de finalizar uma discussão iniciada, mas são incapazes de chegar a uma conclusão. Vivem uma constante necessidade de retorno ao conflito.

Todo mobiliário cênico, que figurativamente representa uma sala de estar, adota um estilo industrial, e conforme sua configuração, insinua uma neutralidade e um despojamento estético que também nos remetem às peças de um viveiro de metal”, acrescenta.

Além do cenário, Yuri também assina a iluminação. “A proposta é criar uma cena mais clara, com uma tonalidade branco quente que escurece, em alguns momentos, dando maior visibilidade aos recortes e efeitos das marcações dramáticas. Além disso, a iluminação se aproveita da projeção em vídeo de Antonionne Leone para criar texturas e composições rítmicas, em diálogo com a sonoplastia de Márcio Monteiro”, conclui.

Atualmente formada por Toledo, Marcus Labatti e Alex Zanon, a Cia da Farsa nasce em 2002 com a montagem do texto Tribobó City, e pouco depois, estreia “A Farsa da boa preguiça” (2003), espetáculo que rende prêmios ao grupo.

Desde então, passa por diversas formações, estéticas, diretores e autores - muitos deles nacionais, como Maria Clara Machado, Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues, e mais recentemente, Sérgio Abritta. “Sérgio é um namoro antigo que começa com ‘Adultérios e outras pequenas traições’ (2014) – comédia da companhia escrita e dirigida por ele.

Temos muito em comum: gostamos de um teatro de texto com discussões atuais que abordam as relações humanas, amorosas, políticas. Daí o desejo de montar ‘Arte’ (2019), também de Yasmina Reza, e, logo após, ‘Wilde.Re/Construído’, com o qual ganhamos o ‘Prêmio Palco em Cena’, do Brasil Valourec, em 2020. ‘Deus da Carnificina’ veio, em seguida, como caminho natural”, conta Toledo.

Localização
Sala João Ceschiatti/Palácio das Artes - Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro
Horários
a
Dirigida por Sérgio Abritta, a montagem celebra os 20 anos da companhia, com texto de autoria da premiada escritora francesa Yasmina Reza.
As apresentações ocorrem de 01 a 24 de julho, na Sala João Ceschiatti, no Palácio das Artes.
Entrada
Pago
Você também pode se interessar